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Triunfo de ACM não salva o DEM da ameaça de extinção

Coluna do jornalista Samuel Celestino neste domingo avalia que foi de grande importância para o DEM a vitória do deputado federal ACM Neto na disputa pela Prefeitura de Salvador em cima do PT, mas pondera que "uma andorinha só não faz verão" e que o partido comandado pelo senador Agripino Maia precisa de renovação imediata e que a saída é a fusão com outra legenda; leia comentário

Triunfo de ACM não salva o DEM da ameaça de extinção

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Bahia 247

A eleição do jovem deputado federal ACM Neto, 33 anos, sem dúvida, não deixa de representar prestígio para o Democratas (DEM), pelos fatos preliminares de Salvador ser a terceira maior capital do país e de a vitória ter sido em cima do petista Nelson Pelegrino, o candidato da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e do governador Jaques Wagner. Sim, uma grande vitória.

Mas o triunfo de ACM não representa necessariamente a retomada de forças do DEM, partido que vem se esvaindo nas últimas duas eleições.

Em comentário no seu site, o Bahia Notícias, o jornalista Samuel Celestino faz reflexão da vitória de um dos principais opositores ao governo federal e ex-líder do DEM na Câmara e o que isto significa para o partido.

Celestino avalia que não há outro caminho para o DEM senão a fusão com outra legenda e que, para ter fôlego, ainda sob o comando do senador Agripino Maia, o partido precisa de uma estratégia imediata de renovação.

Abaixo a análise do comentarista político de A Tarde.

Dos bastidores
por Samuel Celestino

A vitória de ACM Neto abrindo expectativas sobre mudanças aguardadas para Salvador (é importante para a sua carreira política deixar uma marca de bom gestor) não muda muito para o DEM. Ele é, de fato, uma boa nova para a sua legenda, mas apenas uma andorinha só. Seu partido continua cambaleando, terá batismo de fogo em 2014 quando não poderá, para demonstrar vitalidade, eleger menos de 40 deputados federais. No momento, o DEM tem apenas 29 parlamentares na Câmara dos Deputados. Assim posto, fica numa encruzilhada: ou se revitaliza ou o Democratas terá que procurar uma fusão com outro partido, surgindo um novo e terceiro, o que vale dizer, de qualquer maneira pode desaparecer. Alguns partidos, em situação melhor, já pensam em agir assim. É o que acontece com o PDT e o PTB. Se somarem forças, lembrarão Leonel Brizola, que fez o PDT porque o então chamado "bruxo" da política da era ditatorial, general Golbery do Couto e Silva, golpeou o gaúcho e entregou o PTB a uma sobrinha de Getúlio Vargas. Que jamais se destacou pelo brilho político.

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