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Cuba tem um lugar especial na África, diz vice-presidente

O Vice-Presidente de Cuba, Salvador Valdés Mesa, falou sobre sua viagem a Uganda, Tanzânia e Zimbabue

Salvador Valdés Meza, vice-presidente de Cuba (Foto: Estúdios Revolución )

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Granma - O membro do Birô Político e vice-presidente da República de Cuba, Salvador Valdés Mesa, descreveu como “dias muito intensos, de grande emoção, de apreciação do quanto Cuba é amada e apoiada no continente africano”, o seu giro por Uganda, Tanzânia e Zimbabue.

Desses dias históricos, o vice-presidente cubano destacou especialmente o apoio que é evidente à "nossa luta contra o injusto bloqueio económico, comercial e financeiro que impôs o Governo do Estados Unidos, bem como a exigência de pôr fim à inclusão do nosso país na falsa lista de Estados supostamente patrocinadores do terrorismo.

A solidariedade, disse ele, era um sentimento comum que apreciamos "em todas as reuniões bilaterais que realizamos, tanto en Uganda, como na Tanzânia e no Zimbabue".

Ao comentar os diversos aspectos que marcaram a agenda destes dias, o vice-presidente destacou também a assinatura de vários acordos bilaterais e a decisão de fortalecer e aumentar as áreas de colaboração com as nações visitadas.

A assinatura de um Memorando de Entendimento para o desenvolvimento do comércio compensado com Uganda, disse Valdés Mesa, é de grande importância para ambas as nações na busca de uma maior complementaridade da cooperação existente.

Neste sentido, explicou que este “país tem um grande potencial na produção agrícola, grãos, cereais, carne e leite, todos produtos que necessitamos no nosso país, ao mesmo tempo que exigem produtos biotecnológicos que possamos oferecer”.

A partir de agora, disse, “ambos os países devem trabalhar urgentemente para a rápida implementação deste Memorando, o que exigirá monitorização constante”.

Prova dos fortes laços que unem as duas nações há quase cinco décadas foram as múltiplas reuniões de alto nível realizadas pela delegação cubana, incluindo o diálogo com o presidente de Uganda, Yoweri K. Museveni, que ratificou o interesse em promover e fortalecer a cooperação e os laços através de vários meios.

No caso da Tanzânia, país com o qual também existem relações históricas e se trabalha para atualizar as agendas de cooperação, o Vice-Presidente da República de Cuba destacou especialmente as emoções vividas pela delegação ao apreciar o quão vivas ali estão as memórias da presença de Che naquela nação e da amizade forjada entre Fidel e Julius Nyerere, e que permitiu o desenvolvimento de laços ao longo dos anos.

“Admiramos a presença que ambos os líderes da Revolução Cubana têm no povo da Tanzânia, na sua memória e nos seus corações”, disse ele.

Como é habitual nestas visitas, houve também espaço para partilhar com os nossos colaboradores, com os residentes cubanos e com grupos de solidariedade, entre os quais foi possível apreciar, como destacou Valdés Mesa, “quanto apoio, entusiasmo e solidariedade existe para Cuba. "

Relativamente às conversas oficiais com o seu homólogo tanzaniano, Philip Isdor Mpango, lembrou que foram discutidas questões relacionadas com a colaboração nos sectores da Saúde e da Educação, com grandes possibilidades de expansão. Da mesma forma, pretende-se alargar a cooperação a outras áreas como a biotecnologia, o turismo, a cultura e o desporto.

“Existem potenciais e perspectivas”, disse Valdés Mesa, que em sinal de interesse em consolidá-los falou sobre a assinatura de dois Memorandos de Entendimento: o primeiro entre a Universidade de Agricultura Sokoine da Tanzânia e a Universidade “Julio Díaz González” de Artemisa, e a segunda entre a Autoridade Reguladora de Medicamentos e Equipamentos Médicos da Tanzânia e o Centro de Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos (CECMED) de Cuba.

Particularmente no que diz respeito à Fábrica de Biolarvicidas, localizada em Kibaha, que é um projeto que conta com a assistência técnica de especialistas cubanos, Valdés Mesa reiterou que era evidente a vontade comum de revitalizá-la para levá-la ao seu máximo potencial produtivo.

Particularmente no que diz respeito à Fábrica de Biolarvicidas, localizada em Kibaha, que é um projeto que conta com a assistência técnica de especialistas cubanos, Valdés Mesa reiterou que era evidente a vontade comum de revitalizá-la para levá-la ao seu máximo potencial produtivo.

Este projecto, disse, nasceu do interesse do Governo da Tanzânia em combater a malária no seu país e tem potencial para contribuir para esse fim também noutras nações do continente.

Alcançar um nível mais elevado de colaboração foi um dos caminhos ratificados no Zimbabue. A este respeito, o Vice-Presidente da República de Cuba destacou como as relações históricas entre os dois países, nascidas desde a época do movimento de libertação nacional, se fortaleceram ao longo dos anos com "a continuidade da colaboração, relacionada sobretudo com a processo de formação de profissionais, apoio à luta contra o analfabetismo e outras tarefas importantes em que se registaram progressos no Zimbabue.

Acompanhamento especial foi dado à delegação pelo vice-presidente do Zimbabue, Kembo D.C. Mohadi, bem como ministros de diversas pastas. Valdés Mesa qualificou como “muito significativas” as conversações bilaterais, que constituíram um quadro favorável para atualizar o estado das “relações políticas, bilaterais, de cooperação e comerciais, com o marcado interesse de as expandir a vários setores”.

“Uma das atividades que mais nos emocionou como cubanos, como revolucionários, foi a inauguração de uma rua com o nome de Fidel Castro, um gesto nobre que eterniza o seu legado nestas terras irmãs”, considerou.

A delegação cubana prestou homenagem à história desta nação e também à da África. O Vice-Presidente da República destacou a importância que Cuba atribui ao facto de ter sido atribuído um espaço, naquele que será o Museu da Libertação Africana, para recordar a participação das Grandes Antilhas nas lutas pela independência de várias nações de África. .

Sobre a visita à Fazenda Pricabe, onde se obtêm altos resultados produtivos com o uso da ciência, tecnologia e inovação, Valdés Mesa comentou que “se abre uma perspectiva para que no futuro possamos trocar experiências mutuamente”.

Também nesta nação as demonstrações de solidariedade para com Cuba foram cativantes. Colaboradores, residentes cubanos, amigos... uniram suas vozes num evento emocionante ao qual Valdés Mesa deu grande importância e onde foram expressos muitos sentimentos de apoio e gratidão ao povo cubano.

As jornadas destes dias da delegação cubana na África foram intensas e extremamente emocionantes, sobre as quais o Vice-presidente da República de Cuba assegurou sentir-se satisfeito por ter cumprido a agenda que lhe foi confiada pela máxima direção do Governo e do Partido de Cuba.

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