Lula condena coro "Volta, Lula" e reforça Dilma

Ex-presidente reforça que não pretende voltar em 2014 ao afirmar, na Alemanha, que Dilma Rousseff tem respondido muito bem às manifestações e que "ela não é uma líder de passagem, veio para ficar"; em reunião nesta quinta-feira, Executiva do PT montou operação para abafar o movimento que pede o retorno do petista; presidente da legenda, Rui Falcão, diz que assunto "não ganha ressonância entre nós"; secretário-geral, deputado Paulo Teixeira acredita que "quem fala na volta do Lula em 2014 está prestando um desserviço"

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247 – Vivenciando um momento difícil com o governo federal – que recebe críticas pela situação econômica do País e por falta de diálogo com o Congresso – a Executiva do PT trabalha agora para abafar um movimento que parece vir ganhando força: o do "Volta Lula". E recebe apoio do personagem em questão, que durante um evento sobre ensino técnico na Alemanha, nesta quinta-feira 4, também falou de política e reforçou a candidatura Dilma na presença de empresários.

Depois de conversar com investidores, o petista foi abordado por uma apresentadora de televisão da Alemanha, Dunja Hayali, mestre de cerimônia do evento, sobre as manifestações que têm ocorrido no País. "Se o Brasil vai tão bem, por que as pessoas estão protestando?", questionou a jornalista. Lula respondeu que são atos legítimos, que a presidente tem respondido muito bem às reivindicações e que "ela não é uma líder de passagem, veio para ficar". O relato é do jornal Valor Econômico.

Depois, num episódio na pequena cidade de Leipzig, a 150 km de Berlim, Lula deu uma bronca num parlamentar que clamou por sua volta. Ao posar para uma foto, o ex-presidente se irritou ao ouvir o grito do deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF): "É Lula de agora, é Lula de novo!". E rebateu: "Nada disso, não brinco com coisa séria". O comportamento do ex-presidente reforça, mais uma vez, que ele não pretende voltar a se candidatar em 2014 e que o nome a ser lançado pelo PT, apesar de pedidos que partem inclusive de aliados, deve ser o de Dilma Rousseff.

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Operação deve abafar "Volta Lula"

Na avaliação de alguns parlamentares petistas, o momento delicado – diante das manifestações – mostra que o governo precisa de apoio de seus aliados, e não do pedido de retorno de seu antecessor. "Quem fala na volta do Lula em 2014 está prestando um desserviço. Não podemos antecipar o fim do nosso governo", afirmou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), durante reunião nesta quinta-feira em Brasília. Depois da reunião da Executiva, o parlamentar lançou sua candidatura à presidência do PT.

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O atual presidente da sigla, Rui Falcão, afirmou que "esse assunto não ganha ressonância ente nós" e que "a pessoa que seria mencionada como alternativa [Lula] não está dando guarida a isso". Para o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), o partido decidiu vetar o "volta Lula" por uma questão de sobrevivência. "Somos 100% pela reeleição de Dilma. Seria muita covardia puxar esse 'Volta Lula' nessa crise", declarou o senador.

No encontro, a cúpula também voltou a defender que o governo melhore sua comunicação com a sociedade e reafirmou a decisão de tentar convocar uma assembleia constituinte a fim de discutir mudanças mais amplas no sistema político, além de um plebiscito já, para que as novas regras tenham efeitos nas próximas eleições, de 2014. "O centro hoje da luta política é a questão do plebiscito", afirmou Rui Falcão.

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