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Equador anuncia eleições antecipadas para presidente e parlamento

Prazo estabelecido pelo Conselho Eleitoral é de 90 dias

(Foto: Prensa Latina)

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Prensa Latina - O Equador começa nesta sexta-feira (19) a se preparar para eleger um presidente e deputados em 90 dias em um processo eleitoral antecipado, depois que o presidente Guillermo Lasso decretou a “morte cruzada”, que dissolveu o parlamento.

O sociólogo Agustín Burbano afirmou em entrevista à Prensa Latina que com esta decisão o país ganha a longo prazo ao superar o embate existente entre o Executivo e o Legislativo.

“Sabendo que daqui a três meses vamos eleger a Assembleia Nacional e um novo presidente a sociedade ganha tranquilidade e esperança de que o atual momento político se resolva através de eleições”, comentou o analista.

Ele destacou que a transição esperada caso a destituição de Lasso fosse bem-sucedida por impeachment não oferecia a possibilidade real de resolver os problemas da nação, pois quem assumiria o cargo seria o vice-presidente Alfredo Borrero. 

Olhando para a próxima data de votação, marcada provisoriamente para 20 de agosto, Burbano assegurou que o movimento Revolução Cidadã (RC) é a força política com melhores condições de vencer.

Ele opinou que a qualidade representativa da RC, cujo líder é o ex-presidente Rafael Correa, começou a crescer desde que ele retomou uma forte e marcada estratégia política de questionar Lasso há cerca de um ano.

A RC é neste momento o movimento mais organizado do país, com a melhor exibição de comunicação nos meios alternativos, e tudo isto, somado aos resultados eleitorais do passado dia 5 de Fevereiro, fazem com que a RC saia em primeiro lugar para estas eleições extraordinárias, sublinhou.

No entanto, lembrou que essas votações são organizadas pelo mesmo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), pelo mesmo Tribunal de Conflitos Eleitorais (TCE), pela mesma Procuradoria-Geral da República, pela mesma imprensa e outras instituições que cassaram líderes da RC.

Burbano explicou que, apesar da turbulência política, a sociedade está tranquila porque um amplo setor, mesmo quando é vítima de cortes governamentais e medidas neoliberais, acredita que o sistema está preso a problemas gerados por ele mesmo. 

Na noite desta quinta-feira, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) formalizou o início do período eleitoral, com o qual poderá começar a organizar as votações em que mais de 13 milhões de equatorianos elegerão presidente, vice-presidente e 137 deputados, que estarão no cargo por apenas um ano e meio, até maio de 2025. 

A chefe do CNE, Diana Atamint, apontou o dia 20 de agosto como data provisória para o primeiro turno em que o eleitorado votará para presidente e deputados, enquanto 15 de outubro seria o eventual segundo turno.

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