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    Equador atravessa onda de violência sem precedentes a um mês das eleições gerais

    Assassinatos, motins penitenciários, e violência política sacodem o país em meio a falhas tentativas de contenção

    Equador vive dias de violência (Foto: Prensa Latina )

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    247 - O Equador imergiu em uma espiral de violência sem precedentes, com registro de diversos atentados com explosivos, tiroteios e motins penitenciários nos últimos dias, informa a Prensa Latina.

    Para além dos assaltos, episódios de vandalismo, e disputas entre quadrilhas de narcotráfico, também a violência política tem desestabilizado o país. No último domingo (23), o prefeito da cidade de Manta, Agustín Intriago, foi morto a tiros, e na semana passada, Rider Sánchez, membro do movimento Revolução Cidadã, de oposição ao governo, foi assassinado em Esmeraldas.

    O governo e as autoridades provinciais têm implementado medidas com vista a suprimir a onda de violência, mas com pouco sucesso. 

    Segundo a Prensa Latina, em Esmeraldas, para evitar mais mortes e danos às infraestruturas, o Comitê Provincial de Segurança anunciou medidas como a proteção militar de estações elétricas, a suspensão do ensino presencial, recomendação do teletrabalho, e o cancelamento das festividades da província.

    Guillermo Lasso, presidente do país, também decretou estado de emergência e toque de recolher nas províncias de Manabí e Los Ríos, bem como no município de Durán, em Guayas. Esta decisão tem sido criticada por ter sido tomada mais de 10 vezes sem resultados efetivos.

    Na província de Guaya, a Penitenciária do Litoral, maior penitenciária do país, uma rebelião de prisioneiros já dura quatro dias e deixou mais de 30 mortos. O presidente anunciou estado de exceção em todas as prisões do país durante 60 dias para facilitar a intervenção policial. De acordo com a Prensa Latina, desde o início do mandato de Guillermo Lasso, quase 500 reclusos já foram mortos.

    Segundo dados oficiais, o Equador encerrou o ano de 2022 com 4.823 homicídios intencionais, o número mais alto da sua história. 

    As eleições gerais estão previstas para o próximo dia 20 de agosto. O presidente, que está envolvido em escândalos de corrupção, já anunciou que não se candidatará para um segundo mandato.

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