Cristina Kirchner denuncia campanha por seu banimento da vida política

247 - A vice-presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, afirmou nesta terça-feira (27) que sua decisão de não se apresentar como candidata nas eleições de 2023 não é uma "renúncia", mas o resultado de uma campanha para bani-la. Segundo ela, está em curso também uma campanha para banir politicamente o próprio peronismo, informa a Telesur.

"Não é renúncia nem autoexclusão, é proibição", disse Fernández de Kirchner na inauguração do Centro Esportivo Municipal Diego Armando Maradona em Vila Corina, em Avellaneda, na periferia sul de Buenos Aires.

A ex-presidente argentina (2007-2015) destacou que a campanha contra ela, que atribuiu ao "partido judiciário", não é algo novo.

"Este procedimento de proscrição não é novo, começaram a planejá-lo no dia seguinte a 9 de Dezembro, quando nos despedimos na Praça e as pessoas cantaram 'Voltaremos'", disse, referindo-se ao dia em que terminou o seu mandato presidencial em 2015.

“Não me demiti. Anunciei que não iria submeter nossa força política a aceitar como candidata alguém que ouviria 'ela está condenada' e, dessa forma, seria absolutamente funcional para eles. Isso não é contra mim, é contra o peronismo", disse a vice-presidente.

Ele convocou os líderes e militantes da governante Frente de Todos a se envolverem na política com o povo.

“É preciso sair para falar e explicar, descer, ter contato com as comunidades e a realidade", disse. 

Finalmente, Cristina convocou uma grande manifestação para o dia 24 de março, 40º aniversário do retorno à democracia no país sul-americano.

“O dia 24 de março, no ano em que se completam 40 anos de democracia, será uma data muito importante para mobilizarmos toda a Argentina a partir de um slogan: Argentina e democracia sem máfias. Nós, argentinos, merecemos."

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