247 - Investigações da Polícia Federal indicaram que o jogador do Flamengo Bruno Henrique forçou o cartão amarelo em quatro momentos numa partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023. A PF indiciou o atacante por supostamente ter forçado o cartão, e beneficiado apostadores. Além dele, outras nove pessoas foram indiciadas - três delas são familiares do jogador. A informação foi publicada no <a href="https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/04/16/bruno-henrique-poderia-ter-tomado-o-cartao-amarelo-em-quatro-oportunidades-durante-jogo-suspeito-diz-pf.ghtml">Portal G1</a>.
De acordo com os investigadores, o jogador tentou forçar o cartão aos 5 minutos do segundo tempo. Gabigol, atualmente no Cruzeiro, e Bruno Henrique discutiram com o árbitro Rafael Klein após a marcação de uma falta contra o Flamengo. Os dois jogadores reclamaram, mas apenas Gabigol foi advertido com o cartão amarelo.
Bruno Henrique também tentou receber um cartão aos 18 minutos da segunda etapa. Aos 22 minutos, o jogador reclamou com o árbitro após a marcação de outra falta. Aos 35 minutos do segundo tempo, o atleta derrubou um jogador do Santos no campo de ataque do Flamengo.
<h2>Diálogos</h2>
Enquanto o jogo se aproximava do final, dois dos indiciados pela PF — o irmão do atacante, Wander Nunes Pinto Júnior, e seu amigo Claudinei Vítor Mosquete Bassan — conversaram sobre a demora na aplicação do cartão e criticaram o árbitro Rafael Klein.
"Que juiz desgraçado", disse Claudinei."Já era pra ter dado e tá nessa p... aí", afirmou Wander. "Deve tomar agora", respondeu Claudinei.
Na partida, Bruno Henrique foi capitão do Flamengo após a expulsão do meio-campista Gérson, aos 41 minutos do primeiro tempo. Segundo a PF, a braçadeira de capitão permitiu maior interação entre o atacante e o árbitro, o que pode explicar ele não ter sido advertido por reclamações.
<h2>Outro lado</h2>
O clube rubro-negro emitiu uma nota para comentar o indiciamento. "O Flamengo não foi comunicado oficialmente por qualquer autoridade pública acerca dos fatos que vêm sendo noticiados pela imprensa sobre o atleta Bruno Henrique", afirmou.
"O Clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores que sustentam o Estado Democrático de Direito."

Leonardo Lucena

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Esporte

PF: Bruno Henrique poderia ter levado cartão em 4 momentos de jogo suspeito. Falta de advertência deixou apostadores apreensivos

247 - A Polícia Federal indiciou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suspeita de envolvimento em um esquema de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro de 2023. Outras nove pessoas também foram indiciadas, entre elas, parentes e amigos do jogador. As informações são do <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/04/15/pf-indicia-bruno-henrique-do-flamengo-e-outros-nove-por-suposta-manipulacao-em-jogo.ghtml">G1.</a>
De acordo com a investigação, Bruno Henrique teria provocado intencionalmente uma falta durante a partida contra o Santos para receber um cartão amarelo. A ação teria beneficiado apostadores ligados ao jogador, incluindo seu irmão, cunhada e dois amigos. O lance ocorreu nos acréscimos do segundo tempo e resultou na expulsão do atleta.
Em novembro de 2024, a Polícia Federal realizou 12 mandados de busca e apreensão em diferentes cidades: Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). Na ocasião, Bruno Henrique não se manifestou publicamente. O Flamengo, em nota, reiterou apoio ao atleta e afirmou confiar em sua conduta.
<blockquote>&nbsp;“O Clube ainda não teve acesso aos autos do inquérito, uma vez que o caso corre em segredo de justiça, mas é importante registrar que, ao mesmo tempo em que apoiará as autoridades, dará total suporte ao atleta Bruno Henrique, que desfruta da nossa confiança e, como qualquer pessoa, goza de presunção de inocência”, destacou o clube na nota divulgada em novembro.</blockquote>
O indiciamento indica que, na visão da Polícia Federal, há indícios suficientes da prática de crime por parte dos envolvidos. Agora, o caso será analisado pelo Ministério Público, que decidirá se apresenta ou não denúncia à Justiça.
<h3>Processo desportivo foi arquivado</h3>
Paralelamente à investigação criminal, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) analisou o mesmo episódio e decidiu, em setembro de 2024, arquivar o processo disciplinar contra Bruno Henrique. No relatório, o tribunal apontou que o lance “foi um lance comum” e poderia ser “interpretado como lance normal, sem falta”.
O documento também considerou que o lucro com as apostas suspeitas foi considerado “ínfimo”. Os valores das apostas variavam entre R$ 1,5 mil e R$ 3,05 mil, com lucros que chegavam a no máximo R$ 6,1 mil.
Veja os principais valores das apostas:
<ul>
 <li>&nbsp;R$ 3,05 mil para ganhar R$ 9,150 mil (lucro de R$ 6,1 mil)</li>
 <li>&nbsp;R$ 2,3 mil para ganhar R$ 7 mil (lucro de R$ 4,7 mil)</li>
 <li>&nbsp;R$ 1,5 mil para ganhar R$ 4,55 mil (lucro de R$ 3,05 mil)</li>
</ul>
Além disso, o STJD considerou que a prática de forçar cartões é comum no Campeonato Brasileiro, especialmente quando um jogador está “pendurado” e há um jogo de maior relevância na sequência. No caso, Bruno Henrique cumpriu suspensão contra o Fortaleza e ficou livre para enfrentar o Palmeiras, adversário direto na briga pelo título.
A defesa do atacante também utilizou esse argumento em sua defesa, alegando que a condição de “pendurado” era pública e que o aumento nas apostas se deu de forma natural por esse motivo.
Apesar do arquivamento na esfera esportiva, o STJD pode reabrir o caso caso sejam apresentadas novas evidências pela Polícia Federal ou pelo Ministério Público.
Bruno Henrique segue treinando normalmente com o elenco do Flamengo e foi relacionado para a viagem a Belo Horizonte nesta terça-feira (15).

Laís Gouveia

PF indicia Bruno Henrique, do Flamengo, e outros nove por suposta manipulação em jogo

Agência Brasil - Não chegou a quatro meses a passagem do técnico português Pedro Caixinha à frente do comando técnico do time masculino do Santos. Ele foi demitido pela diretoria do clube nesta segunda-feira (14), um dia após a derrota do Peixe para o Fluminense (1 a 0), no Maracanã, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
&nbsp;A equipe santista segue sem vitórias no Brasileirão. Estreou com derrota para o Vasco (2 a 1) e, na rodada seguinte, empatou em casa com o Bahia (2 a 2). &nbsp;Com apenas um ponto marcado, o time está na zona de rebaixamento, em 18º lugar.
De acordo com nota oficial do Santos, o auxiliar técnico César Sampaio assumira o time interinamente. Ele deverá estar à beira do gramado da Vila Belmiro, na próxima quarta (16), quando o Santos encara Atlético-MG (16º na tabela), às 21h30 (horário de Brasília), pelo Brasileirão.
Desde que assinou contrato com o Peixe em 23 de dezembro, Caixinha disputou 17 partidas, somando seis vitórias, quatro empates e sete derrotas. No início da atual temporada, o Santos parou na semifinal, após revés para o Corinthians (2 a 1), em partida única. &nbsp;
Além do treinador português, também deixam o Santos os auxiliares técnicos Pedro Malta e José Pratas; o preparador físico Guilherme Gomes; e o preparador de goleiros José Belman.

Bianca Penteado

Santos demite técnico Pedro Caixinha após início difícil no Brasileiro

Reuters - Dois torcedores do Colo-Colo, de 13 e 18 anos, morreram na quinta-feira após incidentes ocorridos antes do início da partida contra o Fortaleza nas proximidades do estádio Monumental, em Santiago, na segunda rodada da Copa Libertadores.
A Conmebol e a Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile (ANFP) confirmaram as mortes e condenaram a violência em declarações separadas.
"A Conmebol lamenta profundamente a morte de dois torcedores nas proximidades do Estádio Monumental antes do início da partida entre Colo-Colo e Fortaleza Esporte Clube", disse a confederação sul-americana.
A ANFP também pediu às autoridades que implementem medidas para enfrentar "a atual crise de segurança" no futebol chileno.
Os incidentes ocorreram nas imediações do estádio, quando os torcedores do time da casa tentaram forçar a entrada no estádio, provocando tumultos e confrontos com a polícia, de acordo com a imprensa local.
"O que se sabe é que uma das barras esmagou esses dois jovens com um peso maior", disse o promotor Francisco Mores à imprensa local. "Está sendo investigado se um carro da polícia esteve envolvido na morte."
O jogo, no entanto, começou a ser disputado e estava empatado em 0 x 0 quando torcedores do Colo-Colo invadiram o gramado e forçaram a suspensão em repúdio à morte dos jovens.
Os jogadores do Fortaleza correram para os vestiários e imediatamente deixaram o campo. O clube brasileiro informou posteriormente que "todos os membros da delegação estão bem e em segurança após a invasão".
Mais tarde, a Conmebol anunciou o "cancelamento" oficial da partida do Grupo E após 73 minutos de jogo.

Redação Brasil 247

Dois torcedores do Colo-Colo morrem em incidentes com a polícia antes de jogo contra Fortaleza na Libertadores

247 - A ESPN afastou os jornalistas Dimas Coppede, Gian Oddi, Paulo Calçade, Pedro Ivo Almeida, Victor Birner e William Tavares, que fizeram críticas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) durante o programa Linha de Passe, na última segunda-feira (7). Os jornalistas comentaram uma reportagem da revista Piauí que fez uma série de denúncias sobre a gestão do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues. As informações são do <a href="https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2025/04/09/espn-afasta-6-jornalistas-apos-programa-com-criticas-a-gestao-da-cbf.htm">UOL</a>.
O programa, transmitido na segunda-feira, gerou repercussão por seu tom crítico em relação à CBF, abordando as acusações de irregularidades e questionando a administração de Rodrigues. Segundo fontes, a cúpula da ESPN não foi informada previamente sobre o conteúdo que seria veiculado, o que teria gerado insatisfação por parte da emissora.&nbsp;
A confederação, com a qual a ESPN mantém uma negociação de parceria comercial para a transmissão do Campeonato Brasileiro da Série B, procurou a emissora exigindo uma postura diante das críticas veiculadas. A expectativa é que os profissionais afastados sejam reintegrados amanhã, após uma rápida suspensão.
Com a mudança, o programa Linha de Passe da terça-feira foi conduzido por uma nova equipe de jornalistas, composta por André Pilhal, André Kfouri, Breiler Pires, Eugênio Leal e Leonardo Bertozzi. Além disso, a grade de transmissão dos jogos também precisou ser adaptada devido às mudanças de última hora.
Até o momento, as assessorias de imprensa da CBF e da ESPN não se pronunciaram sobre o caso.&nbsp;

Otávio Rosso

ESPN afasta seis jornalistas que fizeram críticas à CBF

247 - O ex-goleiro Haílton Corrêa de Arruda, conhecido no mundo do futebol como Manga, faleceu na manhã desta terça-feira, 8 de abril, aos 87 anos, informa a<a href="https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2025/04/morre-aos-87-o-ex-goleiro-manga-idolo-de-botafogo-e-internacional.shtml"> Folha de S. Paulo</a>. A informação foi confirmada por fontes próximas à família do atleta. Manga estava internado no Hospital Rio Barra, no Rio de Janeiro, e lutava contra um câncer de próstata há alguns anos.
Nascido em Recife, no dia 26 de abril de 1937, Manga começou sua carreira no Sport Club do Recife, onde se destacou e conquistou três campeonatos pernambucanos (1955, 1956 e 1958). No entanto, foi no Rio de Janeiro, vestindo a camisa do Botafogo, que ele alcançou sua maior notoriedade. Com o time alvinegro, o goleiro conquistou quatro títulos cariocas (1961, 1962, 1967 e 1968) e se firmou como um dos principais goleiros da sua geração.
Além de sua trajetória vitoriosa no futebol brasileiro, Manga teve passagens importantes por clubes internacionais. Ele se transferiu para o Nacional, do Uruguai, onde se tornou tetracampeão uruguaio entre 1969 e 1972 e, em 1971, conquistou a Copa Libertadores da América. Manga também teve uma passagem marcante pelo Internacional, onde se tornou tricampeão brasileiro (1975, 1976 e 1979) e tricampeão gaúcho.&nbsp;
Manga também deixou sua marca em outros clubes do Brasil e do exterior. Ele atuou no Grêmio, onde foi campeão gaúcho em 1979, no Coritiba, com título paranaense em 1978, e no Operário-MS, onde foi campeão mato-grossense em 1977. No exterior, teve passagens pelo Barcelona de Guayaquil, no Equador, onde se sagrou campeão equatoriano em 1981.
Com a seleção brasileira, Manga defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, embora o Brasil tenha sido eliminado precocemente naquela edição do torneio. Sua data de nascimento, 26 de abril, passou a ser comemorada como o "Dia do Goleiro" no Brasil, em homenagem ao ex-atleta que se tornou referência para gerações de goleiros.

Morre o ex-goleiro Manga, ídolo de Botafogo e Internacional

247 - A mulher que acusou o ex-jogador de futebol Daniel Alves de estupro decidiu recorrer após o judiciário espanhol decidir anular o processo contra o ex-atleta, afirmou a advogada da mulher em entrevista à mídia da Espanha na sexta-feira (4).&nbsp;
O recurso será apresentado na segunda-feira (7), segundo ela. Com isso, o caso voltará a tramitar no sistema judiciário.&nbsp;
Alves foi preso após ser acusado de estuprar uma jovem espanhola no banheiro de uma discoteca em Barcelona. O Tribunal Superior da Catalunha anulou a prisão preventiva, afirmando não ter visto provas suficientes. A Promotoria também vai recorrer da decisão.&nbsp;

Leonardo Sobreira

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Mulher que acusa Daniel Alves de estupro recorre após ex-jogador ter prisão anulada

Por Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil - Câmeras da TV Brasil, que realizavam a cobertura da primeira divisão do Campeonato Brasileiro Feminino de futebol, flagraram na última segunda-feira (31) um ataque racista que que faz parte de um contexto de aumento desse tipo de violência no futebol.&nbsp;
O banco de reservas das jogadoras do Sport, que enfrentavam o Internacional em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foi alvo de bananas. Uma das árbitras identificou o ataque e recolheu a fruta e as casas, o que foi filmado ao vivo pela câmera da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Marcelo Carvalho, afirma que o monitoramento realizado por sua equipe aponta que o racismo no futebol está crescendo, apesar da maior conscientização sobre o tema.
O observatório divulga, desde 2014, um relatório com denúncias e detalhamentos de casos de discriminação racial nesse esporte.
Em 2014, ano em que o relatório começou a ser publicado, foram registrados 36 casos de racismo no Brasil e no exterior. Cinco anos depois, em 2019, o número já estava em 159 casos. No ano seguinte, 2020, devido ao início da pandemia, o número de casos caiu para 81, mas voltou a subir para 158, em 2021; para 233, em 2022; e para 250, em 2023 – última edição publicada até o momento.
Para Carvalho, é fundamental que a Justiça tome decisões que deixem os racistas com receio ou medo de praticar esse tipo de crime, seja em estádios ou onde mais for.
“Mas a gente precisa também entender que não vamos acabar com o racismo pensando só em punição. Precisamos pensar cada vez mais em conscientização e em educação”.
“As pessoas precisam entender o que é racismo. Precisam entender que o que muitas vezes chamamos de piada é racismo. Caso contrário, as pessoas continuarão perpetuando esse racismo recreativo na forma de piadas que tanto vemos por aí”, acrescentou ao defender esse tipo de cuidado também nas categorias de base dos clubes.
No caso de racismo no jogo entre Sport e Internacional, o time feminino do clube gaúcho jogará com portões fechados nos próximos três jogos como punição, determinou o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Luís Otávio Veríssimo Teixeira, na tarde seguinte ao jogo, acatando pedido feito pela Procuradoria-Geral da entidade.
O Sport também registrou boletim de ocorrência (BO) na Policia Civil, e o caso também será investigado na esfera criminal, pela Delegacia da Intolerância, em Porto Alegre.
“Nos últimos anos, temos visto uma atuação muito maior dos clubes da CBF no combate ao racismo, mas isso não tem se refletido em punições [contra aqueles que praticaram este crime]. Percebemos que jogadores, clubes, jornalistas e torcedores estão mais conscientes sobre esse problema”, explica o diretor do Observatório, que pondera. “Mas, infelizmente isso não está refletindo nos casos julgados nos tribunais de justiça desportiva. Ao que parece, ali essa conscientização ainda não chegou”, complementou.
Subnotificação - O monitoramento citado por Marcelo Carvalho é feito a partir de denúncias veiculadas pela imprensa. “Recebemos também muitas denúncias por meio de nossas redes sociais e e-mail, mas, até por segurança jurídica, preferimos trabalhar apenas com casos que sejam veiculados na imprensa”, explica o diretor, ao ressaltar que há muitos outros casos que não constam do relatório.
O levantamento mostra que o estado com maior número de incidentes é o Rio Grande do Sul, onde a câmera da TV Brasil fez o flagrante. Foram 89 casos de racismo em estádios gaúchos entre 2014 e 2023, número que corresponde a 24,45% dos 364 incidentes mapeados no período em todo o país.
Em segundo lugar neste ranking está São Paulo, com 57 casos, ou 15,65% do total registrado nos estádios brasileiros. Minas Gerais vem na sequência, com 34 incidentes (9,34%), seguido do Rio de Janeiro, com 25 casos (6,86%), e do Paraná, com 23 casos (6,32%).
As regiões Sul (36%) e Sudeste (32%) respondem por 68% do total de casos de racismo no futebol brasileiro. Já o Nordeste responde por 16%, enquanto a Centro-Oeste e a Norte registraram, respectivamente, 9% e 6% do total de incidentes mencionados desde 2014.
Muitas das denúncias não incluídas no relatório estão relacionadas a campeonatos amadores ou às categorias de base. Pode-se, portanto, concluir que a situação é muito pior do que o apontado pelo levantamento.
“A verdade é que temos uma estrutura extremamente viciada; uma estrutura extremamente racista no futebol, que se dá desde o início de sua prática no Brasil”, observa Carvalho.
“Basta lembrar que o futebol chegou no Brasil como esporte elitista, classista e racista, ainda que, a partir de determinado momento, pela qualidade dos jogadores negros, esse esporte foi se tornando popular, caindo no gosto das pessoas pobres e negras. Mas a verdade é que os primeiros jogadores negros dos clubes eram proibidos de circular a área social, entrando e saindo de seus clubes pelas portas dos fundos”, acrescentou.
Ele lembra que até os dias atuais, com pessoas e instituições cada vez mais cientes da importância de políticas compensatórias como as de cotas, o percentual de treinadores, dirigentes e gestores negros, no futebol, continua quase nulo.
Racismo na Libertadores - A agressão racista em Porto Alegre remete imediatamente a outro caso de repercussão que ocorreu no dia 6 de março, durante uma partida entre as equipes do Palmeiras contra o time Cerro Porteño, no Paraguai, pela Taça Conmebol Libertadores Sub-20.
A exemplo do que acontece em diversas partidas disputadas por times brasileiros nos países vizinhos, um torcedor se direcionava a um jogador brasileiro, fazendo movimentos similares aos de um macaco. No caso, a manifestação racista foi dirigida ao jogador Luighi, do Palmeiras.
Ao final da partida, ao conceder entrevista, o jogador brasileiro, muito emocionado, chorou após o repórter fazer uma pergunta restrita à partida, deixando de lado o ocorrido. “É sério isso?”, disse ele ao ouvir uma pergunta rotineira sobre a partida, deixando de lado a manifestação racista contra ele.
“A Conmebol vai fazer o que sobre isso? O que fizeram comigo foi um crime”, questionou, em meio a lágrimas, o atleta.
A punição contra esse “ato infracional”, segundo a legislação paraguaia, ficou restrita a uma multa no valor de US$ 50 mil. Outra medida punitiva foi a de proibir a presença de torcedores do Cerro Porteño durante os jogos do campeonato. Marcelo Carvalho lamenta a falta de punição aos racistas, até mesmo quando flagrados por câmeras.
“A punição deveria ser uma medida imediata para acabarmos com essa sensação de impunidade que se tem, por nada acontecer contra esses indivíduos racistas”, critica.

Guilherme Levorato

Meia Luighi do Palmeiras em entrevista coletiva após sofrer racismo em campo 

Racismo no futebol cresce, apesar de campanhas, alerta Observatório

247 - Uma semana após ter sido absolvido pela Justiça espanhola, Daniel Alves está autorizado a deixar o território europeu e retornar ao Brasil. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (4), quando o ex-lateral-direito da Seleção Brasileira compareceu à Audiência de Barcelona para reaver seus dois passaportes, brasileiro e espanhol, que estavam retidos pelas autoridades judiciais.
Segundo o <a href="https://www.metropoles.com/esportes/daniel-alves-tem-passaportes-liberados-e-pode-voltar-ao-brasil">Metrópoles</a>, os documentos estavam sob a guarda da Justiça da Espanha ao longo de 2024 devido ao risco de fuga, enquanto o ex-jogador permanecia em liberdade provisória. Durante esse período, ele foi obrigado a comparecer regularmente à Audiência de Barcelona para comprovar que não havia deixado o país.
A liberação definitiva de Daniel Alves foi possível após a decisão proferida em 28 de março pelo Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, que absolveu o atleta de forma unânime da acusação de estupro. Os magistrados responsáveis pelo caso anularam a condenação em primeira instância, apontando a existência de “lacunas, imprecisões, inconsistências e contradições sobre os fatos, a avaliação jurídica e suas consequências”. Durante o processo, Alves apresentou cinco versões diferentes sobre o episódio que motivou a acusação.
Com a nova decisão, todas as medidas cautelares impostas ao ex-jogador foram suspensas. A sentença de absolvição foi assinada pelas magistradas María Àngels Vivas, relatora do caso, Roser Bach e María Jesús Manzano, além do juiz Manuel Álvarez.
Daniel Alves havia sido condenado em fevereiro de 2024 e permaneceu preso por 14 meses no Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona. Ele deixou a unidade no dia 25 de março, após o pagamento de uma fiança fixada em 1 milhão de euros, valor equivalente a aproximadamente R$ 6,6 milhões na cotação atual.

Paulo Emilio

Daniel Alves recupera passaportes e pode retornar ao Brasil

247 - Nesta terça-feira, 1º de abril, data que marca o aniversário do golpe militar de 1964, clubes de futebol se manifestaram contra a Ditadura Militar. Desde o início do dia, equipes da Série A do Campeonato Brasileiro, como Vasco, Botafogo, Bahia, Corinthians, Sport e Internacional, publicaram mensagens nas redes sociais relembrando a data e se posicionando em defesa da democracia.
O primeiro time a se manifestar foi o Vasco da Gama, que publicou uma imagem com a mensagem "Ditadura nunca mais". Na manhã desta terça-feira, o Botafogo seguiu o mesmo caminho e fez um post similar, relembrando a importância da democracia no Brasil. O Bahia, por sua vez, compartilhou um trecho da música "Para não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré, um dos hinos de resistência contra o regime militar.
O trecho compartilhado pelo clube baiano faz alusão à luta pela liberdade e à resistência, com versos como: "Os amores na mente, as flores no chão / A certeza na frente, a história na mão / Caminhando e cantando e seguindo a canção / Aprendendo e ensinando uma nova lição."
O Corinthians também se posicionou, lembrando a Democracia Corinthiana, movimento que, na década de 1980, teve a luta pelo fim da ditadura como uma de suas bandeiras. Em sua postagem, o clube paulista afirmou: "A Democracia Corinthiana é um dos capítulos mais poderosos da nossa história. E é por isso que fazemos questão de lembrar: memória é resistência”. No final do dia, o Internacional também se posicionou, reiterando seu compromisso com a democracia e os direitos humanos.
Nos últimos anos, o número de clubes que se manifestam contra a Ditadura tem diminuído. Em 2021, sete equipes da Primeira Divisão se posicionaram publicamente, enquanto em 2024 o número caiu para quatro.

Clubes brasileiros se manifestam pela democracia no aniversário do golpe: “ditadura nunca mais”

O renomado atleta brasileiro João Carlos de Oliveira, conhecido como João do Pulo, teve seu nome inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A Lei nº 15.115, que oficializa a homenagem, foi sancionada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 31 de março de 2025. ​
Nascido em 28 de maio de 1954, em Pindamonhangaba (SP), João do Pulo destacou-se como um dos maiores nomes do atletismo brasileiro. Aos 19 anos, estabeleceu o recorde mundial júnior de salto triplo no Campeonato Sul-Americano de Atletismo. No Pan-Americano de 1975, na Cidade do México, conquistou medalhas de ouro no salto em distância, com 8,19 metros, e no salto triplo, onde quebrou o recorde mundial ao alcançar 17,89 metros, superando a marca anterior do soviético Viktor Saneyev por 45 centímetros. ​
Sua trajetória olímpica inclui duas medalhas de bronze no salto triplo: a primeira nos Jogos de Montreal, em 1976, e a segunda em Moscou, em 1980. Em Moscou, João enfrentou controvérsias devido à anulação de dois saltos que, segundo especialistas, seriam válidos e poderiam ter estabelecido um novo recorde mundial acima de 18 metros. ​
Em 1981, um acidente automobilístico resultou na amputação de sua perna direita, encerrando prematuramente sua carreira esportiva. Após o incidente, João formou-se em Educação Física e ingressou na política, sendo eleito deputado estadual por São Paulo em 1986 e reeleito posteriormente. Faleceu em 29 de maio de 1999, um dia após completar 45 anos. ​

Luis Mauro Filho

Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília

João do Pulo, lenda do atletismo nacional, é incluído no livro dos heróis e heroínas da pátria

247 - Após ser absolvido pela Justiça espanhola de uma acusação de estupro, o ex-jogador Daniel Alves pretende processar o Pumas, do México, por danos morais e trabalhistas, informa o jornal<a href="https://oglobo.globo.com/esportes/noticia/2025/03/31/daniel-alves-planeja-processar-pumas-do-mexico-por-danos-morais-e-demissao-sem-justa-causa.ghtml"> O Globo</a>. Em sua defesa, Daniel Alves questiona a rescisão unilateral de seu vínculo com o clube mexicano e exige o pagamento de salários que foram suspensos após o rompimento do contrato com o clube.
O ex-lateral &nbsp;exige uma indenização de 2 milhões de dólares, o equivalente a cerca de R$ 11,5 milhões. O Pumas, por sua vez, havia ingressado com um processo no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) no início deste mês, acusando o jogador de violação de contrato. O clube alegou que Daniel Alves infringiu os termos de comportamento previstos no contrato assinado em julho de 2022.
Alves chegou ao Pumas em julho de 2022, após deixar o Barcelona. O time mexicano foi o sétimo da sua carreira e o único onde ele não conquistou títulos. Durante sua passagem pelo clube, disputou 13 jogos, fez quatro assistências, mas não marcou gols. Sua última partida foi em 8 de janeiro de 2023.
Após deixar o Pumas, o jogador foi preso na Espanha em janeiro de 2023, acusado de estupro. Em fevereiro do mesmo ano, foi condenado a quatro anos e meio de prisão. Porém, em março de 2024, Alves pagou uma fiança de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,45 milhões) e foi libertado, aguardando o julgamento. Na semana passada, ele foi absolvido das acusações após a justiça espanhola identificar inconsistências no depoimento da vítima.&nbsp;

Daniel Alves com a camisa do Pumas, do México

Após ser absolvido, Daniel Alves planeja processar clube mexicano por demissão sem justa causa

247 - O Corinthians teve cinco representantes. O Timão só não teve escolhidos na linha de zaga. A lista contou apenas com jogadores dos quatro principais times do estado: Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos.
Atacante do Santos, Neymar foi candidato entre os meio-campistas, mas ficou de fora. Memphis Depay também não esteve na seleção do campeonato - o holandês foi premiado ao receber o troféu de drible mais bonito por um elástico no jogo contra o Palmeiras na primeira fase.
Estrangeiros dividiram o protagonismo com os brasileiros na seleção. A lista dos 11 melhores jogadores somada ao melhor treinador teve cinco estrangeiros.&nbsp;
<h2>Veja a seleção do Paulistão:</h2>
<ul>
 <li>Goleiro: Hugo Souza (Corinthians)&nbsp;</li>
 <li>Zagueiros: Arboleda (São Paulo) e Murilo (Palmeiras)</li>
 <li>Lateral-direito: Matheuzinho (Corinthians) &nbsp;</li>
 <li>Lateral-esquerdo: Escobar (Santos)&nbsp;</li>
 <li>Meio-campistas: Richard Ríos (Palmeiras), Carrillo (Corinthians) e Lucas (São Paulo)&nbsp;</li>
 <li>Atacantes: Estêvão (Palmeiras), Guilherme (Santos) e Yuri Alberto (Corinthians)&nbsp;</li>
 <li>Treinador: Ramón Díaz (Corinthians)</li>
</ul>
<h2>Confira a lista dos maiores campeões do campeonato:</h2>
<ol>
 <li>Corinthians: 31&nbsp;</li>
 <li>Palmeiras: 26&nbsp;</li>
 <li>São Paulo e Santos: 22</li>
 <li>Paulistano: 11&nbsp;</li>
 <li>São Paulo Athletic: 4&nbsp;</li>
 <li>Associação Atlética das Palmeiras e Portuguesa: 3&nbsp;</li>
 <li>&nbsp;Americano: 2&nbsp;</li>
 <li>Germania: 2&nbsp;</li>
 <li>Associação Atlética São Bento: 2</li>
 <li>Ituano: 2</li>
 <li>Internacional: 2&nbsp;</li>
 <li>Albion: 1&nbsp;</li>
 <li>Juventus: 1&nbsp;</li>
 <li>Inter de Limeira: 1</li>
 <li>São Caetano: 1&nbsp;</li>
 <li>Bragantino: 1&nbsp;</li>
</ol>