Reinaldo: combater corrupção não é tarefa para novos criminosos
O jornalista Reinaldo Azevedo avalia que, "sob o pretexto de combater a corrupção e as corporações, iniciativas como as operações Mãos Limpas e Lava Jato acabam criando o caldo de cultura para os candidatos a autocratas"; "Foi assim com Silvio Berlusconi e quase tudo o que veio depois na Itália; é assim com Bolsonaro no Brasil"; "Crimes cometidos por homens e entes do Estado serão sempre mais graves do que aqueles cometidos por indivíduos e empresas que compõem a sociedade. Combatamos a corrupção. Mas essa não é tarefa para criminosos"
247 - O jornalista Reinaldo Azevedo avalia em seu blog no Uol que, "sob o pretexto de combater a corrupção e as corporações, iniciativas como as operações Mãos Limpas e Lava Jato acabam criando o caldo de cultura para os candidatos a autocratas".
"Foi assim com Silvio Berlusconi e quase tudo o que veio depois na Itália; é assim com Bolsonaro no Brasil. Ou por outra: considera-se, então, que o governante que se ancora numa coalizão para governar estará necessariamente praticando corrupção, mas aquele que se apresenta para tomar decisões ao arrepio de qualquer tentativa de entendimento ou consenso estaria, então, agindo em nome dos interesses celestes", afirma.
De acordo com o jornalista, "é claro que se trata, essencialmente, de uma agressão à democracia. E, por óbvio, quem está imbuído desse espírito missionário não dá bola para os limites legais, como a Lava Jato não deu".
"Se o combate à corrupção justifica qualquer ação, passa a justificar também a agressão à ordem legal, que costuma ser chamada de crime. E já está mais do que claro que crimes foram cometidos no Brasil sob o pretexto de combater o crime. Ocorre que crimes cometidos por homens e entes do Estado serão sempre mais graves do que aqueles cometidos por indivíduos e empresas que compõem a sociedade. Combatamos a corrupção. Mas essa não é tarefa para criminosos", complementa.
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