247 - A administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja propor o reconhecimento da Crimeia como parte da Rússia e o congelamento das linhas de frente. Os termos fariam parte de uma proposta de acordo de paz para encerrar o conflito com a Ucrânia, durante as próximas negociações com representantes ucranianos e europeus em Londres, informou o The Washington Post nesta terça-feira (22).
Durante discussões em Paris, na semana passada, a equipe de Trump sugeriu reconhecer formalmente a Crimeia como território russo e, eventualmente, suspender as sanções contra a Rússia como parte de um acordo futuro — desde que Moscou se comprometa a cessar as hostilidades na Ucrânia, segundo a reportagem.
Na última sexta-feira (18), Trump afirmou que Washington se afastaria caso qualquer uma das partes envolvidas no conflito travasse as negociações de paz. Mais tarde, ele expressou esperança de que Rússia e Ucrânia cheguem a um acordo na próxima semana.
A Crimeia reintegrou-se à Rússia em 2014, após 96,77% de sua população votar a favor da medida em referendo. (Com informações da Sputnik).&nbsp;

Leonardo Sobreira

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Mundo

Trump irá propor reconhecer Crimeia como parte da Rússia e suspender sanções ao país em negociações de paz

247 - O governo russo recebeu positivamente a recente declaração dos Estados Unidos descartando a possibilidade de adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (21) por agências internacionais, com base em reportagem original da Reuters. O posicionamento do presidente dos EUA, Donald Trump foi interpretado pelo Kremlin como um gesto alinhado aos interesses estratégicos da Federação Russa.
"Ouvimos de Washington, em vários níveis, que a adesão da Ucrânia à OTAN está excluída", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante conversa com jornalistas. "Claro, isso é algo que nos deixa satisfeitos e coincide com a nossa posição."&nbsp;
No domingo (20), o general Keith Kellogg, enviado dos Estados Unidos, declarou que a entrada da Ucrânia na aliança militar liderada pelos EUA está “fora de cogitação”, ecoando falas anteriores de Trump, que responsabiliza o apoio ocidental à candidatura ucraniana pela escalada do conflito. Essa avaliação tem sido frequentemente utilizada por Moscou para justificar sua ofensiva militar iniciada em 2022.&nbsp;
Peskov reiterou que a OTAN representa uma ameaça direta aos interesses nacionais russos. “A adesão da Ucrânia à aliança liderada pelos EUA representaria uma ameaça aos interesses nacionais da Federação Russa. E, de fato, esta é uma das causas profundas deste conflito”, disse o porta-voz.
De acordo com a Reuters, o presidente russo Vladimir Putin tem reiterado que o fim da guerra depende de dois fatores: o abandono formal da candidatura ucraniana à OTAN e a retirada total das tropas de Kiev das quatro regiões ucranianas reivindicadas por Moscou — atualmente sob controle majoritário da Rússia.
Neste domingo (20), Trump voltou a se pronunciar, afirmando esperar que Rússia e Ucrânia cheguem a um acordo ainda nesta semana. Questionado sobre essa declaração, Peskov adotou cautela: “Não quero fazer nenhum comentário agora, especialmente sobre o prazo”, respondeu.
Até o momento, Kiev não se pronunciou oficialmente sobre as recentes declarações de Trump e Kellogg.

José Reinaldo

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em Moscou
11/12/2024 

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Kremlin vê com bons olhos declaração dos EUA contrária ao ingresso da Ucrânia na Otan

247 - Em nova declaração publicada em sua rede social Truth, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (21) que espera que um acordo entre a Rússia e a Ucrânia para o fim da guerra seja alcançado já na próxima semana. A informação foi divulgada pela agência de notícias russa TASS.
“Espero que Rússia e Ucrânia fechem um acordo esta semana. Ambas começarão então a fazer grandes negócios com os Estados Unidos da América”, escreveu Trump, demonstrando otimismo sobre uma possível aproximação entre os países envolvidos no conflito iniciado em 2022.
A declaração surge logo após um gesto do presidente russo Vladimir Putin, que anunciou, em 19 de abril, uma trégua temporária por ocasião da Páscoa. A pausa nos combates foi anunciada durante uma reunião com o chefe do Estado-Maior General, Valery Gerasimov, e entrou em vigor às 18h daquele dia (15h no horário de Moscou). Putin solicitou que o governo de Kiev também aderisse à trégua, com o objetivo de permitir um cessar-fogo simbólico e humanitário durante o período religioso.
A trégua teve duração limitada e expirou na noite deste domingo, sem previsão de prorrogação.&nbsp;
O gesto russo e a fala de Trump sugerem uma tentativa de criar condições favoráveis para uma eventual negociação entre Moscou e Kiev, embora não haja, até o momento, confirmação oficial de tratativas diretas em andamento.&nbsp;

Presidente dos EUA, Donald Trump, no Salão Oval da Casa Branca - 17/04/2025 

Trump diz que espera acordo entre Rússia e Ucrânia "já na próxima semana"

247 - O presidente dos EUA, Donald Trump, prepara uma nova rodada de negociações com autoridades russas na tentativa de avançar em sua proposta de cessar-fogo no conflito entre Rússia e Ucrânia. A informação foi revelada pela CNN, que ouviu uma fonte próxima ao processo. Segundo a emissora, o emissário especial da Casa Branca, Steve Witkoff, será novamente enviado a Moscou para tratar com altos funcionários russos, entre eles o próprio presidente Vladimir Putin.
A movimentação diplomática ocorre no momento em que Witkoff já soma três encontros com o líder russo apenas neste ano. A aproximação é parte da estratégia da administração Trump para consolidar sua proposta de paz, que inclui o congelamento da linha de frente atual e, segundo a reportagem, a disposição americana de reconhecer a Crimeia como parte do território russo.
Durante entrevista à Fox News, na última segunda-feira, Witkoff comentou o mais recente encontro com Putin, ocorrido em Moscou, e descreveu a conversa como “convincente”. Segundo ele, o Kremlin “está buscando uma solução duradoura para o conflito na Ucrânia” e há espaço para um avanço significativo. “Moscou e Kiev podem estar à beira de algo que seria muito, muito importante para o mundo em geral”, declarou o enviado especial.&nbsp;
As tratativas em curso incluem ainda, de acordo com informações obtidas pela CNN, o reconhecimento por parte dos EUA das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, além das regiões de Kherson e Zaporozhye, como territórios da Federação Russa — um passo que tem gerado forte oposição em Kiev.
O presidente ucraniano Vladimir Zelensky reagiu com veemência às declarações do emissário americano, acusando Witkoff de “espalhar narrativas russas, consciente ou inconscientemente”. Em pronunciamento na quinta-feira, o líder ucraniano afirmou que a Ucrânia “nunca reconhecerá nenhum território ucraniano temporariamente ocupado como russo”.

Governo Trump planeja nova viagem de representante especial à Rússia

247 - Ucrânia e Estados Unidos firmaram um memorando de intenções visando um acordo sobre minerais estratégicos nesta quinta-feira (17), conforme anunciado por Yulia Svyrydenko, primeira vice-primeira-ministra e ministra da Economia da Ucrânia. O documento estabelece as bases para uma futura parceria econômica e a criação de um fundo de investimento para a reconstrução do país. No entanto, os detalhes específicos do acordo ainda não foram divulgados.​
Apesar do avanço, o Departamento de Estado dos EUA esclareceu que o acordo de minerais não está relacionado às negociações de cessar-fogo na Ucrânia. A porta-voz Tammy Bruce declarou à Fox News: “Isso é algo separado. Não faz parte das conversas de cessar-fogo. Não é um elemento dentro do acordo para parar essa catástrofe”. Ela acrescentou que o presidente Donald Trump “espera que isso seja assinado até o final da próxima semana”.​
O memorando surge após um impasse em fevereiro, quando uma reunião entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy terminou sem a assinatura do acordo, devido a divergências sobre os termos propostos.&nbsp;
Em março, Kiev recebeu uma nova versão do acordo, considerada significativamente mais rigorosa, exigindo o reembolso de mais de US$ 120 bilhões em ajuda e concedendo aos EUA supervisão sobre o fundo de reconstrução, financiado por receitas de licenças e concessões de extração. Desde então, autoridades ucranianas têm afirmado que ainda estão finalizando sua posição sobre o acordo, enquanto Zelenskyy criticou Washington por alterar os termos previamente acordados.​
O primeiro-ministro ucraniano Denys Shmyhal planeja viajar a Washington na próxima semana para concluir as discussões técnicas sobre o acordo. As equipes de negociação esperam finalizar os termos até 26 de abril, com a assinatura ocorrendo em seguida.​
O acordo proposto prevê que os EUA tenham acesso preferencial aos recursos minerais da Ucrânia, incluindo terras raras, petróleo e gás, como forma de reembolso pela ajuda militar fornecida. Além disso, estipula que os lucros provenientes da extração de recursos sejam compartilhados entre os dois países, com os EUA tendo direito a uma parte significativa das receitas.​
Apesar das críticas, Svyrydenko afirmou que o memorando representa um passo positivo na cooperação entre Ucrânia e EUA, ressaltando o desejo compartilhado de apoiar uma Ucrânia livre, soberana e segura. Ela enfatizou que o documento destaca a intenção dos povos americano e ucraniano de investir juntos na reconstrução do país.​
No entanto, o acordo ainda precisa ser ratificado pelos parlamentos de ambos os países, e as negociações continuam em curso. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, especialmente diante das exigências americanas e da ausência de garantias de segurança para a Ucrânia.​

Luis Mauro Filho

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, discursa durante sua primeira coletiva de imprensa no Departamento de Estado em Washington, DC, EUA, em 6 de março de 2025

Governo dos EUA afirma que acordo de minerais com a Ucrânia não tem relação com negociações de paz

247 - Apesar do cessar-fogo anunciado pelo presidente russo Vladimir Putin na véspera da Páscoa, as Forças Armadas da Ucrânia lançaram ataques contra áreas civis na região de Donetsk, neste sábado (20). A informação foi divulgada pela agência estatal russa TASS, que cita fontes dos serviços operacionais da República Popular de Donetsk (DPR).
De acordo com a TASS, pelo menos três explosões foram registradas nas primeiras horas da manhã no bairro de Budennovsky, próximo à Rua Elevatornaya, em Donetsk. “Os detalhes estão sendo verificados”, disse uma fonte das forças operacionais locais, que confirmou a ocorrência do ataque, mas sem relatar vítimas até o momento.
Além de Donetsk, a cidade de Gorlovka também foi alvo. Segundo informações divulgadas pela administração da DPR, quatro projéteis de artilharia foram disparados pelo exército ucraniano contra a cidade, aumentando a tensão em meio à tentativa de estabelecimento de uma trégua religiosa.
Na sexta-feira (19), durante reunião com o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov, o presidente Vladimir Putin anunciou uma trégua de Páscoa válida até as 0h do dia 21 de abril. O líder russo apelou para que Kiev aderisse à medida de contenção. “A trégua deve ser respeitada para garantir que as celebrações religiosas possam ocorrer em paz”, teria dito o presidente russo, conforme relatos da mídia estatal.&nbsp;
Até o momento, o governo ucraniano não se manifestou oficialmente sobre os ataques nem respondeu publicamente à proposta de cessar-fogo. A escalada de violência em pleno período de celebrações religiosas gera preocupação entre autoridades locais e a população civil, que vive sob constante ameaça de bombardeios.
As denúncias sobre o descumprimento da trégua pela Ucrânia podem complicar ainda mais as negociações entre as partes envolvidas no conflito. A situação também atrai a atenção da comunidade internacional, especialmente em um contexto em que potências como os EUA, cujo presidente é Donald Trump, mantêm envolvimento político e militar na região.
Enquanto isso, imagens divulgadas por agências como a própria TASS mostram danos materiais em estruturas civis resultantes dos ataques. Dmitry Yagodkin, fotógrafo da agência, registrou cenas de destruição atribuídas aos projéteis ucranianos, evidenciando os impactos da ofensiva sobre áreas urbanas.
A manutenção ou não da trégua de Páscoa nos próximos dias dependerá da evolução dos acontecimentos e das decisões que forem tomadas por ambos os lados. Moradores das regiões atingidas seguem em alerta, temendo novos bombardeios em meio à incerteza sobre o rumo da guerra.

Ataque ucraniano em Donetsk viola cessar-fogo da Páscoa 

Exército ucraniano ataca Donetsk durante cessar-fogo de Páscoa

247 - Rússia e Ucrânia realizaram neste sábado (19) a maior troca de prisioneiros desde o início da guerra em larga escala, com a libertação de 492 pessoas, informou o Ministério da Defesa russo.
Segundo o comunicado, 246 militares russos foram retornados de território controlado por Kiev, enquanto 246 prisioneiros ucranianos também foram libertados.
O ministério acrescentou que a Rússia entregou 31 prisioneiros feridos à Ucrânia em troca de 15 soldados russos que necessitam de cuidados médicos urgentes.
A troca ocorreu após um processo de negociação mediado pelos Emirados Árabes Unidos, afirmou a pasta da Defesa.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse neste sábado que 277 militares ucranianos retornaram para casa. Ele disse que um total de 4.552 ucranianos, entre militares e civis, foram devolvidos desde a invasão em fevereiro de 2022. (Com agências).

Rússia e Ucrânia realizam maior troca de prisioneiros de guerra desde o início do conflito

247 – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou neste sábado uma trégua de Páscoa, válida a partir das 18h (horário de Moscou – 15h GMT) deste sábado (19) até a meia-noite de domingo para segunda-feira. As informações são da agência Sputnik.&nbsp;
“Guiado por considerações humanitárias, declaro hoje, das 18h até as 00h de domingo para segunda, uma trégua de Páscoa. Ordeno que todas as ações militares sejam interrompidas durante este período”, afirmou Putin durante uma reunião com o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov.
O presidente também destacou que as tropas russas devem estar preparadas para reagir a eventuais violações do cessar-fogo e provocações por parte da Ucrânia.
Putin acrescentou que a Rússia parte do princípio de que o lado ucraniano também seguirá o exemplo e suspenderá as hostilidades durante o período da trégua pascal.

Rússia decreta trégua pascal na guerra da Ucrânia

247 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que Washington vai se afastar caso qualquer uma das partes envolvidas no conflito na Ucrânia dificulte as negociações de paz. A informação é da agência Sputnik.
“Se, por algum motivo, uma das duas partes tornar tudo muito difícil, vamos simplesmente dizer: ‘Vocês são tolos entre os tolos. São pessoas horríveis. E vamos simplesmente ficar de fora’”, disse Trump a jornalistas.
Ainda na sexta-feira, o republicano afirmou que não esperava uma trégua em “um número específico de dias”, mas enfatizou que desejava que o conflito fosse resolvido com agilidade.
As declarações também ocorreram poucas horas após o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmar que o país abandonaria as negociações se elas não avançassem.

Bianca Penteado

Presidente dos EUA, Donald Trump - 09/04/2025


Trump diz que, se qualquer lado do conflito na Ucrânia atrasar negociações de paz, EUA vão "ficar de fora"

247 - O governo dos Estados Unidos está prestes a encerrar sua tentativa de intermediar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, caso não surjam sinais concretos de progresso nos próximos dias. Segundo a Reuters, a informação foi dada nesta sexta-feira (18) pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em declarações feitas após encontros com líderes europeus e ucranianos em Paris.
Rubio foi enfático ao afirmar que o governo liderado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, não pretende prolongar indefinidamente o processo de negociações. “Não vamos continuar com essa empreitada por semanas e meses a fio. Portanto, precisamos determinar muito rapidamente agora, e estou falando de uma questão de dias, se isso será ou não viável nas próximas semanas. Se for, estamos dentro. Se não for, temos outras prioridades para focar também”, disse o chefe da diplomacia norte-americana, em pronunciamento após uma série de reuniões realizadas na capital francesa. 
O alerta de Rubio é interpretado como um sinal de impaciência crescente da Casa Branca diante da estagnação das conversas de paz. Embora Trump tenha reiterado seu interesse em encontrar uma solução para o conflito, o secretário de Estado deixou claro que a paciência do governo está se esgotando. “Trump ainda está interessado em um acordo, mas está disposto a seguir em frente se não houver sinais imediatos de progresso”, declarou Rubio.
Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia em até 24 horas após assumir a presidência. No entanto, ao chegar ao poder, ele passou a adotar uma postura mais realista, prevendo a possibilidade de um acordo até abril ou maio, à medida que se deparava com os entraves geopolíticos da crise.
A fala de Rubio também reflete o ambiente de tensão que ronda outras frentes diplomáticas enfrentadas pelos Estados Unidos. Com um cenário internacional cada vez mais complexo, os esforços do governo americano estão sendo divididos entre diversas regiões de conflito e interesses estratégicos. Nesse contexto, a continuidade das negociações entre Kiev e Moscou pode perder protagonismo na agenda externa da Casa Branca.
A ameaça de abandono por parte dos EUA pode impactar diretamente o já delicado equilíbrio político em torno da guerra na Ucrânia. A presença norte-americana como mediadora tem sido vista por aliados europeus como fator de pressão sobre Moscou e, ao mesmo tempo, um incentivo para que Kiev permaneça aberta a eventuais concessões diplomáticas.
A diplomacia europeia, por sua vez, observa com apreensão a possibilidade de um recuo norte-americano. Fontes próximas aos encontros em Paris afirmaram que líderes da União Europeia tentaram convencer Rubio a manter o compromisso com o processo de paz, mesmo diante da lentidão nas tratativas. Não houve, porém, declarações públicas sobre esses apelos.
Rubio ainda não deu detalhes sobre quais “outras prioridades” os EUA poderiam adotar, caso decidam se afastar do esforço de paz. A declaração, contudo, reforça a visão de que Washington poderá redirecionar sua atenção para outras regiões sensíveis, como o Oriente Médio e o Indo-Pacífico, onde a presença e a influência dos EUA têm sido testadas por novas alianças e disputas estratégicas.
Com a sinalização de uma possível retirada dos EUA das negociações, aumenta a pressão sobre os demais atores internacionais que buscam uma solução para a guerra, que já dura mais de três anos. Sem o envolvimento direto da Casa Branca, observadores temem que as chances de um cessar-fogo se tornem ainda mais remotas.
A movimentação diplomática de Rubio e as declarações feitas em Paris indicam que os próximos dias serão decisivos para definir se ainda há espaço para uma saída negociada ou se o conflito seguirá sem horizonte de encerramento, agora com menor protagonismo norte-americano no tabuleiro.

Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio - 14/03/2025

Marco Rubio ameaça abandonar negociações pelo fim da guerra na Ucrânia

247 - A Ucrânia e os Estados Unidos assinaram um memorando de intenções, que está sendo considerado como o primeiro passo rumo a um acordo mais amplo de cooperação no desenvolvimento de recursos minerais no país. A notícia foi publicada originalmente pela Reuters.
“Estamos felizes em anunciar a assinatura com nossos parceiros americanos”, afirmou Yulia Svyrydenko, primeira vice-primeira-ministra e ministra da Economia da Ucrânia, por meio das redes sociais. Segundo ela, o documento pavimenta o caminho para uma futura parceria econômica e para a criação de um fundo de investimento voltado à reconstrução do país, que sofre com os impactos da guerra contra a Rússia desde a invasão em larga escala iniciada em 2022.
A assinatura do memorando ocorre em meio a uma tentativa de reaproximação entre Kiev e Washington, após um episódio de tensão diplomática no início do ano. Em fevereiro, uma reunião no Salão Oval entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, acabou em uma discussão acalorada, o que adiou a formalização de um acordo que estava prestes a ser concluído.
De acordo com autoridades ucranianas, o novo pacto é parte de um esforço mais amplo para manter o apoio norte-americano frente à guerra. Além disso, o acordo pode representar um avanço significativo na recuperação econômica do país, especialmente por meio da exploração e exportação de minerais considerados estratégicos.
Na Casa Branca, Trump confirmou que espera assinar o acordo completo na próxima semana. “Temos um acordo sobre minerais, que acredito que será assinado na quinta-feira”, disse o presidente a jornalistas. Ele tem defendido publicamente um pacto que conceda aos EUA acesso privilegiado aos recursos naturais ucranianos, como forma de compensação pela ajuda militar enviada durante o governo de seu antecessor, Joe Biden.
Ao lado de Trump no Salão Oval, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, acrescentou: “Ainda estamos trabalhando nos detalhes”, sinalizando que a assinatura oficial pode ocorrer já na próxima sexta-feira.
“É basicamente o que havíamos combinado anteriormente”, afirmou Bessent. “Quando o presidente esteve aqui, tínhamos um memorando de entendimento. Fomos direto para o grande acordo, e acho que é um acordo de 80 páginas, e é isso que assinaremos.”
Apesar da sinalização positiva vinda de Washington, o governo ucraniano não confirmou uma data para a conclusão do pacto. Em Kiev, Zelenskiy declarou que o memorando poderá ser assinado de forma virtual, e que a ratificação do acordo final dependerá da aprovação do parlamento ucraniano. “Este é um memorando de intenções. E temos intenções positivas e construtivas”, declarou o presidente ucraniano.
Yulia Svyrydenko também reforçou que o documento é um passo inicial, mas relevante, para consolidar os avanços recentes nas negociações entre os dois países. “O memorando registra o progresso significativo feito por Kiev e Washington nas conversas em torno do acordo”, disse.
Até o momento, a Casa Branca não divulgou detalhes adicionais sobre o conteúdo e o cronograma do pacto final. A assinatura do memorando, porém, simboliza não apenas um avanço nas negociações bilaterais sobre minerais, mas também um movimento político importante para restaurar a confiança mútua entre os dois governos.
O desfecho das tratativas poderá redefinir os contornos da cooperação econômica entre Estados Unidos e Ucrânia nos próximos anos, sobretudo diante da complexa conjuntura internacional e da necessidade urgente de reconstrução ucraniana.

Ucrânia e EUA avançam em entendimentos para exploração de minerais

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira (17) que não nutre grande admiração pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, embora não o considere responsável pelo conflito em curso entre Ucrânia e Rússia. As informações são da agência Sputnik.&nbsp;
“Não estou culpando ele [Zelensky], mas o que estou dizendo é que eu não diria que ele fez um bom trabalho”, afirmou Trump a jornalistas.&nbsp;
<blockquote>Em seguida, Trump reforçou sua posição: “Não sou um grande fã. Sério. Não sou um grande fã”.</blockquote>
Trump também anunciou que um acordo com a Ucrânia na área de minerais críticos será assinado na próxima quinta-feira (24). O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, confirmou a informação, de acordo com a agência.&nbsp;
Segundo Trump, um cessar-fogo na Ucrânia está se tornando cada vez mais próximo e sua administração divulgará atualizações sobre os avanços “muito em breve”.
“Acho que estamos chegando perto, mas vamos informá-los muito em breve”, declarou Trump, ao comentar o progresso das negociações para encerrar o conflito.
<h3>Não é a primeira vez...</h3>
Trump ficou irritado com a União Europeia por ter estendido o tapete vermelho a Zelensky após os dois terem um desentendimento recente no Salão Oval da Casa Branca, em Washington D.C., capital dos EUA, informou o Politico na quarta-feira (16).&nbsp;
Segundo os relatos, Trump ficou incomodado ao ver autoridades da UE abraçando Zelensky em Londres, Reino Unido, onde ele desembarcou logo após deixar Washington. Um funcionário britânico não identificado disse que a equipe de Trump não gostou da "forma como toda aquela demonstração de afeto foi recebida".&nbsp;
Zelensky irritou ainda mais Trump ao conceder uma entrevista de 72 minutos a jornalistas no aeroporto de Londres, pouco antes de deixar o Reino Unido.
O encontro entre Trump e Zelensky, em 28 de fevereiro, escalou para um confronto verbal. Autoridades norte-americanas acusaram Zelensky de desrespeito e falta de gratidão pelo apoio dos EUA. Trump se recusou a prosseguir com a assinatura do importante acordo de terras raras na ocasião, e a delegação ucraniana foi convidada a se retirar.

Tag: ucrania