Colunista do Globo desmente farsa do MEC sobre sumiço de vídeos
A notícia divulgada pelo colunista Ancelmo Góis, do jornal O Globo, de que o Ministério da Educação (MEC) retirou do ar vídeos referentes a Marx, Engels e Nietzsche de seu site causou profunda no governo, que reagiu com um ataque violento ao jornalista; em nota divulgada MEC nesta quarta e retuitada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quinta, o ministro da Educação, Vélez Rodrigues, acusa Ancelmo Gois de ser um "infiltrado da KGB" e de mentir a respeito do "sumiço" dos vídeos, atribuindo o desaparecimento à gestão anterior; no entanto, Ancelmo publicou hoje nova coluna apresentando as provas de que o desaparecimento dos vídeos ocorreu já na gestão Bolsonaro

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - A notícia divulgada pelo colunista Ancelmo Góis na terça-feira (29), do jornal O Globo, de que o Ministério da Educação (MEC) retirou do ar vídeos referentes a Marx, Engels e Nietzsche de seu site causou profunda irritação no governo, que reagiu com um ataque violento ao jornalista. Em nota divulgada MEC nesta quarta e retuitada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quinta, o ministro da Educação, Vélez Rodrigues, acusa Ancelmo Gois de ser um "infiltrado da KGB" e de mentir a respeito do "sumiço" dos vídeos, atribuindo o desaparecimento ao governo Temer. No entanto, Ancelmo publicou nesta quinta (31) nova coluna apresentando as provas de que o desaparecimento dos vídeos ocorreu já na gestão Bolsonaro.
A nota retuitada por Bolsonaro:
— ACS MEC (@MEC_Comunicacao) 30 de janeiro de 2019
Segundo a nota do MEC distribuída por Bolsonaro, "a apuração preliminar já identificou, entretanto, que os vídeos foram retirados em abril e em novembro de 2018", retirando a responsabilidade do governo que tomou posse dia primeiro de janeiro, atribuindo a responsabilidade ao governo Temer (aqui). A nota é de uma violência inaudita. Acusa Ancelmo de ter, quando jovem, "foi treinado em marxismo e leninismo na escola de formação de jovens quadros do Partido Comunista Soviético (sic)". A KGB já não existe há quase 30 anos e as "acusações" a Ancelmo referem-se a fatos que teriam ocorrido há mais de 50 anos.
O jornalista desmentiu a versão apresentada pelo governo. Em sua coluna, ele informou: "Os vídeos ainda estavam no ar no mínimo até 2 de janeiro deste ano. O que a coluna fez foi consultar o cache do Google. É um tipo de 'histórico' onde é possível ver versões anteriores de uma página. Veja abaixo por exemplo que, em 2 de janeiro, ainda estava no ar o vídeo sobre Marx e, em 1 de janeiro, ainda constava o de Nietzsche".
Veja as imagens que comprovam a descrição de Ancelmo:
O detalhe da informação no cache do Google
Vídeo sobre Karl Marx estava no ar no mínimo até 2 de janeiro
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247