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    Encontro entre Lula e Zelensky teve clima de cooperação, diz Mauro Vieira

    Ao comentar encontro, presidente brasileiro afirmou que teve "boa conversa sobre a importância dos caminhos para construção da paz e de manter sempre o diálogo aberto"

    Lula e Zelensky (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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    (Reuters) - A primeira reunião presencial entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, ocorreu sob clima de cooperação e ambos instruíram suas equipes a continuarem em contato para desenvolver relações bilaterais e discutir possibilidades de paz, disse o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, após o encontro realizado em Nova York às margens da Assembleia Geral da ONU, nesta quarta-feira.

    Segundo o chanceler, Lula mostrou disposição a conversar com todos os lados, falou de sua experiência em negociação e reafirmou que o Brasil condena a invasão territoral de países.

    Pela rede social X, ex-Twitter, o presidente ucraniano afirmou que teve uma "reunião importante" com Lula, ocasião em que ocorreu uma discussão "honesta e construtiva". "Instruímos as nossas equipes diplomáticas a trabalhar nos próximos passos nas nossas relações bilaterais e nos esforços de paz", publicou Zelenskiy, acrescentando que "o representante brasileiro continuará participando das reuniões da Fórmula da Paz".

    O presidente brasileiro também utilizou a rede social para comentar o encontro. "Hoje me reuni em Nova York com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy. Tivemos uma boa conversa sobre a importância dos caminhos para construção da paz e de mantermos sempre o diálogo aberto entre nossos países", postou.

    O primeiro encontro entre Zelenskiy e Lula vinha sendo preparado há meses. O governo ucraniano solicitou a reunião em NY após um desencontro entre os dois líderes na cúpula do G7 na cidade japonesa de Hiroshima, em maio.

    Lula tem defendido a criação de um grupo de nações para mediar o fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, mas em maio afirmou que tanto Moscou quanto Kiev eram culpadas pelo conflito, irritando os Estados Unidos e os países europeus que apoiam a resistência ucraniana à invasão russa. No mês passado, Lula disse que nem Zelenskiy nem o presidente russo, Vladimir Putin, estavam prontos para a paz.

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