Altman: situação de Lula na prisão pode piorar
Em sua análise política semanal à TV 247, o jornalista Breno Altman afirma que cada dia é mais explícita as articulações políticas para manter Lula preso e ressalta que a nomeação do juiz Sérgio Moro para ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro "é o batom na cueca que faltava"; no entanto, ele enfatiza que a luta pela liberdade do ex-presidente irá se intensificar; "a repercussão mundial em sua defesa irá crescer muito, até a mídia conservadora internacional interpreta o postura de Moro como uma aberração ", considera; assista

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TV 247 - Em sua análise política semanal à TV 247, o jornalista Breno Altman afirma que cada dia é mais explícita as articulações políticas para manter Lula preso e ressalta que a nomeação do juiz Sérgio Moro para ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro "é o batom na cueca que faltava"; No entanto, ele enfatiza que a luta pela liberdade do ex-presidente irá se intensificar; "a repercussão mundial em sua defesa irá crescer muito, até a mídia conservadora internacional interpreta o postura de Moro como uma aberração ", considera.
Altman afirma que o presidente recém-eleito pretende destruir a esquerda, mas projeta que o seu pacote ultraliberal irá causar uma contraofensiva popular. "Na Argentina, o presidente Mauricio Macri tentou aprovar medidas semelhantes à de Bolsonaro e hoje o País está em pé de guerra. Há resistência", compara.
O jornalista explica que o futuro governo irá aumentar a repressão social através da alteração da Lei Antiterrorista, que poderá enquadrar os movimentos sociais como "organizações criminosas". "Isso irá permitir que Bolsonaro ataque o MTST E MST. Ele já decidiu quem são seus inimigos primários", alerta.
Para ele, a partir de primeiro de janeiro de 2018, o Brasil terá um governo autoritário e que poderá transitar no futuro para uma ditadura aberta."Num primeiro momento, Bolsonaro terá controle do Congresso Nacional, pois há uma maioria conservadora na Casa, ele terá muita força institucional".
Na última semana, Bolsonaro declarou que irá transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv, em Israel, para Jerusalém, sinalizou que irá cortar relações com Cuba e China, além de apontar que as relações com o Mercosul estarão sem segundo plano.
Altman salienta que tais fatores evidenciam que recém-eleito presidente arrota nacionalismo, mas não passa de um "pião dos EUA". "Ele nada mais é que um representante da Casa Branca na América Latina, que ajuda a combater os governos que não rezam a cartilha estadunidense", observa.
Ele compara o recém-eleito presidente com Augusto Pinochet, ditador que governou o Chile entre 1973 a 1990. "Bolsonaro assemelha-se a um Pinochet institucional, apegando-se ao autoritarismo, redução do Estado e alinhamento com os EUA para governar".
Altman ressalta que outro objetivo fundamental de Bolsonaro é ver Lula apodrecer na cadeia. "Não é por ódio, é um cálculo político, o ex-presidente solto seria um fator desestabilização de seu governo, apontando seu caráter ultraliberal e nefasto. Seria a mesma coisa de libertarem Mandela durante o Apartheid", compara.
O jornalista conclui dizendo que a nomeação do juiz Sérgio Moro para ministro da Justiça "é batom na cueca", tornando explicito seu viés político ao perseguir Lula. "A repercussão mundial em defesa da liberdade do ex-presidente irá crescer muito, até a mídia conservadora internacional interpreta o posicionamento de Moro como uma aberração".
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