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"Cuba não representa uma ameaça para os Estados Unidos ou qualquer país", diz chanceler da ilha

Ministro das Relações Exteriores de Cuba nega as alegações de espionagem e expõe os motivos por trás dessas declarações

Bruno Rodríguez, chanceler de Cuba (Foto: Granma)

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247 - Em resposta às recentes declarações do secretário de Estado dos Estados Unidos sobre a suposta presença de uma base de espionagem chinesa em Cuba, o membro do Birô Político do Partido COmunista de Cuba e ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla, negou veementemente tais alegações. Em um comunicado emitido na segunda-feira (12), Rodríguez Parrilla enfatizou que a posição de Cuba sobre esse assunto é clara e categórica, descrevendo as declarações como infundadas, informa o jornal Granma.

O ministro explicou que tais acusações têm como objetivo servir de pretexto para manter o bloqueio econômico contra Cuba e as medidas de máxima pressão que se intensificaram nos últimos anos. Essas políticas coercitivas têm sido cada vez mais rejeitadas tanto internacionalmente quanto dentro dos Estados Unidos, incluindo a demanda de excluir Cuba da lista arbitrária de Estados patrocinadores do terrorismo.

O secretário de Estado, Antony Blinken, afirmou durante uma coletiva de imprensa em Washington, ao lado do ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, que seu governo está implementando uma estratégia para combater a espionagem chinesa em Cuba e em outros países, a qual tem apresentado resultados positivos.

Em 8 de junho, o The Wall Street Journal publicou um artigo alegando que China e Cuba haviam concordado em construir um grande centro de espionagem na ilha. Essa informação foi categoricamente negada tanto pelas autoridades cubanas quanto pelas chinesas. Até mesmo o próprio governo dos Estados Unidos a considerou imprecisa.

O ministro das Relações Exteriores enfatizou veementemente que Cuba não representa nenhuma ameaça aos Estados Unidos ou a qualquer país. Em vez disso, ele ressaltou que os Estados Unidos aplicam uma política que constantemente ameaça e pune a população cubana como um todo. Além disso, lembrou que os Estados Unidos mantêm dezenas de bases militares na região, contra a vontade do povo cubano, incluindo uma base militar no território de Guantánamo, ocupado ilegalmente.

O ministro denunciou essa nova operação de desinformação, destacando que ela se soma a uma longa história de hostilidade dos Estados Unidos em relação a Cuba. Ele concluiu reafirmando a postura clara de Cuba e sua rejeição a essas acusações infundadas.

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