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Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

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Partidos aliados buscam Paes para negociar vice

"PT, PC do B e PV, além do PDT, bateram o martelo para que o segundo de Paes saia da federação", relata Denise Assis

Eduardo Paes (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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É chegada a hora. À medida que o tempo escoa, a costura para a formação de chapas para concorrer às prefeituras se estreitam. No Rio, onde de acordo com a Pesquisa Quaest, o atual prefeito Eduardo Paes (PSD) tem 51% das intenções de votos, contra o desconhecido – porém bolsonarista -, Alexandre Ramagem (PL), 11%, o posto de vice continua vago, mas se pode dizer que andou duas casas. 

Nesta terça-feira (18/06), uma reunião em Brasília com os representantes da federação que integra o governo, formada pelo PT, PC do B e PV, além do PDT, de Carlos Lupi, que também apoia o presidente Lula, discutiram não um nome, mas bateram o martelo para que o segundo de Paes, na chapa que concorrerá à prefeitura, saia da federação.

Estiveram na reunião: a presidente do PT, Gleisi Hoffman, juntamento com o ex-secretário para assuntos federativos, André Ceciliano e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), o ministro Carlos Lupi (PDT), acompanhado de uma das postulantes ao cargo de vice, Martha Rocha, e a deputada federal Jandira Feghali, representando o seu partido, (PC do B). 

No mesmo dia a pesquisa da Quaest concedia a Eduardo Paes certa autonomia, ao anunciar a sua larga vantagem na disputa. Mas, de acordo com pessoas destacadas para acompanhar essas coletas no campo do PL, esse percentual é questionável, pois o total soma a pesquisa induzida, com a pesquisa espontânea, o que descaracteriza a escolha do eleitor. Certo é, porém, que é nítida a vantagem de Paes na corrida que se inicia em agosto. No entanto, a margem pode não ser a que está se desenhando, no momento. Isso aumenta as chances de que o atual prefeito concorde com o que foi decidido na reunião.

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Na mesa, até agora, estão os nomes de André Ceciliano (PT); Adilson Pires (PT) e Pedro Paulo (PSD), esse o mais provável, dada a expectativa de que Eduardo Paes se desincompatibilize do cargo na prefeitura em 2026, para concorrer ao governo do estado. Nesse caso, quer deixar no cargo alguém da sua estrita confiança, como é o caso do parceiro de longa data e correligionário.

Em entrevista ao 247, em 9 de junho (https://www.brasil247.com/blog/andre-ceciliano-cotado-para-vice-de-paes-deixa-o-cargo-em-brasilia-para-percorrer-o-estado-do-rio-articulando-chapas), Ceciliano tem grandes expectativas quanto a ser o escolhido, mas deixou claro que o “dever para casa” que lhe foi encomendado, foi consolidar as alianças para o PT, pelo estado, com vistas a 2026. Nesse exercício, ele já tem praticamente como certo o acordo com José Camilo Zito dos Santos Filho, o Zito, que vai concorrer à prefeitura de Duque de Caxias e lidera com 40% de intenções de votos, contra Netinho Reis (MDB), com 23%. Ele agora se encaminha para novas frentes na Região dos Lagos, onde os planos de Bolsonaro são ambiciosos. Mas, pelo que se sabe, há chapas com feições petistas bem adiantadas.

Sobre a vantagem de Eduardo Paes, é preciso levar em conta que as pesquisas são várias. Em uma delas, por exemplo, o atual prefeito está com 37% e o Ramagem com 23%. Acreditar que o jogo está ganho é embaralhar as cartas. Há quem estranhe o total de 51%, sendo que 12% foram colhidos na espontânea, e os 51% na induzida. A disparidade aponta que é preciso muita calma nessa hora. E, principalmente, trabalho. 

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Uma vez definidos os candidatos nas convenções, até o dia 15 de agosto, a Justiça Eleitoral vai receber os registros dos nomes escolhidos, registrados pelos partidos nos juízos eleitorais, a primeira instância.

O pleito, que terá o primeiro turno no dia 6 de outubro, neste ano trará novidade nas urnas. A Justiça Eleitoral vai estrear a UE2022, o novo modelo de urna eletrônica que começou a ser fabricada em maio do ano passado. Serão 219.998 novos equipamentos, mais modernos e 18 vezes mais rápidos que o modelo de 2015. Segundo a Justiça Eleitoral, são modelos seguros e ergonômicos.

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