Capa de Veja aponta indústria das delações milionárias
Reportagem que mostra vida luxuosa dos advogados que defendem investigados na Lava Jato causou repercussão negativa na classe, que passou a questionar o conteúdo da revista; o criminalista Adriano Bretas, que defende Antonio Palocci e sai na capa da publicação fumando um charuto, entrou para o time dos críticos se dizendo enganado sobre a pauta; ele também disse que as fotos foram feitas após o fim do expediente, em um momento de descontração

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247 - A revista Veja traz na capa de sua última edição uma reportagem que mostra a vida luxuosa dos advogados que defendem investigados na Lava Jato.
Na foto da capa, o criminalista Adriano Bretas, que defende Antonio Palocci, fuma um charuto e diz: "desfruto de um padrão de vida que jamais sonhei ter".
A reportagem causou grande repercussão negativa na classe, que passou a questionar o conteúdo da revista, segundo reportagem publicada no site jurídico Conjur.
Até Bretas entrou para o time dos críticos, se dizendo enganado sobre a pauta. Segundo ele, quando a revista lhe informou sobre a reportagem, o tema que seria abordado era "diametralmente oposto" ao que foi publicado.
As fotos que o mostram fumando charuto, segundo ele, foram feitas após o fim do expediente, em um momento de descontração. "Entre outras incongruências contidas na matéria, meu escritório não é 'gigante', não sou rico, nem filho único", diz Bretas.
Leia abaixo:
Reportagem de Veja que retrata advogados como magnatas revolta a classe
A capa da última edição da revista Veja estampa um retrato do criminalista Adriano Bretas com um charuto e um sorriso. A chamada fala nos “novos ricos” da “lava jato”. Seriam os advogados que enriqueceram trabalhando na defesa de clientes envolvidos na operação. Porém, logo que a publicação saiu, alguns advogados passaram a contestar o conteúdo. Agora, Bretas se junta ao time dos críticos.
Bretas afirma que as fotos tiradas com o charuto foram no final do expediente, em um momento de descontração e que ficou fora de contexto.O advogado do ex-ministro Antonio Pallocci afirma, por meio de nota, que, quando a revista lhe informou sobre a reportagem, o tema que seria abordado era “diametralmente oposto” ao que foi publicado. Bretas reclama de que a reportagem dá a falsa ideia de que ele e seus colegas têm uma vida fácil e luxuosa e que enriqueceram com o dinheiro do crime.
Dentro da revista, uma foto mostra Bretas saboreando um charuto cubano de R$ 350 (a unidade). O advogado afirma que as fotos fumando foram feitas após o fim do expediente, em um momento de descontração. “Esclareço, finalmente, que, entre outras incongruências contidas na matéria, meu escritório não é 'gigante', não sou rico, nem filho único”, diz Bretas.
Outro retratado na reportagem é Antonio Carlos Kakay, descrito como xeique dos advogados, por sua suposta vida de luxos. Ele foi colocado no grupo denominado pela revista como “realeza”, formado por advogados que cobram R$ 10 milhões por causa.
Kakay também se manifestou por nota. Afirma que, do jeito como foi escrita, a reportagem reforça preconceitos contra os advogados. “O advogado, especialmente o criminal, sabe que é um dever não expor o cliente. Vejo, perplexo, que a matéria é exatamente sobre valores de honorários com números que parecem ter saído da cartola de um mágico ou de um ilusionista”, afirmou.
Alberto Zacharias Toron e Claudo Mariz também foram incluídos no grupo dos R$ 10 milhões. Ambos afirmam que esse dado não é verdadeiro e que não foram procurados pelos jornalistas, além de criticarem a revista.
Clique aqui para ler a nota de Bretas.
Clique aqui para ler a nota de Kakay.
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