General Heleno: direitos humanos apenas para quem se comportar bem
O virtual ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, general Augusto Heleno, caiu em um dos mais batidos clichês semânticos da cena proverbial; para relativizar o conceito de 'direitos humanos' ele diz que "direitos humanos" são para "humanos direitos", requentando um discurso dos tempos da ditadura militar; a afirmação é uma verdadeira afronta à Declaração Universal dos Direitos do Homem e caracteriza apologia à violação dos direitos humanos (uma vez que segrega e seleciona quem terá o direito de ser respeitado como 'humano')

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247 - O virtual ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, general Augusto Heleno, caiu em um dos mais batidos clichês semânticos da cena proverbial. Para relativizar o conceito de 'direitos humanos' ele diz que "direitos humanos" são para "humanos direitos", requentando um discurso dos tempos da ditadura militar. A afirmação é uma verdadeira afronta à Declaração Universal dos Direitos do Homem e caracteriza apologia à violação dos direitos humanos (uma vez que segrega e seleciona quem terá o direito de ser respeitado como 'humano').
Heleno afirma, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, que "o país está deixando a desejar no combate à criminalidade e que há certa inversão na discussão sobre direitos humanos hoje no Brasil".
Ele ainda diz que o "assunto dos direitos humanos é de 'alta relevância' e (...) que a necessidade de existir um ministério é discutível.
Palavras de Heleno: "se mudar a estrutura, não vai mudar sua importância".
Sobre a ameaça de o país se tornar um centro exportador de drogas ilícitas o general disse que "não podemos aceitar que caminhemos pouco a pouco para virar um 'narcopaís'. O número de homicídios que temos no Brasil, o maior consumidor de crack do mundo, o segundo de cocaína, o maior local de passagem de droga do mundo. É uma série de títulos que não orgulham um povo. É um absurdo tratar isso como situação normal. É situação de exceção que merece tratamento de exceção".
A reportagem destaca a percepção do general sobre o quadro social atual do país: "Heleno afirmou que o Brasil vive hoje uma crise moral, ética, econômica e social e está na beira do abismo, com a economia caótica, e que, para sair da situação, é preciso que os governantes também deem bons exemplos. 'O governo tem que se pautar em três pilares: honestidade, transparência e austeridade. E esses precisam se apoiar no exemplo'."
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