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    Colômbia nega ter expulsado Guaidó do país e diz que governo dos EUA comprou passagem do opositor a Miami

    O presidente Gustavo Petro afirmou que Guaidó cruzou a fronteira ilegalmente

    Juan Guaidó (Foto: Reuters)

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    247 - O governo colombiano negou que tenha expulsado do país o ex-líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, que fugiu da Venezuela temendo ser preso na operação anti-corrupção do governo Nicolás Maduro. 

    Guaidó teme que o cerco aos golpistas de 2019 esteja se fechando e teve de fugir a pé para a Colômbia, uma vez que seus antigos aliados o abandonaram. Da capital, Bogotá, ele foi para Miami, nos Estados Unidos, acusando o governo do presidente Gustavo Petro de tê-lo expulsado. 

    O presidente Petro afirmou que Guaidó só foi autorizado a ir aos Estados Unidos por questões humanitárias, uma vez que ele cruzou a fronteira ilegalmente. 

    "O senhor Guaidó não foi expulso, é melhor que não apareça mentira na política. O senhor Guaidó tinha um acordo para viajar aos Estados Unidos. Permitimos por razões humanitárias, apesar da entrada ilegal no país", escreveu Petro em seu Twitter.

    "Simplesmente entre com seu passaporte e peça asilo. Com muito prazer se ele tivesse oferecido. Você não precisa entrar no país ilegalmente. Foi-lhe oferecida uma autorização de trânsito, não foi deportado para o seu país e com a autorização dos EUA voou para esse país", escreveu Petro em um tuíte anterior. "Obviamente um setor político queria perturbar a conferência internacional sobre a Venezuela". 

    O chanceler colombiano, Alvaro Leyva Duran, também rebateu Guaidó. "Surpreendentemente, sua presença aqui [na Colômbia] ficou conhecida devido ao alarido que ele mesmo fez, [dizendo que] participaria da conferência e assim por diante. Naturalmente, o serviço de migração imediatamente perguntou o que havia acontecido", disse Duran à margem da conferência. 

    "Finalmente, foi estabelecido por meio de um alto funcionário dos Estados Unidos onde ele [Guaidó] estava hospedado, o que permitiu que o serviço de migração o contatasse e organizasse sua saída rapidamente pelo [aeroporto internacional colombiano] El Dorado. Ele estava acompanhado por agentes americanos durante todo o tempo em El Dorado, e os Estados Unidos lhe forneceram uma passagem de avião", disse. 

    O ministro negou quaisquer restrições impostas a Guaidó ou à sua esposa que pudessem impedi-los de entrar legalmente na Colômbia, acrescentando que as ações do político da oposição resultaram unicamente do desejo de fazer publicidade.

    Cúpula de Bogotá

    Nesta terça-feira (25), a conferência reuniu representantes da Argentina, Barbados, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, França, Alemanha, Honduras, Itália, México, Noruega, Portugal, Espanha, São Vicente e Granadinas, Turquia, África do Sul, Estados Unidos Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia.

    Este evento busca analisar a necessidade de avançar na implementação do “Segundo Acordo Parcial para a Proteção Social do Povo Venezuelano”, que foi firmado no México em novembro de 2022 e buscava destravar US$ 3,6 bilhões em ativos venezuelanos bloqueados no exterior.

    O governo bolivariano saudou a Cúpula de Bogotá e reiterou seu interesse na retirada de todas as sanções e na libertação do diplomata Alex Saab.

    A Conferência Internacional conta com a participação de personalidades como o Alto Representante para as Relações Exteriores da União Europeia, Josep Borrell, os chanceleres Santiago Cafiero (Argentina), Alberto van Klaveren (Chile) e o assessor especial do presidente Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim (Brasil).

    Os EUA são representados pelo Conselheiro da Casa Branca para a América Latina, Juan Gonzalez, pelo Conselheiro Especial para as Américas, Chris Dodd, e pelo Vice-Conselheiro de Segurança Nacional, Jonathan Finer.

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