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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Aliança de Lula é com barriga cheia do pobre, mesma que deu vitória a Obrador e salva RS

Lula e Obrador, tudo a ver, mesma estratégia desenvolvimentista que fortalece setor produtivo diante do setor especulativo rentista e antidesenvolvimentista

Ex-presidente Lula e o presidente do México, López Obrador (Foto: Ricardo Stuckert)

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O presidente Lula antecipou com sua política social a mesma jogada que tornou vitorioso o presidente do México, López Obrador, adotou, alcançando triunfo popular espetacular.

O neoliberalismo opositor não conseguiu construir discurso alternativo ao discurso social, para conquistar as massas.

Obrador e sua política que a direita chama de populaista venceu com a candidata do seu partido, o Morena, Claudia Sheinbaum, alcançando 60% dos votos.

Consagração.

Lopez Obrador adotou receita lulista, para garantir a governabilidade e não ser engolido pelos neoliberais.

Essa, também, é a força política de Lula no poder pela terceira vez.

Lula, antes de Obrador, praticava a fórmula de 3 refeições diárias para os mais pobres poderem sobreviver com dignidade, com a garantia do Bolsa Família e programas sociais distribuidores de renda.

Obrador fez uma variação: dava dinheiro na conta dos pobres, livrando-os da burocracia estatal, que beneficia a burguesia financeira que controla o Estado. Nesse sentido, o presidente mexicano foi mais ousado e pragmático.

Venceu os trâmites burocráticos para liberação de habilitações aos programas sociais, passando por cima deles com o dinheiro estatal disponível na conta dos socialmente excluídos.

Os pobres abriram conta no Estado de Obrador para receber poder de compra distribuído em cheques.

Os capitalistas, agora, correm atrás da demanda estatal segura dos pobres para vender seus produtos, com a garantia do poder de compra vigente da pobreza, salva pelo Estado social.

Lula e Obrador, tudo a ver, mesma estratégia desenvolvimentista que fortalece setor produtivo diante do setor especulativo meramente rentista e antidesenvolvimentista.

Desenvolvimentismo mexicano faturou eleição.

OS DESAFIOS EMERGENTES DE LULA - Os atritos que o presidente Lula está tendo com a burguesia tupiniquim e a classe média arredia a ele por preconceito social estão sendo superados pelos programas sociais direcionados às famílias pobres, sob comando das mulheres, para que não haja desvio nem desperdício.

A salvação dos desabrigados pela catástrofe no Rio Grande do Sul é o novo contexto nacional que leva o governo a passar ao largo dos trâmites burocráticos em nome do interesse público emergencial.

O discurso da direita e ultradireita pelo impeachment e Fora Lula não tem momentum, por total falta função cognitiva, que aposta na irresponsabilidade e desrespeito à população.

Lula está se beneficiando politicamente da catástrofe porque pode lançar mão de medidas extraordinárias, que a lei garante em horas críticas, driblando o ajuste fiscal neoliberal.

Ganha, com isso, apoio da população, dos trabalhadores e empresários, cuja saída, na catástrofe ambiental, é o Estado interventor.

APOIO DO CONGRESSO - O Congresso está sendo aderente à estratégia emergencial do presidente.

Quem votar contra perde eleição municipal.

A sociedade, maior vítima da catástrofe, sabe que sem o apoio decisivo do Estado, não haverá saída para os desastres climáticos que se avolumam.

Eles unem esquerda e direita na aprovação de medidas para combatê-los.

Caso contrário, os gaúchos, por exemplo, caem na miséria absoluta, se o Estado nacional não os socorrer emergencialmente.

A oposição a Lula não tem condições de criticar o presidente por estar salvando os afogados na enchente que os governos da oposição condenaram à morte com suas políticas urbanas de catástrofe ambiental neoliberal ao largo das regras legais.

A direita negacionista bolsonarista no RGS do sul perdeu o discurso para o meio ambiente que ela jogou para segundo ou terceiro plano de sua prioridade.

A comunicação do presidente, portanto, deve ser a de condenar o desleixo do neoliberalismo radical bolsonarista-temerista  com o meio ambiente, que deu o golpe político em Dilma em 2016 e levou o país ao desastre ambiental.

Trata-se de entender o contexto global do desastre neoliberal bolsonarista que acelerou crimes ambientais e mortes.

TRIUNFO LULISTA - O meio ambiente é o triunfo político de Lula frente aos adversários.

Os crimes contra o meio ambiente saíram de controle com o bolsonarismo no poder e ganhou as manchetes negativas internacionais, alarmadas com o assassino ambiental inescrupuloso etc.

Lula está conforme a demanda mundial na área ambiental: responsabilidade total, agindo com cautela.

Dispõe, portanto, de credibilidade para criticar e propor saídas ambientais com política social, conforme tenta implementar, embora freado pelo mercado financeiro.

O neoliberalismo financeiro especulador anti ambiental e antidesenvolvimentista, neoliberal especulador, reclama cortes nos gastos sociais para inviabilizar o lulismo e sua possibilidade de continuar no poder além de 2026.

O ataque lulista ao desastre ambiental do Sul consolida a consciência social de que o bolsonarismo foi negacionista, deixando a população em perigo para atender as demandas neoliberais anti desenvolvimentistas e antinacionalistas.

O tucanismo antinacionalista e ambiental do governo Leite, do RS, é o mesmo do de FHC: entregar a economia para o setor privado tomar conta.

Deu em desastre, por isso, está, politicamente, condenado.

Nesse contexto, Lula se apresenta por cima: contra fatos não há argumento.

O crescimento de 0,8% do PIB no primeiro trimestre, graças ao avanço do consumo interno que a política econômica social lulista garante, atesta positivamente a estratégia lulista.

A direita e a ultradireita estão desesperados.

Tentam inviabilizar o lulismo social e econômico desenvolvimentista social-democrata, ameaçando com impeachment, com a pretensão de incriminar o presidente que atende a demanda social por mais gastos em saúde, educação, infraestrutura etc.

Pura falta de discurso.

ESTADO INTERVENTOR SALVA VIDAS - Lula agiu como formiguinha: reservou no orçamento do seu primeiro governo recursos suficientes para investir nos programas sociais e dinamizar o consumo interno.

Resultado: PIB positivo para elevar perspectivas políticas e eleitorais que sinalizariam força na disputa eleitoral em 2024 e 2026.

Ocorre o contrário, para desespero da direita e ultradireita.

A população está percebendo claramente que a solução contra os desastres ambientais é essa que Lula está aplicando nas horas críticas, como, agora, no Rio Grande do Sul, mediante intervenção do Estado na economia.

Ele salva vidas em perigo na hora certa, no tempo certo.

O setor privado perdeu capacidade de exercitar o que alguns achavam ser possível, ou seja, puxar, sustentavelmente, a economia, em parceria com o Estado.

Na hora do desastre, sobra o Estado como salvador da pátria.

Lula age diferente do que agiria Bolsonaro na hora da catástrofe: socorre imediatamente a população e acompanha atentamente a colocação dos recursos do Estado para vencer a catástrofe climática.

A estratégia de gestão é, ao mesmo tempo, estratégia política.

A política econômica presidencial, para salvar o Rio Grande do Sul, obedece ao princípio do fortalecimento das políticas sociais como alternativa de desenvolvimento etc.

A política social desenvolvimentista cria a demanda para o capitalismo produtivo.

Portanto, nesse momento, direita e a ultradireita, que tentam emperrar a governabilidade, graças à maioria conservadora negacionista  que dispõem no Congresso, perde espaço por não ter proposta, a não ser as que Lula já está implementando, na prática.

MEIO AMBIENTE NACIONALIZA MUNICIPALISMO - O presidente, diante da emergência social e econômica, atende a demanda de todos, amigos e inimigos, porque ambos estão em desgraça na debacle ambiental.

Os prefeitos, unanimemente, são depositários políticos fiéis de Lula na hora da catástrofe ambiental.

O poder político do presidente aumenta com as catástrofes, porque estas afetam a todos, indistintamente de partidos.

Trabalhadores e empresários, no Sul, depois da catástrofe, estão todos pobres e sem poder de compra, necessitados do Estado para se salvarem.

O discurso ambiental, afeito à comunidade municipal, nacionalizou-se com a massiva cobertura midiática da catástrofe gaúcha.

A demanda nacional ambiental alterou substancialmente: mudou o caráter municipalista da eleição, nacionalizando-a, de forma uniforme como demanda social.

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