Só cabe ao presidente Lula decidir o que fazer em 2026
Quando chegar a hora, o presidente Lula, e só ele, decidirá sobre sua candidatura à reeleição
Desde a ditadura civil-militar de 64, a anulação política e até física de Lula tem sido almejada e, às vezes, planejada por seus inimigos.
Graças ao apoio da maioria da população brasileira, de uma maneira ou de outra, esses intentos foram sendo derrotados.
A despeito de processos, prisões e desinformação constante, Lula e o Partido dos Trabalhadores lograram integrar um movimento democrático e popular que o levou três vezes à Presidência da República e à vitória em cinco eleições neste quarto de século.
Nessa trajetória repleta de vicissitudes, Lula enfrentou e venceu um câncer. Foi preso na masmorra do então juiz Sérgio Moro, no bojo da farsa midiática da Lava-Jato. Solto, decidiu retornar para comandar a luta contra o fascismo. De volta à Presidência, obrigado a contornar a exiguidade de sua base política no Congresso, Lula vem exercendo seu mandato com sucesso, reduzindo a fome e a miséria extrema. Comanda com responsabilidade uma economia que cresce, com desemprego em queda, aumento da massa salarial e do consumo.
Nesse contexto, Lula acaba de superar novo desafio, recuperando-se com rapidez da retirada de um coágulo no cérebro.
Seus inimigos se excitaram, mas a perícia dos médicos e a resiliência do presidente asseguram que ele terá alta nos próximos dias, em condições de trabalhar plenamente.
O presidente está em condições de exercer este seu mandato até sua conclusão.
Precipitaram-se especulações, como não poderia deixar de ser, sobre se Lula, a partir deste evento, teria condições de concorrer em 2026. Houve, na mídia de direita, quem anunciasse um cenário eleitoral de "incerteza inédita".
São, evidentemente, considerações precipitadas de quem deseja explorar politicamente uma condição de saúde que, tratada como foi, não representa em si qualquer impedimento a uma recandidatura de Lula. Este, aliás, aparece como favorito em recente pesquisa Quaest, caso deseje disputar a eleição, liderando em todos os cenários de segundo turno para presidente.
Ainda é muito cedo para tratar de eleições. A rigor, esta gestão de Lula ainda nem chegou à metade. Cumpre agora concentração total na realização do programa de governo. Estão em andamento projetos e providências capazes de transformar o panorama de atraso e injustiça social que marcam o país. Agora é a hora de realizar essas entregas, que serão históricas, como a retificação de uma estrutura tributária que isenta ricos em prejuízo dos mais carentes.
Na infraestrutura, na energia e no meio ambiente, projetos atingem fase madura para se tornarem realidade, o que exige gestão intensa e concentração total.
À luz desse quadro, quando chegar a hora, o presidente Lula, e só ele, decidirá sobre sua candidatura à reeleição. Seja qual for a decisão, ela deverá evitar a precipitação da polarização eleitoral fora de hora.
Levando em conta suas condições e os interesses do país, Lula, repita-se, somente ele, saberá tomar a melhor decisão.