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Wendrell Elias dos Santos Gomes

Especialista em Neuropsicopedagogia. Licenciado em Letras (Português e Espanhol), Pedagogia e Artes Visuais. Professor de Língua Portuguesa e outros componentes curriculares, pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

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Tentativa de precarização para a educação de jovens e adultos paulistas

"Iniciativa é uma outra forma de contratar serviços privados para resolver problemas públicos"

(Foto: Reuters)
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Na cidade de São Paulo, gerida pelo atual prefeito, Ricardo Nunes, que é filiado ao partido político, Movimento Democrático Brasileiro (MDB), há mais uma péssima novidade sobre a educação paulistana. Agora, neste mês de abril de 2024, o problema envolve a Educação de Jovens e Adultos (EJA) dessa prefeitura. 

Segundo a denúncia feita pelo deputado estadual Carlos Giannazi, de forma sigilosa ou às escuras, está sendo discutida a implantação da EJA para os anos finais do Ensino Fundamental. Para isso, há uma parceria entre essa prefeitura e a Fundação Roberto Marinho, visando à Educação a Distância (EaD), a fim de “complementar” a oferta desse ensino para a cidade de SP.

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No entanto, essa iniciativa é uma outra forma de contratar serviços privados para resolver problemas públicos. Ademais, ausenta-se de diálogos com a comunidade docente (professores), comunidade discente (atuais alunos) ou quaisquer outras comunidades pertencentes às escolas dessa região. 

Pelo senso comum do professorado paulistano, a necessidade maior é que haja facilitações para aberturas de novas salas de aula, no período noturno. Isso, por meio da contração de mais profissionais, em várias localidades desse território, de modo eficiente. Assim, a ampliação da oferta, juntamente a possíveis incentivos, definitivamente, poderia resolver essa questão. 

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Entretanto, apesar de haver quase 2 milhões de paulistanos que não tenham concluído o Ensino Fundamental, por parte dessa gestão neoliberal, evidentemente, Educação é despesa, e não investimento. Por isso, propõe-se a pagar, aproximadamente, dois milhões de reais para essa medida, que é um valor inferior, se comparado ao investimento presencial. 

Quanto a esse fato, a maior preocupação, entre os profissionais, é de que a qualidade educacional seja comprometida, pela ausência da interação social presencial, reuniões presenciais e mobilizações sociais presenciais. 

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Dessa maneira, possibilita a formação de estudantes mais alienados, que façam leituras mais superficiais e não desenvolvam tanto as suas habilidades para a formação cidadã plena, como poderiam. Por exemplo, há os variados espaços escolares que possibilitam a aprendizagem por todos os sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar), de modo distinto a somente visão e audição, pela Internet ou aplicativo. 

Assim como, geralmente, os cursos de EaD, principalmente os privados, tendem a ser mais superficiais, simples e objetivos, a tentativa é tornar a EJA como só mais um curso. No entanto, essa ideia é “de ignorante”, haja vista que esse tipo de ensino é fundamentado pela Educação Básica, devendo-se manter o acesso presencial, gratuito e de qualidade a todos.  

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Contudo, essa é só mais uma tentativa de reduzir a qualidade do sistema pedagógico paulistano, “jogando a sujeira para debaixo do tapete” e lucrando em cima de serviços privados para atender a demandas públicas. 

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