Funaro tem o caminho da propina a Temer
O empresário Lúcio Funaro, que cumpre prisão domiciliar por condenação na operação Lava Jato, apresentou um lote inteiro de provas inéditas contra Michel Temer, Geddel Vieira Lima, Moreira Franco e Eliseu Padilha em nova delação na polícia federal; Funaro dá detalhes do célebre jantar no Jaburu em que Temer pede uma "contribuição" de campanha a Marcelo Odebrecht; o doleiro alega ter localizado um conjunto de planilhas que comprovam essas e outras operações
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247 - O empresário Lúcio Funaro apresentou um conjunto inédito de documentos que perfazem o caminho percorrido da propina de R$ 10 milhões paga pela Odebrecht ao PMDB, na campanha presidencial de 2014. O valor teria sido dividido pelo grupo político do presidente Michel Temer.
O caso alude ao jantar no Palácio do Jaburu, célebre episódio embutido na delação da empreiteira, em que Marcelo Odebrecht afirma ter recebido o pedido de “contribuição” ao partido de Michel Temer. As provas inéditas apresentadas por Funaro serão usadas para embasar o inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco.
Lúcio Funaro, em prisão domiciliar, diz aos investigadores que vasculhou todos os seus registros de pagamento de propina para encontrar as evidências. O doleiro localizou um conjunto de planilhas que comprovam ao repasse de dinheiro em espécie entre os dias 22, 23, 24 e 25 de julho de 2014.
A soma dos repasses é de R$ 1 milhão. É a exata quantia que o doleiro afirmou ter ido buscar com José Yunes, amigo de Temer. Além dessas provas inéditas, o doleiro encontrou outro documento que confirma a entrega da propina a Geddel Vieira Lima.
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