<a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/05/17/candidata-a-prefeita-e-morta-a-tiros-no-mexico-e-numero-de-candidatos-assassinados-chega-a-29">Brasil de Fato</a> - Lucero Esmeralda López Maza, <a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/05/15/eleicoes-no-mexico-469-candidatos-recebem-protecao-apos-27-assassinatos-durante-disputa" target="_blank">candidata à prefeitura municipal</a> de La Concordia, no estado mexicano de Chiapas, foi assassinada na noite de quinta-feira (16) em um ataque a um grupo de apoiadores após um evento político de campanha. De acordo com as primeiras versões, os fatos ocorreram por volta das 19h30, após uma reunião do Partido Popular Chiapaneco (PPC), liderado pela candidata López Maza, que tinha 28 anos.
De acordo com a Procuradoria Geral do Estado de Chiapas (FGCH), além dos seis mortos, o ataque armado também deixou dois feridos <a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/04/30/mais-de-100-candidatos-solicitam-protecao-diante-da-violencia-nas-eleicoes-do-mexico" target="_blank">durante um evento político</a> na cidade de La Independencia, perto da fronteira com a Guatemala.
Agentes da Polícia Preventiva do Estado chegaram ao local do massacre e confirmaram a morte de seis pessoas, três mulheres - duas menores de idade - e três homens. Como resultado do ataque armado, as autoridades iniciaram uma investigação para encontrar os responsáveis pelo tiroteio.
Apesar disso, o presidente Andrés Manuel López Obrador afirmou, em conferência de imprensa, que ocorre no país "menos agressões do que em outras eleições". O pleito geral mexicano está marcado para 2 de junho.
"Tem muito sensacionalismo. É lamentável, mas se lucra bastante com os assassinatos e a dor humana. Mas sim, estamos observando. Por exemplo, haviam sequestrado um candidato em Michoacán e já o liberaram, felizmente, estamos muito contentes por isso e muito tristes pelo de ontem, em Concordia."
O confronto em La Concordia ocorreu no meio da visita do presidente e parte de seu gabinete ao estado de Chiapas. Obrador reconheceu que a região é disputada pelo crime organizado, mas afirmou que, nos últimos 5 anos, &nbsp;"não houve problemas graves de insegurança".
"Nessa região, de acordo com as informações que temos, dois grupos estão se enfrentando. A Secretaria de Defesa está atuando, está reforçando a vigilância, vamos continuar fazendo. Eu lhes diria que, em matéria de segurança em Chiapas, isso é o que mais me preocupa como presidente. Mas ao mesmo tempo quero dizer que, em 5 anos, não tivemos problemas de insegurança graves em Chiapas."
Violência eleitoral - O assassinato de López Maza é o segundo a ser registrado na quinta (16) de maio, já que Santos Moreno Cabada, governador indígena da comunidade de Cieneguita de Núñez, em Choix, Sinaloa, e candidato a vereador pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI), também foi assassinado.
Com os assassinatos de López Maza e de Santos Moreno Cabada, sobe para 29 o número de candidatos assassinados durante a disputa eleitoral no México. Até esta terça-feira (14), <a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/05/15/eleicoes-no-mexico-469-candidatos-recebem-protecao-apos-27-assassinatos-durante-disputa" target="_blank">469 candidatos receberam proteção do governo mexicano</a>, segundo Luis Crescencio Sandoval, titular da Secretaria de Defesa Nacional (Sedena).
Para a proteção dos candidatos a cargos públicos em níveis municipal, estadual e federal foram destacados 2.912 oficiais da Sedena e da Guarda Nacional (GN). Três candidatos presidenciais do México passaram a ser protegidos por 24 policiais cada: &nbsp;<a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/04/29/em-debate-no-mexico-candidata-governista-destaca-reducao-da-pobreza-e-governo-para-os-de-baixo" target="_blank">Claudia Sheinbaum, da coalizão governista</a> Sigamos Fazendo História, Xóchitl Gálvez, da coalizão oposicionista Força e Coração pelo México, e Jorge Álvarez Maynez, do minoritário Movimento Cidadão.&nbsp;
Também recebem proteção 11 candidatos a governador, com 10 policiais cada. Para os 165 candidatos ao Senado e à Câmara de Deputados, 286 candidatos a deputados locais e prefeituras e quatro funcionários eleitorais que solicitaram proteção, serão disponibilizados seis policiais para cada.

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América Latina

Candidata a prefeita é morta a tiros no México e número de candidatos assassinados chega a 29

Agência Sputnik - O Comando Sul norte-americano lançou críticas às atividades chinesas na América Latina, que acusa terem propósito militar.
A chefe do Comando Sul dos EUA voltou a questionar o interesse da China na América Latina e insinuou que Pequim está buscando objetivos militares ao expandir sua presença na região.
"Por que há tanto foco na infraestrutura crítica chinesa neste hemisfério?", perguntou na quinta-feira (9) a general Laura Richardson, durante a 9ª Conferência de Segurança Hemisférica (HSC, na sigla em inglês), em Miami, Flórida, EUA.
A oficial norte-americana argumentou que a influência do gigante asiático na América Latina está crescendo por meio de projetos críticos, como a construção de grandes portos, que lhe dão acesso aos valiosos recursos naturais da região, em detrimento dos interesses das populações locais.
"Estamos preocupados com o possível uso militar [de tal infraestrutura]", acrescentou.
"O primeiro mega porto da China na América Latina só vai facilitar a extração desses recursos da região pelos chineses", argumentou Richardson, acrescentando que a América Latina está longe de se beneficiar das riquezas naturais que possui, enquanto Pequim tem vários acordos assinados com 21 países da região.
Para o chefe do Comando Sul, a cooperação dos países latino-americanos com a China significa que as empresas norte-americanas precisam afastar as empresas chinesas para ocupar seu lugar.
"Temos que ir até lá e competir por esses contratos nos países onde eles ainda estão sendo considerados", disse ela.
Anteriormente, a membro do Pentágono já havia atacado a China em termos semelhantes, o que levou Pequim a acusar Washington de "dois pesos e duas medidas" e a lembrar que os EUA "têm cerca de 800 bases militares no exterior, com 173.000 militares estacionados em 159 países". Eles sublinharam que os países da América Latina e do Caribe são "soberanos e não são o quintal dos EUA".

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Mundo

EUA recomeçam a 'cruzada' contra a China e questionam suas intenções no continente latino-americano

Agência Sputnik - O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse desejar que os Estados Unidos mudem a sua política de gastar milhares de milhões de dólares para resolver conflitos militares em Gaza e na Ucrânia, em vez de apoiar as nações vizinhas na resolução de problemas de migração nas Américas.

Na quarta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou um pacote legislativo arduamente conquistado que fornece assistência de segurança de 95 mil milhões de dólares à Ucrânia, a Israel e à região do Indo-Pacífico.

“[Os fundos são atribuídos] apenas para fins militares e não para fins humanitários. Sim, insistimos que eles [os EUA] forneçam recursos às nações pobres da América Latina e das Caraíbas para combaterem a migração... e eliminarem as suas causas porque as pessoas estão a abandonar as suas cidades por necessidade e não porque querem”, o político disse em uma entrevista coletiva na quinta-feira. "Mas se estamos a falar em enviar dinheiro para Gaza ou para a Ucrânia - o congresso [dos EUA] concorda com milhares de milhões de dólares."

Obrador acusou Washington de ter padrões duplos, acrescentando que tal política não traz bem a ninguém.

“Desejo de todo o coração que mudem esta política externa, porque não é boa para eles”, acrescentou.

Os países ocidentais e os seus aliados têm fornecido ajuda militar a Kiev desde o início da operação militar da Rússia na Ucrânia, em Fevereiro de 2022. Moscovo tem alertado consistentemente contra a continuação das entregas de armas, dizendo que isso levaria a uma nova escalada do conflito.

López Obrador critica EUA por alocar fundos para fins militares e não humanitários

(Reuters) - O presidente do Equador, Daniel Noboa, obteve um apoio significativo dos eleitores para uma série de medidas de segurança que, segundo ele, ajudarão a combater o aumento acentuado da criminalidade, de acordo com uma contagem preliminar de votos feita pelo conselho eleitoral nacional no domingo.
As medidas - incluindo patrulhas policiais-militares conjuntas, extradição de criminosos procurados e sentenças mais longas para terrorismo e assassinato, entre outros crimes - têm o objetivo de combater o aumento da violência no país que tem conquistado as manchetes internacionais.
Mesmo durante a votação, as autoridades relataram a morte de um diretor de prisão na província de Manabí, no oeste do país, e uma possível tentativa de motim em uma prisão na província de Los Rios. A agência de prisões Snai não forneceu detalhes sobre a morte do diretor Cosme Damian Parrales, mas disse que estava investigando.
"Defendemos o país, agora temos mais ferramentas para lutar contra o crime e devolver a paz às famílias equatorianas", publicou Noboa em sua conta no Instagram, ao lado de fotos suas com a esposa e dois de seus filhos.
A contagem preliminar feita pelo conselho eleitoral mostrou que entre 60% e 73% dos eleitores apoiaram as medidas voltadas para a segurança, incluindo controles mais rígidos de armas em áreas próximas a prisões, ausência de liberdade condicional para crimes como sequestro ou financiamento de terrorismo, entre outros, e a possibilidade de os militares usarem armas confiscadas.
As gangues de tráfico de drogas têm se expandido para todos os lados da América Latina na última década, transformando países antes tranquilos, como o Equador, em novos campos de batalha, segundo autoridades de segurança e diplomatas.
Em janeiro, a violência no Equador chamou a atenção do mundo quando homens armados invadiram uma transmissão de televisão ao vivo e muitos funcionários de prisão foram feitos reféns.
Pesquisas sugeriram que os eleitores provavelmente apoiariam as medidas apresentadas por Noboa no referendo de 11 perguntas.
Uma medida que permitiria que os trabalhadores fossem contratados por hora, o que, segundo os opositores, beneficiaria os ricos e as empresas internacionais, e outra que reconheceria a arbitragem internacional foram rejeitadas pelos eleitores, com mais de 60% dizendo não.
O conselho eleitoral do Equador disse que a votação foi pacífica e que, embora a instalação de alguns locais de votação tenha sido prejudicada pelas fortes chuvas, os problemas foram amplamente superados.

Presidente do Equador celebra referendo sobre segurança pública vencido com ampla margem

Por Anthony Esposito
ACAPULCO (Reuters) - A candidata presidencial mexicana Claudia Sheinbaum disse nesta sexta-feira que, caso eleita, seu governo terá foco especial na gestão hídrica e na energia renovável, que serão parte de um plano para melhorar a sustentabilidade do país.
Ela acrescentou ainda, em evento organizado por bancos na costa do país no Oceano Pacífico, que também teria como prioridade o desenvolvimento de regiões para nearshoring, investindo em parques industriais e aumentando as redes de trem de passageiros e de carga do país.
A candidata, que representa o partido governista Morena, é a ampla favorita para as eleições de junho, e sua campanha é baseada na continuação das políticas do atual presidente, Andrés Manuel López Obrador.
Embora tenha dito que não pensa em fazer uma reforma tributária, Sheinbaum afirmou que há espaço para simplificar o atual regime e melhorar a arrecadação do governo.
A candidata também salientou que pode reavaliar o controle militar de infraestruturas como aeroportos. Com López Obrador, o setor militar assumiu uma série de atividades anteriormente lideradas por civis.
A candidata afirmou que seu governo fortaleceria os bancos públicos, incluindo o Banco del Bienestar, e continuaria respeitando a autonomia do Banco Central.
Sheinbaum disse que o pacto comercial do México com os Estados Unidos e o Canadá representa um "enorme potencial" para a nação latino-americana, acrescentando que seu governo manteria o comércio com a China.
(Reportagem de Anthony Esposito)

Líder de corrida presidencial mexicana promete foco em energia renovável

(Reuters) - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quinta-feira que o governo está avaliando a possibilidade de trazer gás argentino de Vaca Muerta por meio de uma rota que passa pelo Paraguai.
"Ao invés de o gás chegar à Bolívia e entrar no Brasil, poderia também ter uma outra rota, outra possibilidade, de vir pelo Paraguai... O que nos pareceu algo extremamente viável num primeiro momento, mas é claro que é algo incipiente", afirmou o ministro a jornalistas após participação em evento do setor.
Não ficou claro quem arcaria com os custos do gasoduto.
Ele ressaltou que a proposta está alinhada aos planos do governo brasileiro de integração energética da América do Sul, envolvendo tanto o setor de energia elétrica quanto o de gás.
Silveira esteve nesta semana no Paraguai, junto do chanceler Mauro Vieira, para tratar das negociações sobre tarifa da usina binacional de Itaipu e da revisão das bases financeiras do acordo entre os países em torno da hidrelétrica.
O ministro disse ainda que quer "acelerar o choque de oferta de gás" e voltou a falar de um papel "mais vigoroso" da estatal PPSA como estimuladora de políticas públicas para o gás.
"Nós estamos avaliando, a questão do swap (de contratos de óleo da União por gás), inclusive para poder ampliar a infraestrutura do gás, é algo que está dentro das possibilidades do (programa) Gás para Empregar".

Governo avalia trazer gás argentino de Vaca Muerta através do Paraguai, diz Silveira

247 - O presidente Lula chegou na tarde desta quarta-feira (17) à Casa Nariño, sede do governo da Colômbia, onde foi recebido com cerimônia de revista às tropas e cumprimentos do presidente da Colômbia, Gustavo Petro.
Em discussão estão questões como as eleições na Venezuela, a proteção da Amazônia, acordos bilaterais e a invasão da embaixada mexicana no Equador.&nbsp;
A reunião contou ainda com com a presença do ministro das Relações Exteriore, Mauro Vieira, e do ministro da Defesa, José Múcio. Dez ministros acompanham o presidente Lula na viagem por Bogotá.
Os presidentes participam também de um fórum empresarial e da abertura da Feira Internacional do Livro.

Lula se encontra com Petro para discutir Venezuela, Amazônia, acordos bilaterais e a invasão da embaixada mexicana no Equador

247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu nesta terça-feira (9) seu homólogo da Colômbia, Gustavo Petro, para discutir temas de interesse mútuo e fortalecer os laços bilaterais, informa a Telesur.
O encontro ocorreu no Palácio de Miraflores, sede do Governo, localizado em Caracas (capital), onde participaram delegações de ambos os países.
Após o término da reunião, os dois presidentes falaram à imprensa para informar sobre vários pontos discutidos em relação à relação bilateral.
O presidente Maduro agradeceu ao seu colega pela "boa reunião que tivemos", que foi propícia para revisar "como evolui, progride, a relação entre Venezuela e Colômbia, e as novas oportunidades que se abrem em todos os campos de transporte, comércio, economia, energias alternativas, energias tradicionais, investimentos conjuntos e os projetos que devem seguir o caminho do encontro e reencontro permanente" entre os dois países.
"Devemos aprofundar os passos da integração e, além disso, como conversamos, da união. Também tivemos uma visão comum sobre os conflitos que existem no continente, a reunião da Celac hoje, o conflito na Palestina, todos os temas das ameaças de violência e guerra no mundo, e a necessidade de preservar com cuidado, com bons ofícios, com bons esforços conjuntos, a paz em nossa região, na América do Sul," declarou.
Além disso, reafirmou que a Venezuela sempre estará pronta e à disposição para "ajudar além do que for possível" a construir a paz na Colômbia.
"A paz na Colômbia é a paz da Venezuela e, também, a paz e estabilidade da Venezuela, tanto política, econômica, quanto social, é a tranquilidade e paz da Colômbia," enfatizou.
Por sua vez, o presidente Petro destacou que existe uma agenda comum "em torno de projetos concretos de integração latino-americana".
"Falamos sobre temas que têm a ver com política, sem dúvida, paz política e paz militar. A Venezuela pode nos ajudar muito e o tem feito ao longo dos anos, em governos anteriores ao meu, no tema dos conflitos armados," detalhou Petro.
Em relação ao tema da segurança, o presidente colombiano falou sobre "um acordo em torno do desmantelamento de gangues, a possibilidade de não usar criptomoedas como mecanismo de lavagem de dinheiro; o combate conjunto às máfias de economias ilícitas (...) Nestes temas, assegurar que a América do Sul se proteja da barbárie, da violência que começa a pulular no mundo, e em nosso próprio continente, é um objetivo comum que deve ser preservado."
O chanceler venezuelano Iván Gil publicou um comunicado conjunto sobre o encontro entre ambos os presidentes, indicando que "revisaram detalhadamente os principais aspectos da relação bilateral e trocaram visões sobre as necessidades de ação conjunta diante dos desafios mais importantes da geopolítica mundial e regional."
Na véspera, durante seu programa Con Maduro +, o presidente venezuelano anunciou a visita de seu colega Petro e destacou que da Colômbia "não nos separará ninguém" e que ambas as nações têm grandes objetivos a cumprir.
"Avançar na economia, no comércio e na Paz. Há muitas coisas para aprofundar: projetos de energia, gás, petróleo, segurança fronteiriça, entre outros temas e pontos em comum que estão acima das diferenças," manifestou na ocasião.

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