Moro e Janot desmoralizados pela Justiça americana
"A Justiça americana deu um tapa com luva de pelica no Judiciário e na imprensa brasileira. Enquanto aqui assistimos a um festival de delações, vazamentos de delações e vivemos o império da desinformação e da contrainformação, em virtude do sigilo seletivo imposto pelas autoridades, alegremente compartilhado pela imprensa, a Justiça americana informa, em primeira mão, quanto a Odebrecht pagou em propina a quantos políticos brasileiros nos últimos anos. É uma humilhação!", escreve Alex Solnik; ao lembrar que "divulgar antes equivale a uma condenação prévia", o jornalista constata: "Os americanos gostam da atuação de Moro no Brasil, mas não usam os seus métodos. Ou seja, Moro é bom para o Brasil, mas não para os Estados Unidos"

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A Justiça americana deu um tapa com luva de pelica no Judiciário e na imprensa brasileira.
Enquanto aqui assistimos a um festival de delações, vazamentos de delações e vivemos o império da desinformação e da contrainformação, em virtude do sigilo seletivo imposto pelas autoridades, alegremente compartilhado pela imprensa, a Justiça americana informa, em primeira mão, quanto a Odebrecht pagou em propina a quantos políticos brasileiros nos últimos anos.
É uma humilhação!
O Brasil fica sabendo depois dos Estados Unidos a respeito do que acontece aqui dentro.
É a desmoralização de Rodrigo Janot e de Sergio Moro! E de seus métodos autoritários.
A diferença não consiste apenas na rapidez da informação – que o Ministério Público comandado por Janot já tinha, mas não dava a público – mas também na forma.
A moda aqui é divulgar listas, com centenas de políticos, e fomentar, assim, um clima de comoção e de fim de mundo.
Fazer acusações baseadas em suposições por meio de power-point em rede nacional de televisão a pessoas que sequer foram julgadas.
Lá, não: informaram com toda a sobriedade exigida que os destinatários de 1 bilhão de reais distribuídos pela empreiteira de 2001 a 2016 são apenas 14 políticos e os identificaram apenas por números e descrição de cargos, e não por nomes, como se costuma fazer por aqui, porque só se divulga nomes depois que seus portadores são condenados.
Divulgar antes equivale a uma condenação prévia.
Eis como funciona a Justiça num país democrático.
Os americanos gostam da atuação de Moro no Brasil, mas não usam os seus métodos.
Ou seja, Moro é bom para o Brasil, mas não para os Estados Unidos.
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