Movimentos temem que até 'like' baste para virarem terroristas no governo Bolsonaro
Com a posse de Bolsonaro se aproximando, movimentos sociais discutem como reagir à tentativa de colocá-los na ilegalidade. Alguns já identificam uma escalada de violência e ativismo judicial — que, segundo eles, vem sendo legitimada pela vitória de um extremista que fará o possível para retratá-los como um Estado Islâmico à brasileira. O fato concreto mais evidente é um projeto de lei que tramita no Senado para "disciplinar com mais precisão condutas consideradas como atos de terrorismo". Líderes dos movimentos afirmam que se a lei passar, um mero 'like' numa foto de protesto poderá caracterizar crime

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247 - Com a posse de Bolsonaro se aproximando, movimentos sociais discutem como reagir à tentativa de colocá-los na ilegalidade. Alguns já identificam uma escalada de violência e ativismo judicial — que, segundo eles, vem sendo legitimada pela vitória de um extremista que fará o possível para retratá-los como um Estado Islâmico à brasileira. O fato concreto mais evidente é um projeto de lei que tramita no Senado para "disciplinar com mais precisão condutas consideradas como atos de terrorismo". Líderes dos movimentos afirmam que se a lei passar, um mero 'like' numa foto de protesto poderá caracterizar crime.
Sobre o projeto de lei, a reportagem do jornal Folha de S. Paulo informa que "trata-se de um texto proposto por Lasier Martins (PSD-RS), sob relatoria de Magno Malta (PR-ES), que se dispõe a alterar uma legislação contra práticas terroristas aprovada pela petista Dilma Rousseff em 2016, a meses da Olimpíada do Rio."
Segundo o jornal, "a ideia do projeto é reinserir um trecho, vetado pela então presidente, que criminaliza quem 'incendiar, depredar, saquear, destruir ou explodir meios de transporte ou qualquer bem público ou privado'. Outra mudança proposta: considerar criminoso quem 'louvar outra pessoa, grupo, organização ou associação pelos crimes de terrorismo'."
A matéria ainda destaca que "líderes de movimentos dizem à Folha que até uma prática banal no Facebook, incluir na foto do perfil uma moldura em apoio a uma causa, poderia ser interpretada como 'louvação' a grupos agora encarados como terroristas. Selfie com o boné do MST ou dar like numa foto de protesto? Melhor não, se a lei passar."
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