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Rudolph Giuliani, ex-advogado de Trump e ex-prefeito de Nova Iorque, perde licença para advogar

Tribunal de apelações concluiu que ele mentiu ao afirmar que a eleição presidencial de 2020 foi roubada de seu cliente, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump

Advogado de Trump Rudy Giuliani 07/11/2020 (Foto: REUTERS/Eduardo Munoz)

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247 - O ex-prefeito de Nova Iorque Rudolph W. Giuliani, de 80 anos, teve sua licença para advogar no estado revogada nesta terça-feira 92), após um tribunal de apelações concluir que ele mentiu ao afirmar que a eleição presidencial de 2020 foi roubada de seu cliente, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. A informação é da Folha de S. Paulo

O veredito marca mais um capítulo na queda de um advogado que, outrora, era visto como um defensor implacável da lei e da ordem, conhecido por desafiar chefes da máfia e operadores de Wall Street e se tornar um herói nacional após os ataques terroristas de 11 de setembro.

Além de enfrentar um pedido de falência, Giuliani está envolvido em casos judiciais  relacionados a eleições em dois estados deve US$ 148 milhões (quase R$ 840 milhões) a dois funcionários eleitorais da Geórgia devido a uma sentença de difamação.

O tribunal estadual decidiu pela retirada de sua licença para advogar em Nova Iorque, apontando que Giuliani, em sua defesa de Trump, "atacou sem fundamento e minou a integridade do processo eleitoral" dos EUA e contribuiu "para as tensões nacionais que se seguiram à eleição presidencial de 2020, pelas quais ele é totalmente impenitente".

Giuliani, que nos anos 1980 atuou como procurador em Manhattan, estava proibido de exercer a advocacia no estado de Nova Iorque desde 2021, após a invasão do Capitólio dos EUA por apoiadores de Trump, em 6 de janeiro daquele ano. Na ocasião, a Justiça concluiu que Giuliani tentou enganar juízes, legisladores e o público ao defender Trump.

O advogado foi um dos principais defensores das alegações falsas de que a derrota de Trump para o democrata Joe Biden em 2020 resultou de uma fraude eleitoral generalizada. O tribunal citou as falsas alegações de Giuliani sobre pessoas mortas votando em estados decisivos e manipulação de votos por funcionários eleitorais em uma instalação na Geórgia.

Barry Kamins, advogado de Giuliani, disse ao jornal The New York Times que seu cliente estava "obviamente desapontado" com a decisão e que estava “avaliando nossas opções de apelação", afirmou ele. Em outras oportunidades, Giuliani argumentou que acreditava em suas declarações quando as proferiu e que as acusações violavam sua liberdade de expressão.

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