Celso Amorim: mídia brasileira naturaliza o fascismo
"Eu vejo aqui os jornais brasileiros, nem preciso mencionar quais, porque os nossos leitores conhecem. Mas eles tratam a disputa entre dois candidatos, Bolsonaro e Haddad, como se fosse uma coisa normal, corriqueira, parte de uma eleição. São dois candidatos disputando a preferência do eleitorado. Mas não é assim que o mundo está vendo o Brasil. O mundo está vendo o Brasil de uma maneira muito diferente. O mundo está vendo o Brasil sofrendo uma ameaça fascista", aponta o embaixador Celso Amorim

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247 – Em depoimento ao Nocaute, o embaixador Celso Amorim criticou o fato de a imprensa brasileira estar naturalizando e aceitando como normal a ascensão do fascismo no Brasil. "Eu vejo aqui os jornais brasileiros, nem preciso mencionar quais, porque os nossos leitores conhecem. Mas eles tratam a disputa entre dois candidatos, Bolsonaro e Haddad, como se fosse uma coisa normal, corriqueira, parte de uma eleição. São dois candidatos disputando a preferência do eleitorado. Mas não é assim que o mundo está vendo o Brasil. O mundo está vendo o Brasil de uma maneira muito diferente. O mundo está vendo o Brasil sofrendo uma ameaça fascista. A lista de jornais é enorme. Eu poderia citar jornais da Alemanha, da África do Sul, das mais variadas partes do mundo, da Suíça, que normalmente é um país neutro", diz ele.
"Mas vou aqui citar dois jornais franceses muito conhecidos o Libération e o Le Monde. O Libération tem uma fotografia do candidato Bolsonaro, com os seguintes adjetivos e uma frase: racista, homofóbico, misógino, pró-ditadura e no entanto ele seduz o Brasil. Uma perplexidade. Como é que isso é possível em um país que sempre foi identificado com alegria, mesmo nos piores momentos da ditadura militar brasileira, a imagem não era essa. Sentia-se que havia um país oprimido por um governo militar, mas não um país que esteja ele próprio, ou uma grande parte de sua população seduzida. Isso é algo que o Libération pega como algo muito assustador."
Leia a íntegra no Nocaute.
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