Mais de meio milhão de mulheres em Gaza sofrem insegurança alimentar

Prensa Latina - Pelo menos 557 mil mulheres na Faixa de Gaza enfrentam insegurança alimentar severa e diversas vulnerabilidades de gênero, denunciou uma agência das Nações Unidas em um comunicado divulgado nesta sexta-feira (28).

A ONU Mulheres advertiu que "a situação é particularmente preocupante para as mães e as mulheres adultas, que muitas vezes priorizam alimentar os outros em vez de si mesmas".

Elas relatam uma maior dificuldade para acessar os alimentos em comparação com os homens, o que leva muitas a pular refeições ou reduzir sua ingestão para garantir que seus filhos sejam alimentados, sublinhou.

A agência expressou que esse setor populacional sofre com serviços limitados, enquanto sua saúde e segurança alimentar estão comprometidas e enfrentam maiores riscos de serem submetidas a todos os tipos de violência de gênero.

Setenta e sete por cento dos entrevistados de ambos os sexos informaram que o cuidado das crianças, incluindo alimentação e atendimento físico, é principalmente responsabilidade das mães, revelou o texto.

Segundo a pesquisa da ONU Mulheres, 70 por cento das mulheres relataram perda de peso nos últimos 30 dias, e mais da metade experimenta tonturas frequentes.

Mais de 80 por cento das entrevistadas dependem da assistência alimentar como sua principal fonte de alimentos, no entanto, 87,3 por cento acreditam que a ajuda não é distribuída de maneira justa em função do tamanho da família.

Além disso, 83,5 por cento declararam que a assistência não atendeu às necessidades de seus lares.

A instituição da ONU destacou que 76 por cento das grávidas relataram anemia, e 99 por cento enfrentam desafios para acessar os produtos e suplementos nutricionais necessários, o que coloca em perigo a saúde materna e infantil.