'O Planalto decidia sobre vida e morte de cidadãos', diz historiador
Para o professor do curso de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas e pesquisador irrequieto, Matias Spektor, responsável por encontrar um documento da Agência Central de Inteligência (CIA) revelando que o presidente do período da ditadura militar Ernesto Geisel autorizava de seu gabinete no Palácio do Planalto a tortura e execução de opositores do regime, afirma que o material atesta à política de execuções sumárias de gente presa sob o resguardo do estado brasileiro, gente desarmada" e que o "Planalto decidia sobre vida e morte de cidadãos"

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247 - Para o professor do curso de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas e pesquisador irrequieto, Matias Spektor, responsável por encontrar um documento da Agência Central de Inteligência (CIA) revelando que o presidente do período da ditadura militar Ernesto Geisel autorizava de seu gabinete no Palácio do Planalto a tortura e execução de opositores do regime, afirma que o material implica "três presidentes da ditadura militar na política não só de repressão à guerrilha no Araguaia, ou a guerrilha urbana, mas também à política de execuções sumárias de gente presa sob o resguardo do estado brasileiro, gente desarmada".
Para Spektor, Geisel era "um presidente que não tem votos, ele não tem a legitimidade dos votos, ele depende do apoio da caserna para governar. Mas se ele continua reprimindo no mesmo nível (de seu antecessor), ele não consegue fazer a abertura. Então, o que o Geisel faz, é chamar para si a responsabilidade (da repressão), para poder abrir - mesmo que essa abertura seja de cunho repressor. O Figueiredo (general João Batista Figueiredo, que depois assumiu o poder), no documento, aparece como o implementador dessa política", disse o historiador ao jornal O Globo.
Leia a íntegra da entrevista.
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