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Itamaraty pede na ONU eleições "transparentes e inclusivas" na Venezuela

Campanha eleitoral começou oficialmente na Venezuela com marchas do governo Maduro e da oposição

Nicolás Maduro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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247 - O governo brasileiro defendeu a realização de eleições presidenciais "transparentes e inclusivas" na Venezuela. A votação está marcada para o dia 28 deste mês, e a campanha eleitoral começou oficialmente nesta quinta-feira (4) no país vizinho. 

Segundo informações de Jamil Chade, do UOL, o Itamaraty reagia a um relatório do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos sobre os problemas do processo eleitoral venezuelano. 

"Favorecemos a cooperação do governo venezuelano com o Escritório do Alto Comissário e com os mecanismos do Conselho de Direitos Humanos. Reiteramos nosso interesse em expandir a base para essa importante cooperação o mais rápido possível", disse o Itamaraty na declaração. 

O Brasil também reafirmou seu apoio ao "fortalecimento de uma democracia inclusiva" no país vizinho e defendeu a participação de observadores internacionais no pleito de 28 de julho. 

"É fato que o processo político interno da Venezuela compete com o próprio povo venezuelano. O Brasil reafirma seu firme apoio à plena implementação dos Acordos de Barbados, ao fortalecimento de uma democracia inclusiva na Venezuela, com uma cultura de tolerância e convivência política, e ao processo eleitoral com todas as garantias, inclusive a participação de observadores internacionais", disse. 

"Reafirmamos a importância de que as eleições presidenciais de 28 de julho sejam transparentes e inclusivas, com a participação de todos os atores venezuelanos", acrescentou o Itamaraty. 

A pasta ainda criticou as sanções unilaterais impostas ao governo do presidente Nicolás Maduro. "Por sua vez, o Brasil continuará acompanhando e contribuindo para o diálogo político, sempre em resposta às solicitações recebidas dos atores venezuelanos", disse, emendando: "Compartilhamos a preocupação do Alto Comissário com as medidas coercitivas unilaterais impostas à Venezuela, que têm forte impacto negativo sobre os direitos humanos e devem ser suspensas". 

A ONU afirmou que vai enviar um grupo com quatro especialistas eleitorais já na primeira semana de julho à Venezuela. A organização havia sido convidada pelas autoridades eleitorais do país. O Centro Carter dos Estados Unidos também confirmou a presença nas eleições do país. O governo Maduro também convidou uma delegação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil para observar as eleições, mas ainda não obteve resposta. 

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