Bolsonaro volta a ameaçar economia brasileira e agora ataca o BNDES
Depois de colocar em risco o comércio exterior brasileiro, ao atacar a China, os países árabes e o Mercosul, Jair Bolsonaro volta a ameaçar a economia nacional: apontou suas baterias na manhã desta quinta no tweet contra o BNDES, um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo e, hoje, o principal instrumento do governo federal para o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira; sua equipe estuda acabar com o banco, fundado em 1952

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247 - Depois de colocar em risco o comércio exterior brasileiro, ao atacar a China, os países árabes e o Mercosul, Jair Bolsonaro volta a ameaçar a economia nacional: apontou suas baterias na manhã desta quinta contra o BNDES, um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo e, hoje, o principal instrumento do governo federal para o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira. Num tweet, afirmou que pretende "abrir a caixa preta do BNDES". Sua equipe está estudando acabar com o banco, fundado em 1952.
Firmo o compromisso de iniciar o meu mandato determinado a abrir a caixa preta do BNDES e revelar ao povo brasileiro o que feito com seu dinheiro nos últimos anos. Acredito que este é um anseio de todos. Um forte abraço!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 8 de novembro de 2018
Os ataques ao BNDES começaram logo depois do golpe de 2016, e o governo Temer tem esvaziado o banco ao longo dos últimos dois anos. Até o final de 2018, o projeto do governo oriundo do golpe é arrancar R$ 310 bilhões dos cofres do BNDES e entregá-los ao Tesouro Nacional. O valor representa mais da metade do estoque de créditos do governo federal na instituição em 2016, quando Dilma foi derrubada. Além disso, em 2017, o governo deixou de usar a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) como referência para empréstimos da instituição às empresas. A taxa, bem abaixo das praticadas pelo mercado financeiro, era uma poderosa ferramente de financiamento do desenvolvimento do país. Para efeito de comparação, na data em que foi aprovada a mudança, a TJLP se encontrava em 7%, ou seja, menor que a Selic que era de 9,25% à época.
Ao final do governo Lula, em 2010, o banco havia triplicado de tamanho em relação a seu tamanho no governo FHC e tornou-se uma referência mundial como banco de fomento e desenvolvimento para países ao redor do mundo. Em pouco mais de 10 anos, o banco havia concedido créditos superiores a R$ 500 bilhões para financiar a infraestrutura do país.
Agora, a equipe de Bolsonaro pretende radicalizar a ofensiva de Temer; grupo sob comando de Paulo Guedes estuda a extinção do BNDES (aqui).
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