Esther Solano: Bolsonaro é fruto da crise da representação política

A professora da Unifesp Esther Solano realizou uma pesquisa com eleitores de Jair Bolsonaro, constatando que a ascensão da extrema-direita no Brasil é fruto da frustração da sociedade com o sistema político vigente; "A saída precisa ser uma brutal renovação do sistema, com uma reforma política intensa", aponta; assista a íntegra da entrevista  

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TV 247 - A Cientista social e professora da Unifesp Esther Solano concedeu entrevista à TV 247 relatando a pesquisa, de sua autoria, onde analisou seguidores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que encontra-se com 17% da intenções de voto. Ela afirma que a ascensão da extrema-direita no País é fruto da frustração da sociedade com o sistema político vigente. "Há uma crise no modelo de representação", ressalta,.   

Questionada sobre os motivos do voto no candidato de extrema-direita, a professora reproduz as falas de suas fontes de pesquisa. "A Maria é uma cabeleireira da zona leste e diz optar por Bolsonaro, pois é uma forma de desabafo, por não se sentir mais representada pela classe política, já um outro entrevistado disse que é uma forma de dar o foda-se no sistema político", relata Esther.  

Classe C aderiu ao discurso da classe média 

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Esther Solano afirma que a Classe C, que ascendeu o seu consumo durante os governos Lula, comprou o discurso ideológico da classe média, reproduzindo, por exemplo, a fala do combate à corrupção. "Então essas pessoas se enquadram como as novas consumidoras, de fato foram muito favorecidas pelas políticas Lulistas, mas rejeitam o legado petista e apegam-se a um discurso meritocrático", analisa. 

Ela explica o motivo de Bolsonaro ter ganho o apoio de outra parcela importante da sociedade: "Grande parte do apoio que ele tem dos adolescentes deve-se a internet e a simpatia dos familiares ao candidato de extrema-direita. O Facebook bombardeia esses jovens com mensagens alegres, em forma de piada, isso é sedutor". 

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Bolsonaro: Linguagem popular

Dando sequência a sua analise, a professora expõe que a linguagem que Bolsonaro usa é algo crucial em sua popularidade. "É uma direita populista, mas que conversa no tom que a população entende, e, muitas vezes, a esquerda fica restrita ao discurso do mundo acadêmico", compara. 

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Ela afirma que a ascensão da extrema-direita no País é fruto da frustração da sociedade com o sistema político. "A saída precisa ser uma brutal renovação do sistema, com uma reforma política intensa", aponta Esther Solano. 

Inscreva-se na TV 247 e confira a entrevista com Esther Solano 

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