Pesquisa reposiciona Serra e cria embate no PSDB

Com a queda de 27 pontos na popularidade da presidenta Dilma pelo Datafolha, ex-governador de São Paulo fará de tudo para ser candidato à Presidência, mesmo que tenha de migrar para o MD; o tombo da aprovação da petista faz desparecer a figura do candidato oposicionista que disputa a eleição no sacrifício, o que pode até mesmo ressuscitar Geraldo Alckmin, um desafio a mais para o senador mineiro

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Realle Palazzo-Martini _247 - Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (29) pelo jornal Folha de S. Paulo (aqui), que aponta queda de 27 pontos na aprovação da presidenta Dilma Roussef (PT), reposiciona as peças no xadrez tucano da sucessão presidencial.

José Serra, que nunca deixou de se movimentar para aquela que pode ser sua última chance, ganha novo fôlego. Mas não apenas ele.

A questão é simples: no cenário pintado pelo Datafolha, agora todos os gatos são pardos, o que abre caminho até mesmo para que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se apresente e crie um problema a mais para o senador mineiro Aécio Neves.

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O fermento que faz crescer a ambição dos cardeais do PSDB é o fato de que – a se confirmarem os números do Datafolha, diga-se – desaparece a figura do candidato que vai para o sacrifício numa disputa virtualmente perdida. Há uma possibilidade real de vitória se o jogo for bem feito.

O primeiro passo seria conter Serra, o mais pesado entre os nomes do PSDB, muito chamuscado pelas duas últimas derrotas (Dilma e Fernando Haddad, pela Prefeitura de São Paulo).

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Não será tarefa fácil. O ex-governador paulista já mandou sinais de que, se seus correligionários lhe cassam a legenda, pode se aninhar no Mobilização Democrática, a virtual fusão entre o PMN e o PPS de seu escudeiro Roberto Freire. Uma divisão fatal para o projeto oposicionista.

Mas divisão não seria um problema exclusivo de PSDB e possíveis aliados. Na base governista, o Datafolha também estimula dissensões. Fortalece claramente as pretensões palacianas do governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), que ganha um argumento a mais para defender um projeto comum em torno de seu nome. Ou mesmo em carreira solo, apresentando-se como a terceira via.

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A queda da popularidade de Dilma também complica a já difícil relação com o PMDB e sua sempre oportunista característica que navegar ao sabor do vento. Quanto menor é a expectativa de poder junto a Dilma, mais a nau peemedebista de aproxima de um porto que possa lhe oferecer segurança.

É evidente, porém, que Dilma pode se recuperar, se impondo do ponto de vista político, promovendo as mudanças pelas quais as ruas clamam, sem o temor de confrontar os interesses da parcela raivosa e conservadora no Congresso Nacional e da chamada grande imprensa.

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Nessa retomada, Lula tem papel fundamental.  Mas é uma aposta e um risco. Ao se expor em defesa de Dilma, o ex-presidente pode ressurgir como uma espécie de salvador da pátria num contexto de crise sistêmica.

E com Lula – o PSDB sabe bem –, o buraco é mais embaixo.

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