Exército equatoriano confirma 329 detidos por atos considerados terroristas

Prensa Latina - O chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas do Equador, almirante Jaime Vela, informou na quarta-feira (10) que em 24 horas as forças militares capturaram 329 terroristas pertencentes a quadrilhas criminosas e cinco foram mortos após a declaração de conflito armado interno. 

Numa primeira avaliação das operações realizadas pelos militares e policiais, o oficial indicou que a maioria dos detidos pertence aos grupos Tiguerones, Los Lobos e Los Choneros.

O comando das forças armadas explicou que houve três confrontos com organizações narcocriminosas, 28 presos recapturados, 195 carros roubados encontrados e 230 quilos de substâncias sujeitas a controle.

Vela manifestou solidariedade à Polícia Nacional pelo assassinato de dois agentes e por outro ferido numa operação e insistiu que o Exército não negociará com os presos que detêm mais de uma centena de guias penitenciários em diferentes presídios e esclareceu que, até o momento, nenhum dos reféns foi assassinado.

Da mesma forma, Vela informou que um grupo de elite está encarregado de localizar e capturar Adolfo Macías (Fito), líder de Los Choneros, que escapou da prisão no fim de semana e desde então a violência aumentou em todo o país.

Por sua vez, o comandante-geral da Polícia Nacional, César Zapata, especificou que a partir de agora utilizarão o termo “terrorista” quando não se tratar de crimes comuns.

O balanço ocorre um dia depois de o presidente Daniel Noboa declarar a existência de um conflito armado interno após um grupo de criminosos invadir a sede do canal TC Televisión, em Guayaquil.

O presidente classificou 22 organizações criminosas como terroristas e para as Forças Armadas tornaram-se “objetivos militares”.

Esta manhã, o Presidente Noboa afirmou que a nação está em estado de guerra e insistiu que não cederão aos grupos terroristas, constituídos por cerca de 20 mil pessoas em território nacional.