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Correa diz que dissolução do Parlamento do Equador "é um golpe de Estado"

Ex-presidente classificou como "ilegal" a medida adotada pelo atual presidente Guillermo Lasso, que dissolveu o parlamento um dia depois que este iniciou um processo de impeachment

Rafael Correa (Foto: Reuters)

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247 — O ex-presidente equatoriano Rafael Correa classificou como "ilegal" a medida adotada pelo atual presidente Guillermo Lasso, que dissolveu o parlamento um dia depois que este iniciou um processo de impeachment contra ele, e a descreveu como um "golpe de Estado". Para Correa, Lasso não tinha motivos para essa ação e apenas utilizou a prerrogativa do presidente, conhecida como "morte cruzada", para governar por seis meses por decreto.

Correa também disse que essa é uma grande oportunidade para se livrar de Lasso, seu governo e seus deputados alugados, e recuperar a pátria.

Em entrevista ao C5N, Correa afirmou que não acreditava que o presidente conservador arriscaria essa iniciativa, já que a embaixada dos EUA, da qual Lasso depende, estava se opondo a ela. Ele destacou a contradição de Lasso ao declarar que o Equador estava "estável, em absoluta calma e no caminho do desenvolvimento", mas no dia seguinte dissolveu a Assembleia, invocando "grave comoção interna".

Para Correa, a única coisa que Lasso fez foi piorar sua situação, pois se seu decreto for aprovado, haverá eleições e ele será derrotado. Se for revogado, seu julgamento de impeachment continuará. Ele explicou que o Parlamento pode apresentar uma "Ação de Proteção Constitucional" para que o tribunal decida sobre a constitucionalidade da decisão de Lasso.

O presidente Lasso é acusado de não ter suspendido um contrato polêmico entre a empresa estatal Flopec e o conglomerado Amazonas Tankers para a transferência de petróleo bruto equatoriano, o que teria causado um prejuízo ao Estado de mais de 6 milhões de dólares. Ele compareceu à Assembleia Nacional para se defender das acusações e alegou sua inocência. Em uma mensagem à nação, Lasso acusou a Assembleia Nacional de querer "desestabilizar o governo, a democracia e o Estado" e disse que governaria por seis meses por decreto "para responder à crise política que encurralou o Equador".

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