Sudeste

Viúva de Adriano da Nóbrega se casa com empresário que devia dinheiro ao miliciano

Em regime de comunhão total de bens, a viúva do miliciano Adriano da Nóbrega, Júlia Emília Mello Lotufo, casou-se com o empresário Eduardo Vinícius Giraldes Silva

(Foto: Reprodução)

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247 - A ex-mulher do capitão do Bope e miliciano, Adriano Magalhães de Nóbrega, Júlia Emília Mello Lotufo, casou-se com o empresário Eduardo Vinícius Giraldes Silva. 

De acordo com investigadores da Polícia Federal, por trás do casamento, em regime de comunhão total de bens, existe algum tipo de negócio ilícito entre o empresário e o ex-dono da milícia de Rio das Pedras e da Muzema, na Zona Oeste do Rio. Isso porque como viúva, Júlia teria ficado com a herança proveniente do crime.

Giraldes seria o terceiro relacionamento mais sério de Júlia. O casal procurou o cartório para oficializar a união estável em 5 de outubro do ano passado, de acordo com a escritura declaratória feita no cartório do 4º Ofício de Notas, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. 

Chama a atenção que foi adotado o regime da comunhão total de bens, ou seja, tudo que foi adquirido pelos dois antes e o que for conquistado durante a união lhes pertence.

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Júlia é considerada pelo Gaeco peça-chave para se entender os negócios ilícitos de Adriano com a contravenção e a política. 

Adriano da Nóbrega foi morto na Bahia e era suspeito de assassinar a vereadora Marielle Franco. Além disso, indícios apontam fortes relações entre o miliciano e a família Bolsonaro. O miliciano era chefe da milícia de Rio das Pedras e da Muzema e comandava um grupo de matadores de aluguel. 

Após a morte de Adriano, em fevereiro do ano passado pela polícia baiana, no município de Esplanada, na Bahia, a viúva Júlia foi denunciada junto com oito integrantes do bando, alvos da Operação Gárgula por crimes de associação criminosa, agiotagem e lavagem de dinheiro proveniente do espólio do miliciano.

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De acordo com reportagem do jornal O Globo e Extra, relatório da Inteligência aponta que Giraldes devia dinheiro a Adriano, que mantinha em seu ramo de negócios ilegais um esquema de agiotagem. O empresário contraiu o empréstimo com o miliciano em agosto de 2018. Giraldes e Adriano teriam se aproximado, segundo os analistas federais, por intermédio de um coronel da Polícia Militar da ativa, que também era cliente do ex-capitão da mesma corporação. Com a morte de Adriano, coube à viúva cuidar do espólio de atividades ilícitas do ex-capitão.

O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ), cita uma planilha contábil, extraída a partir da quebra de dados telemáticos de Júlia, que revela "vultosos" valores sobre despesas e créditos a receber, totalizando uma movimentação de R$ 1.845.111, 43, só no mês de maio de 2019.

Na denúncia apresentada ao Ministério Público, o Gaeco sustenta que a contabilidade seria uma evidência de que a viúva se responsabilizou pela gestão financeira, ainda mais porque o registro na folha de cálculo foi feito três meses após a morte de Adriano. A planilha apareceu numa conversa por aplicativo de mensagem entre ela e o ex-marido, o policial militar Rodrigo Bittencourt, que segundo os promotores, também faz parte da organização criminosa.

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