Governo atribui a Dantas reação à MP dos Portos

Segundo o Palácio do Planalto, o empresário baiano, que controla a Santos Brasil, concessionária do maior porto brasileiro, estaria articulando a reação da Força Sindical, do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP), ao projeto que abre o setor portuário a novos projetos privados; guerra envolve interesses bilionários, de grupos como Odebrecht e EBX, de Eike Batista; em carta ao 247, assessoria do empresário informa que ele jamais manteve qualquer contato com a Força Sindical

Governo atribui a Dantas reação à MP dos Portos
Governo atribui a Dantas reação à MP dos Portos (Foto: )


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247 - Uma guerra que envolve interesses bilionários está prestes a ser deflagrada. Com a Medida Provisória 595, o governo federal abre o setor portuário a investidores privados. No entanto, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP) lidera um movimento para que ela seja vetada, alegando que a presidente Dilma Rousseff estaria entregando o setor portuário a grandes interesses privados.

Na coluna Panorama Político, do Globo, que é a que tem maior acesso ao Palácio do Planalto, há uma informação relevante. Na nota de abertura, assinada pela jornalista Simone Iglesias, que substitui Ilimar Franco, em férias, informa-se que o governo teria enxergado as digitais do polêmico empresário Daniel Dantas, do Opportunity, na reação que vem sendo organizada pela Força Sindical à MP. "Os trabalhadores não vão aceitar as propostas e a partir do carnaval a ideia é termos um processo de manifestações e paralisações que podem ser curtas ou longas", disse Paulinho. "A Dilma está entregando os portos brasileiros para as grandes empresas. Em nenhum lugar do planeta é assim"

Dantas é um dos controladores da Santos Brasil, que administra o terminal de contêineres de Santos, o maior do Brasil. Trata-se de uma concessão, adquirida no processo de privatização, e seus interesses são antagônicos aos de grandes grupos privados, como Odebrecht e EBX, de Eike Batista, que pretendem operar portos públicos em São Paulo e no Rio de Janeiro, sem ter adquirido concessões.

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Pela lei atual, terminais privados, como os da Odebrecht e de Eike, só poderiam operar carga própria – e não de terceiros (o que seria privilégio dos terminais públicos, concedidos à iniciativa privada). Depois da MP, não haveria mais distinção, o que tem o apoio da senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura. Ela diz que o novo modelo proposto na MP dos Portos representa um avanço, pois elimina a distinção entre movimentação de carga própria e carga de terceiros como elemento essencial à exploração das instalações portuárias autorizadas.

Em carta ao 247, a assessoria do grupo Opportunity informa que Dantas jamais manteve qualquer contato com a Força Sindical.

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Leia, abaixo, a nota do Panorama Político:

Operação Daniel Dantas

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          O Planalto detectou as digitais de Daniel Dantas na reação contra a MP dos Portos. Controlador do Porto de Santos, Dantas teria articulado apoio da Força Sindical para alterar o projeto que quebra o monopólio dos concessionários de portos, abrindo o mercado. A medida atinge em cheio o empresário, assim como os trabalhadores de praticagem, ligados à central.

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