Zé de Abreu fala à nação: Bolsonaro não tem legitimidade alguma

Com uma dose de piada e protesto, o ator José de Abreu se autoproclamou presidente da República, em um gesto de ironia a Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente da Venezuela, sem ter disputado qualquer pleito eleitoral; "Acabei de me proclamar presidente do Brasil. Quem me apoia?", indagou; em uma divertida e também séria entrevista concedida à TV 247, o ator fez seu primeiro "pronunciamento à nação" e enfatizou que "Bolsonaro não tem legitimidade"; assista

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247 - Com uma dose de piada e protesto, o ator José de Abreu se autoproclamou presidente da República, em um gesto de ironia a Juan Guaidó, líder da oposição ao governo Maduro que se autoproclamou presidente da Venezuela, sem ter disputado qualquer pleito eleitoral. "Acabei de me proclamar presidente do Brasil. Quem me apoia?", propôs Abreu em sua movimentada conta no Twitter. Em entrevista concedida à TV 247, o ator faz seu primeiro "pronunciamento à nação" e fala sobre o Brasil, carreira e ressalta que "Bolsonaro não tem legitimidade alguma". 

Encarnando o personagem de presidente da República, Abreu diz que está muito "feliz com o reconhecimento do povo brasileiro" e que sua autoproclamação "criou um sopro de alegria" em "meio à tristeza que a eleição desse monstro gerou". "Não duvido que tenham máscaras com o meu rosto no carnaval", brinca.

Um time de peso

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O autoproclamado presidente está investindo pesado em seu time e destaca que a deputada federal Maria do Rosário será sua vice. "É um nome óbvio, afinal, ela foi a maior vítima da misoginia desse usurpador de poder", afirma. 

O novo "representante da República" promete um ministério de ilustres. Nomes como do ex-presidente Lula, Guilherme Boulos, Fernando Haddad, Jean Wyllys, Benedita da Silva e Jandira Feghali estão cotados para assumir cargos nevrálgicos em seu governo. "São pessoas que já demonstraram, durante toda vida, um amor imenso pelo Brasil", defende.

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Abreu ressalta que 50% dos cargos serão destinados às mulheres, e que também indicará pastas para negros e indígenas.

"Lula ganharia no primeiro turno"

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O ator se distância do personagem de presidente quando o assunto são as arbitrariedades cometidas no último pleito eleitoral e salienta que "o governo não possui legitimidade alguma".

"Lula ganharia no primeiro turno, mas Sérgio Moro impediu sua candidatura para que Bolsonaro vencesse a disputa. Isso tudo com a promessa de um ministério [da Justiça] e uma vaga no STF", revela.

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Ele também classifica como "desonesta" a prática de fake news, usada pela campanha de Bolsonaro, que divulgou no aplicativo de mensagens WhatsApp "mamadeiras de pirocas" e "Kits Gay" para derrubar a candidatura de Fernando Haddad. 

Governo Bolsonaro

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Em suas viagens ao exterior, Abreu relata que as pessoas estão "espantadas" pelo fato de Bolsonaro ter conseguido ser eleito presidente. "Até Marine Le Pen [líder política da extrema-direita francesa] declarou que ele é 'disgusting' [repugnante]", expõe. 

O ator segue suas críticas ao governo e diz que os ministérios são ocupados por "um bando de malucos". Ele também acredita que Bolsonaro não dará conta de presidir o País nos próximos quatro anos. "Para ser presidente, precisa trabalhar muito, e ele é vagabundo, não vai segurar a onda", afirma. 

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O ator analisa que muitos eleitores votaram em Bolsonaro, com a esperança de um Brasil melhor, mas foram enganados. "O importante é perceber o que esse governo representa. Antes tarde do que nunca", diz ele.

Lula livre

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Questionado sobre a atual situação de Lula, que encontra-se preso político desde o dia 7 de abril de 2018, num processo sem provas e baseado em delações, Abreu destaca que "o ex-presidente não quer ser indultado pois não se considera um criminoso". "Ele deveria sim ser julgado de forma honesta, por uma justiça honesta", acrescenta. 

Um recado de esperança

Apesar do momento obscurantista que o Brasil enfrenta, Abreu afirma que o "progresso é inexorável". "É impossível que o Brasil não se enxergue mais, mas acredito que seja uma cegueira momentânea, de um surto de mediocridade que invadiu o Brasil", conclui.

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