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    Paulo Coelho critica Piquet por ser "motorista de Bolsonaro" e pede desculpas a Hamilton em nome dos brasileiros

    "Caro @LewisHamilton: Piquet é atualmente o piloto do pior presidente da nossa história", disse o escritor brasileiro

    Lewis Hamilton e Paulo Coelho (Foto: Reuters | Reprodução)

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    247 - O escritor Paulo Coelho saiu nesta terça-feira (28) em defesa do heptacampeão da Fórmula 1, Lewis Hamilton, que foi alvo de comentário racista feito pelo ex-piloto brasileiro Nelson Piquet. Pelo Twitter, Coelho lembrou que Piquet apoia Jair Bolsonaro, "o pior presidente da nossa história" e pediu desculpas ao piloto inglês, que se tornou um dos principais ativistas da luta antirracista.

    "Caro @LewisHamilton: Piquet é atualmente o piloto do pior presidente da nossa história. Seus comentários racistas mostram a necessidade desesperada de voltar aos holofotes. Peço desculpas em nome do povo brasileiro, que te respeita e te ama", escreveu Paulo Coelho. 

    >>> Piquet se refere a Hamilton como "neguinho" e internautas reagem: 'é a pessoa mais detestável do Brasil'


    Leia também matéria da agência Reuters sobre o assunto: 

    SÃO PAULO (Reuters) - Lewis Hamilton pediu ação para mudar "mentalidades arcaicas" depois que um comentário racista sobre ele feito pelo tricampeão brasileiro Nelson Piquet provocou uma condenação generalizada.

    Em uma entrevista no YouTube em novembro, Piquet, de 69 anos, usou a palavra "neguinho" para se referir ao heptacampeão mundial, ao comentar sobre o acidente de Hamilton no Grande Prêmio da Inglaterra com Max Verstappen.

    Ele também disse que Hamilton jogou sujo no incidente. A filha de Piquet, Kelly, é companheira de Verstappen, e os comentários ressurgiram quando os pilotos se preparam para retornar a Silverstone neste fim de semana.

    Hamilton, que recentemente recebeu a cidadania brasileira honorária e é o único piloto negro do esporte, respondeu no Twitter.

    "Vamos focar em mudar a mentalidade", disse o piloto da Mercedes em português, para depois acrescentar em inglês: "É mais do que linguagem. Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar em nosso esporte."

    "Estive cercado por essas atitudes e fui alvo a minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação."

    A Federação Internacional de Automobilismo (FIA), a Fórmula 1 e a Mercedes emitiram declarações condenando o racismo, mas sem mencionar Piquet pelo nome.

    "Linguagem discriminatória ou racista é inaceitável de qualquer forma e não faz parte da sociedade. Lewis é um embaixador incrível do nosso esporte e merece respeito", disse a Fórmula 1.

    A Mercedes afirmou que Hamilton é "um verdadeiro campeão da diversidade dentro e fora das pistas", enquanto a FIA expressou solidariedade e apoio ao "compromisso (do britânico) com a igualdade, diversidade e inclusão no automobilismo".

    A assessoria de imprensa de Piquet não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

    Piquet, que conquistou seus títulos em 1981, 1983 e 1987, tem sido um defensor do presidente Jair Bolsonaro e dirigiu o Rolls-Royce presidencial durante uma cerimônia no ano passado.

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