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Honduras pede na cúpula Celac-UE o levantamento do bloqueio a Cuba e a devolução do patrimônio venezuelano retido ilegalmente

Presidente de Honduras também se pronunciou em favor da Nicarágua e disse acreditar em um mundo multipolar

Xiomara Castro na cúpula Celac-UE 17/7/23 (Foto: Reprodução)

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Telesur - A presidente de Honduras, Xiomara Castro, dirigiu-se aos seus homólogos nesta segunda-feira (17) durante a III Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) - União Europeia (UE), em um discurso no qual pediu o levantamento do bloqueio a Cuba e se pronunciou em favor da Venezuela e da Nicarágua. Castro também falou sobre as dificuldades que enfrentou nos primeiros 17 meses de seu governo, alegando ter sido alvo de sabotagens diárias, ameaças públicas na mídia e nas redes sociais, onde se menciona a possibilidade de um novo golpe.

No entanto, ela alertou que "é materialmente impossível lançar um novo golpe de Estado". Em seu discurso, ela defendeu a aprovação de uma resolução exigindo o fim do bloqueio contra Cuba na Cúpula Celac-UE, argumentando que essa medida coercitiva dos EUA é arbitrária e ultrapassada, condenando um povo a sacrifícios desnecessários. Confira abaixo trechos do discurso: 

"As Nações Unidas condenaram esse bloqueio como uma medida arbitrária e ultrapassada que impõe sacrifícios a um povo que poderia alcançar um alto padrão de vida sem as limitações impostas a eles. É necessário acabar com a pirataria e a apropriação indevida de bens. 

Estamos todos sujeitos à possibilidade de descobrir que nossas reservas foram congeladas em bancos estrangeiros ou que não temos a capacidade de transportar os produtos de que nossos povos precisam. 

Também apoio a Venezuela em sua luta pela restituição do patrimônio ilegalmente retido, bem como pela eliminação das barreiras que impedem o restabelecimento e a normalização das relações comerciais com a Nicarágua.

Erguemos nossa voz para exigir a restituição de todo o patrimônio ilegalmente retido do povo venezuelano e a remoção das barreiras que nos impedem de normalizar nossas relações comerciais com países irmãos, como a Nicarágua. Por fim, quero afirmar que estamos determinados a assumir compromissos mútuos em relação ao problema das mudanças climáticas. Não podemos mais aceitar metas imaginárias que nunca são cumpridas. 

O sistema internacional como um todo está se mostrando altamente ineficaz na contenção das emissões de gases de efeito estufa e na preservação dos principais recursos naturais do planeta. 

Os países que conquistaram privilégios sob o capitalismo, hoje chamados de mundo civilizado, sabem que é fundamental deter o aquecimento global e evitar danos irreversíveis ao meio ambiente. 

Para encerrar, quero fazer um apelo enfático e veemente em favor da liberdade de Julian Assange, um defensor fervoroso da liberdade de expressão, um princípio sagrado que todos devemos defender. Em nome de nossa mártir Berta Cáceres, uma mulher defensora dos rios, faço um chamado aos povos: 'Desperte, humanidade, não há mais tempo'.

Há algumas semanas, estabelecemos oficialmente relações com a República Popular da China. Acredito em um mundo multipolar, no qual a troca e a cooperação para o desenvolvimento se baseiem nos princípios de independência, soberania e não interferência. Também abordamos instituições financeiras e iniciativas inovadoras, como a CAF e o banco BRICS", discursou Xiomara Castro. 

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