PMDB faz questionário: ficar ou largar Dilma?
Sessenta parlamentares do partido já responderam por escrito; documentos estão com o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Eliseu Padilha; quando consulta estiver completada, será encaminha ao vice Michel Temer e, dele, à presidente Dima Rousseff; etapa seguinte pode ser a ruptura ou a permanência em novas condições, mais adequadas ao apetite da legenda; peemedebistas querem "o ônus e o bônus", diz Padilha; em tempo: Padilha é aquele mesmo que coordenou a votação para a reeleição de FHC, em 1997

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247 – As recentes reclamações do PMDB, principal aliado do governo federal, chegaram ao limite e o partido decidiu consultar seus parlamentares sobre se mantém ou não a parceria com a presidente Dilma Rousseff em 2014. A primeira etapa já foi feita, com mais de 60 deputados ouvidos no gabinete do vice-presidente da República e presidente da legenda, Michel Temer, que entregará depois o resultado da pesquisa à chefe do Planalto.
De acordo com reportagem assinada nesta terça-feira 23 por Márcio Falcão, da Folha de S.Paulo, a decisão de realizar o "plebiscito" interno foi tomada diante da crescente insatisfação do partido contra o governo Dilma e as manifestações populares que tomaram o País em junho. O principal objetivo é consultar deputados, senadores e presidentes de diretórios regionais sobre que rumo seguir no ano que vem.
Segundo Eliseu Padilha, presidente da Fundação Ulysses Guimarães e responsável pela elaboração do questionário, "a maioria quer continuar com a aliança, mas diz que quer ser efetivamente aliado, quer ter participação igual ao PT". Segundo ele, "o parlamentar quer mais atenção do governo, quer mais participação porque quer o prestígio de entregar uma obra, mostrar seu trabalho. Quer o ônus e o bônus".
Conflitos
Recentemente, os principais embates entre o partido governista e seu principal aliado ganharam força com a MP dos Portos, cuja aprovação foi atrasada por conta do líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que trabalhou contra os interesses do governo. O partido de Temer também foi contra o plebiscito sugerido por Dilma em resposta aos protestos e afirmou que as regras de uma eventual reforma política só poderiam valer a partir de 2018, ao contrário do que pregam os petistas.
Para intensificar o conflito, o PMDB também tem defendido o corte de ministérios, como já fazia o principal partido da oposição, o PSDB de Aécio Neves. Em entrevista à Folha de S.Paulo na semana passada, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), sugeriu a redução de 39 para 25 pastas. Temer acha a ideia "razoável". E em documento produzido após reunião da Executiva no início do mês, o PMDB defendeu a medida oficialmente com "vistas à redução de custos e à austeridade", além de sugerir o fim da reeleição.
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