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Candidato que irá ao segundo turno na Guatemala questiona denúncias de fraude

Bernardo Arévalo - filho do ex-presidente Juan José Arévalo (1945-1951) - lamentou que "mais de 14 partidos pretendam desacreditar a decisão do povo"

Bernardo Arévalo (Foto: Reuters)

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Télam - O candidato à presidência da Guatemala pelo movimento Semilla, Bernardo Arévalo, rejeitou nesta sexta-feira (30) as tentativas de contestar os resultados das eleições do último domingo, que o colocaram no segundo turno, enquanto outras forças insistiam em sugerir a existência de fraude.

"Não podemos permitir que os mesmos partidos antigos, frustrados e desapontados com seus maus resultados no primeiro turno, turvem e questionem a livre decisão de milhares de guatemaltecos que votaram por um futuro diferente", enfatizou Arévalo.

Em uma entrevista coletiva, o candidato - filho do ex-presidente Juan José Arévalo (1945-1951) - lamentou que "mais de 14 partidos pretendam desacreditar a decisão do povo".

As denúncias são dirigidas às formações que entraram com ações no Ministério Público e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por supostas irregularidades na votação, incluindo o partido Valor, que indicou Zury Ríos, filha do ex-ditador Efraín Ríos Montt.

"Eles fazem isso sem o apoio do povo e sem fundamento legal", disse Arévalo, que acusou sua rival nas urnas, Sandra Torres, de promover uma campanha focada em gerar medo.

Torres, da Unidade Nacional para a Esperança (UNE), afirmou nas redes sociais que os resultados "não batem" no departamento da Guatemala, onde a Semilla a superou por uma ampla margem.

"A Sra. Torres está conduzindo uma campanha baseada no medo, tentando assustar as pessoas com argumentos tão absurdos quanto falsos, nos quais não vamos perder tempo discutindo. Ela está ancorada no passado, enquanto nós estamos pensando no futuro", respondeu Arévalo, segundo a agência Sputnik.

O ex-diplomata assegurou que o sucesso da Semilla nas eleições "despertou o medo dos corruptos, que pretendem continuar controlando o país", e alertou que seu partido enfrenta um inimigo "disposto a recorrer a qualquer método para manter seu domínio".

Os partidos Vontade, Oportunidade e Solidariedade (VOS) e Compromisso, Renovação e Ordem (CREO) pediram a anulação da contagem dos votos, alegando anomalias no processo, enquanto o partido governista Vamos apontou supostas inconsistências entre as atas e os dados computados.

O partido Valor, por meio de seu advogado Jaime Hernández, alertou que "uma fraude foi montada que definitivamente não pode ficar impune", porque "o povo da Guatemala precisa ser respeitado".

Após apresentar uma queixa ao Ministério Público, Hernández considerou que "as eleições devem ser repetidas" e apontou que possuem "provas" de anomalias, além de alertar que existem "mais de mil registros eleitorais completamente alterados, o que constitui crimes de falsidade ideológica com agravamento eleitoral".

Ríos, apesar de aparecer nas pesquisas como um dos três favoritos, ficou em um distante sexto lugar, com apenas 6,57% dos votos. Por meio de nota, o TSE pediu aos militantes e simpatizantes dos partidos que aceitem o resultado do dia 25 de junho com "maturidade e bravura", para enfrentar o segundo turno do dia 20 de agosto, no qual Torres e Arévalo disputarão a presidência da República período 2024-2028.

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