Filósofo Henry Levy, no Le Monde: 'Bolsonaro é a pornografia política'
O filósofo Bernard-Henri Lévy deu entrevistas ao francês Le Monde e ao espanhol El País, comentando a ascensão da extrema direita no mundo, informa o jornalista Nelson de Sá, em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo. Ele diz: "no clube informal de monstros que está se formando com Trump, Viktor Orban e assim por diante, Bolsonaro é o mais caricatural de todos". Diz mais: "o mundo está assombrado com a incrível vulgaridade de seus comentários, é pornografia política"

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O filósofo Bernard-Henri Lévy deu entrevistas ao francês Le Monde e ao espanhol El País, comentando a ascensão da extrema direita no mundo, informa o jornalista Nelson de Sá, em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo. Ele diz: "no clube informal de monstros que está se formando com Trump, Viktor Orban e assim por diante, Bolsonaro é o mais caricatural de todos". Diz mais: "o mundo está assombrado com a incrível vulgaridade de seus comentários, é pornografia política."
O filósofo acrescenta: "a vitória de Bolsonaro é uma derrota da esquerda, mas é uma derrota muito mais importante da direita. Bolsonaro a devorou. Ele quer acabar com essa direita liberal, limpa, e em parte conseguiu. Hoje ela está fora do jogo."
Nelson de Sá destaca a avalanche de criticas e assombros que tomaram o mundo após a eleição de Bolsonaro. Ele relata a declaração de mais um intelectual, o alemão Oliver Precht. Em ensaio publicado no Die Zeit e intitulado "Apocalipse Brasil", ele afirma que o objetivo de Bolsonaro é "uma sociedade de classes racista".
Precht ainda diz que ele [Bolsonaro] protagoniza "o filme de horror político do nosso tempo" apoiado não só no "egoísmo da elite brasileira, mas" da europeia —que "também se beneficia do subdesenvolvimento estrutural do Brasil".
A reportagem de Sá ainda comenta sobre a imprensa francesa: "no financeiro francês Les Échos, o correspondente Thierry Ogier escreve que Bolsonaro 'ensaia se fazer passar por moderado, sem grande sucesso', citando, entre outras ações, a escolha do 'anticomunista radical Ernesto Araújo' para chanceler. Ouve, do 'economista liberal' Eduardo Giannetti: 'O que vai acontecer quando houver conflitos? Temo que, nesses momentos, o passado de intervenção militar de Bolsonaro volte a galope'."
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247