‘Em terra de ladrão de merenda, vai preso quem defende moradia’
Declaração é do escritor e humorista Gregório Duvivier, um dos que saiu em defesa da liberdade do líder do MTST, Guilherme Boulos, detido nesta terça-feira 17 durante uma ação de reintegração de posse em São Matheus, na zona leste de São Paulo; "Em terra de ladrão de merenda, quem vai preso é quem luta por moradia. Liberdade para Guilherme Boulos já!", postou Duvivier no Twitter, em referência ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o escândalo da merenda no Estado de São Paulo; Boulos foi acusado de desobediência e incitação à violência; barracos de cerca de três mil pessoas foram demolidos após a ação

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247 - Uma das personalidades que saiu em defesa da liberdade do líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, detido nesta terça-feira 17 durante uma ação de reintegração de posse em São Matheus, na zona leste de São Paulo, o escritor e humorista Gregório Duvivier fez relação com o escândalo da merenda que envolve o governo de Geraldo Alckmin (PSDB).
"Em terra de ladrão de merenda, quem vai preso é quem luta por moradia. Liberdade para Guilherme Boulos já!", postou Duvivier no Twitter. Detido nesta manhã, Boulos foi acusado de desobediência e incitação à violência. Boulos foi detido por desobediência judicial e incitação à violência. Ele foi levado ao 49º Distrito Policial e falou à imprensa que a detenção era uma "injustiça" e uma prisão "evidentemente política" (leia aqui).
Barracos de cerca de três mil pessoas (700 famílias) foram demolidos na ação, após a prisão de Boulos. No início da manhã, a PM utilizou gás de pimenta e bombas de gás lacrimogênio contra os moradores, que também protestaram queimando pneus e entulhos. O terreno particular, na Rua André de Almeida, estava ocupado há um ano e meio. Segundo as famílias, a área estava abandonada há 40 anos.
Saíram ainda em defesa de Boulos artistas, jornalistas, atletas e lideranças políticas, como Emicida, Joanna Maranhão, Leonardo Sakamoto e Dilma Rousseff. Confira algumas declarações, reunidas pela Revista Fórum:
Prisão de Guilherme Boulos fere democracia e criminaliza defesa dos direitos sociais do nosso povo https://t.co/DBTvDDpdHS
— Dilma Rousseff (@dilmabr) 17 de janeiro de 2017
Guilherme Boulos é um militante que está dando um testemunho de solidariedade aos pobres e marginalizados do país.
Solidariedade a Boulos!— Roberto Requião (@requiaopmdb) 17 de janeiro de 2017continua após o anúncio
Desprezo às 3 mil famílias pelo Governo d SP mostra a falta de diálogo e a repressão desmedida contra a luta pelo direito à moradia. pic.twitter.com/XRlGv0nf6b
— Jandira Feghali (@jandira_feghali) 17 de janeiro de 2017
Minha Solidariedade a Guilherme Boulos, Movimento social não é crime, quem não luta tá morto!
— emicida (@emicida) 17 de janeiro de 2017continua após o anúncio
"Se foi preso é pq não presta" Jesus foi preso, vocês lembram? Mandela tbm. Reflitam.
— Joanna Maranhão (@Jujuca1987) 17 de janeiro de 2017
Absurda Operação de Guerra da PM Paulista contra famílias na periferia da ZL detém o líder Guilherme Boulos pic.twitter.com/PNIxfljgYr
— Alexandre Padilha (@padilhando) 17 de janeiro de 2017continua após o anúncio
Guilherme Boulos, coordenador do MTST, acabou sendo preso e levado para o 49 DP, sem que tivesse cometido qualquer delito.
— Suplicy (@esuplicy) 17 de janeiro de 2017
A prisão de Guilherme Boulos é recado do Estado a quem quiser resistir https://t.co/0l0UaI7Ucs via @blogdosakamoto
— Leonardo Sakamoto (@blogdosakamoto) 17 de janeiro de 2017continua após o anúncio
Ocupar é um direito! Todo apoio às famílias sem teto de SP e ao companheiro Guilherme Boulos! | Intersindical https://t.co/3CVMFLEfjB
— Emir Sader (@emirsader) 17 de janeiro de 2017
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