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Juiz dos EUA nega imunidade diplomática para Alex Saab

Diplomata venezuelano continua sequestrado nos EUA

(Foto: Reuters)

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247 - Um juiz federal dos Estados Unidos rejeitou um pedido de imunidade diplomática do venezuelano Alex Saab, que continua sequestrado no país.

Os advogados de Saab, de 51 anos, nascido na Colômbia, argumentaram que as acusações contra ele deveriam ser retiradas, já que ele atuava como diplomata do governo venezuelano quando foi raptado, mas o juiz Robert Scola, em Miami, na Flórida, rejeitou esses argumentos em uma decisão de 15 páginas emitida na sexta-feira (23). 

Scola afirma que, uma vez que Washington não reconhece a legitimidade do segundo mandato de Maduro, o tribunal não pode reconhecer Saab como representante de seu governo. Os EUA reconhecem Juan Guaidó, que se autodeclara presidente venezuelano desde que liderou uma tentativa de golpe de Estado em 2019, como o líder legítimo. 

“O regime de Maduro foi considerado ‘ilegítimo'”, escreveu Scola. “Qualquer reivindicação de imunidade diplomática feita por um representante do regime de Maduro também deve ser considerada ilegítima”. 

Saab foi preso em Cabo Verde e extraditado em 2020 por suposta conspiração de lavar dinheiro, podendo ser condenado a 20 anos de prisão. Segundo os promotores, Saab e seus associados supostamente obtiveram contratos do governo venezuelano para construir moradias para pessoas de baixa renda, mas, em vez disso, desviaram US$ 350 milhões do país para aproveitar as taxas de câmbio favoráveis.

Os advogados de defesa argumentaram, no tribunal, que Saab é de fato um diplomata venezuelano e, como tal, o caso deve ser arquivado. O governo venezuelano descreveu a prisão de Saab como parte de uma "guerra econômica" que os EUA estão travando no país bolivariano.

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