Guerra interna produz strike no comando do BB

Banco do Brasil, comandado por Aldemir Bendine (foto), aposenta alguns de seus executivos mais importantes e troca 13 diretores; com a mudana, grupo liderado pelo vice-presidente Ricardo Oliveira ganha fora e elimina focos de resistncia

Guerra interna produz strike no comando do BB
Guerra interna produz strike no comando do BB (Foto: Agência Brasil)


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247 – O Banco do Brasil promoveu um strike inédito em sua diretoria. Foi uma mudança agressiva que derrubou vários diretores. Caíram, nessa mexida, algumas das mais importantes lideranças da instituição, como o diretor de marketing, Armando Medeiros, o diretor da controladoria, Renato Donatello Ribeiro, e o diretor de gestão de riscos, Paulo Roberto Evangelista de Lima. Medeiros, que era querido em Brasília, administrava um orçamento de R$ 240 milhões. Donatello, entre outras atribuições, validava o balanço do banco. Evangelista avaliava todos os negócios da instituição.

Este movimento ousado, que não foi discutido com a presidente Dilma Rousseff, é reflexo da intensa guerra interna que havia na instituição. De um lado, a trinca formada pelo presidente Aldemir Bendine e dois vice-presidentes: Paulo Rogério Caffarelli e Ricardo Oliveira. De outro, o grupo que tentava resistir. Ricardo Oliveira, próximo ao ministro Gilberto Carvalho, tem sido o grande artífice das mudanças na maior instituição financeira do País. Ele, por exemplo, esteve envolvido no afastamento do vice-presidente Alan Toledo, há um mês, noticiado em primeira mão pelo Brasil 247 (leia mais aqui).

Todos os presidentes que foram afastados no movimento desta sexta-feira, de um modo ou de outro, demonstravam insatisfação com os atuais rumos do BB. Ao promover o strike, a direção do banco tentou garantir o domínio sobre uma das máquinas mais poderosas da economia brasileira. Leia, abaixo, o noticiário fornecido pela Agência Estado, que reproduz nota oficial do BB, falando em rodízio, e não revela os bastidores das mudanças, que prometem novos desdobramentos nos próximos dias:

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BRASÍLIA – O Banco do Brasil (BB) decidiu fazer uma troca de cadeiras em treze diretoriais da instituição. O banco aproveitou que precisava preencher uma das diretorias que estava vaga e quatro outras por motivos de aposentadoria para fazer um rodízio entre os outros diretores.

O banco diz que a troca dos diretores faz parte de “uma formação multidisciplinar” que busca preparar os executivos para assumir cargos de vice-presidentes.

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Houve alteração nas diretorias de micro e pequenas empresas (assumindo Adilson do Nascimento Anísio), reestruturação de ativos (Adriano Meira Ricci), comercial (Antonio Maurício Maurano), gestão de pessoas (Carlos Alberto de Araújo Netto), agronegócios (Clênio Sevério Teribele), marketing e comunicação (Hayton Jurema da Rocha), gestão de riscos (Ives Cezar Fulber), finanças (José Maurício Pereira Coelho), crédito (Márcio Hamilton Ferreira), mercado de capitais (Osvaldo Cervi), controladoria (Sandro Kohler Marcondes) e distribuição São Paulo (Walter Malieni Junior), além da unidade private banking (Rogério Fernando Lot).

 

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