Manifestantes querem Moro fora de evento em Portugal
Os protestos contra participação de Jair Bolsonaro em eventos internacionais se estendem agora ao ministro Sérgio Moro; com abaixo-assinado e evento no Facebook, portugueses se mobilizam para cancelar a participação do ex-juiz da Lava Jatonas Conferências do Estoril, que ocorrem no próximo dia 28; "Ao aceitar que Sérgio Moro fale neste conferência, está-se a compactuar as suas ações e do seu governo", diz Pedro Teles, um dos organizadores do protesto

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247 - Os portugueses estão se mobilizando para cancelar a participação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, nas tradicionais Conferências do Estoril, em Cascais, Portugal, que acontecem no próximo dia 28.
Em petição na internet, portugueses lembram que Moro tem sido duramente criticado pela forma como lidou com o julgamento do ex-presidente Lula. "Mesmo que as suas ações possam ser duvidosas, ele foi aceite como membro de um governo dos opositores de Lula, o que é muito estranho, para dizer o menos", escreve Pedro Teles na publicação, um dos organizadores do protesto.
"Ao aceitar que Sérgio Moro fale neste conferência, está-se a compactuar as suas ações e do seu governo", conclui Pedro Teles. Até o início da noite desta quinta-feira (23), o abaixo-assinado, publicado na plataforma Change.org, contava com 621 assinaturas.
No Facebook, há também um evento que protesta conta a participação do ex-juiz da Lava Jato. "Em 28 de maio de 1926, o fascismo instalava-se em Portugal. Em 28 de maio de 2019, receberemos o fascista brasileiro mostrando-lhe que não é bem vindo. Fascismo nunca mais, nem em Portugal nem no Brasil", lê-se no evento
As Conferências do Estoril são organizadas pela sociedade neoliberal portuguesa, conquistando repercussão no meio internacional. Neste ano, além de Sérgio Moro, figuram entre os convidados José Manuel Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia e atual consultor da Goldman Sachs.
Em edições anteriores, as Conferências receberam a participação Francis Fukuyama, autor de Fim da História, Lech Walesa, antigo sindicalista que se tornou presidente da Polónia e implantou no seu país a doutrina do choque neoliberal, Niall Ferguson, historiador econômico neoliberal, e Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria conhecido por suas posições autoritárias.
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