Sem rumo na economia, Brasil corre risco de entrar em recessão técnica

Com a economia patinando e sem que o governo Jair Bolsonaro consiga apresentar uma política econômica que retome o crescimento, o Brasil corre o risco de entrar em uma recessão técnica; no último trimestre de 2018, a revisão do PIB pelo IBGE apontou para um crescimento pífio da economia, de apenas 0,1%, e, caso revisados para baixo, podem colocar em uma situação que não ocorre desde 2016

Sem rumo na economia, Brasil corre risco de entrar em recessão técnica
Sem rumo na economia, Brasil corre risco de entrar em recessão técnica (Foto: Reuters | PR )


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247 - Com a economia patinando e sem que o governo Jair Bolsonaro consiga apresentar uma política econômica que retome o crescimento, o Brasil corre o risco de entrar em uma recessão técnica, caso a revisão trimestral do Produto Interno Bruto (PIB) aponte para uma segunda queda consecutiva. No último trimestre de 2018, a revisão do PIB pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou para um crescimento pífio da economia, de apenas 0,1%, e, caso revisados para baixo, podem colocar o país no quadro de recessão técnica, algo que não ocorre desde 2016, quando aconteceu o golpe contra a presidente Dilma Rousseff.

Segundo reportagem do jornal O Globo, consultorias especializadas já avaliam que o crescimento da economia não se dará como o esperado. De acordo com o boletim Focus do Banco Central, as instituições financeiras reduziram de 1,7% para 1,49%, a expectativa para o crescimento do PIB em apenas uma semana.

Para a MB associados, o PIB deverá cair 0,1% no primeiro trimestre deste ano, contrariando o otimismo de projeções anteriores. "O quadro é de estagnação, mas pode haver uma surpresa com dois trimestres de queda. Configura uma recessão do Bolsonaro, já que ele estava eleito no fim do ano. Não dá para descartar completamente essa possibilidade", disse o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale. A consultoria também reduziu sua projeção para o desempenho anual do PIB, que encolheu de 1,5% para 1,4%.

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Para o diretor de pesquisa para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, se o atual ritmo persistir o Brasil corre o risco de ter duas décadas perdidas em 40 anos. "É realidade marcante e desconfortável que o crescimento da renda real per capita desapontou durante as últimas quatro décadas (ou por duas gerações agora). De fato, em duas das quatro décadas mais recentes, o Brasil provavelmente verá um declínio do crescimento do PIB real per capita: os anos 80 e provavelmente os de 2010. Ou seja, em 40 anos o Brasil terá testemunhado duas décadas perdidas", diz o relatório de uma análise feita por Ramos.

 

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