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Milei proíbe linguagem inclusiva nas Forças Armadas da Argentina

Termos como "soldada" e "generala" estão agora proibidos

O presidente argentino, Javier Milei (Foto: Reuters/Ammar Awad)

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247 - A governo do ultradireitista Javier Milei determinou a proibição do uso da linguagem inclusiva nas Forças Armadas da Argentina e em todas as entidades vinculadas ao Ministério da Defesa, conforme estabelece uma resolução divulgada na segunda-feira (26). Antes dessa medida, a adoção de termos como "soldada" e "generala" nas forças militares era tratada como facultativa.

"Proíbe-se a utilização da chamada 'linguagem inclusiva' no âmbito do Ministério da Defesa, das Forças Armadas e dos órgãos descentralizados do ministério", diz o texto firmado na sexta-feira pelo ministro Luis Petri e publicado no site da Presidência, conforme citado pela agência AFP. 

A linguagem inclusiva não era objeto de uma regra clara, contudo, em um documento de 2020 do governo anterior, afirmava-se que o Ministério da Defesa seguiria apoiando as transformações culturais nas relações de gênero, fruto de anos de dedicação da luta feminista. 

O QUE É LINGUAGEM INCLUSIVA - A linguagem inclusiva é uma forma de comunicação que busca evitar o uso de expressões ou palavras que possam ser consideradas excludentes de certos grupos ou indivíduos, com o intuito de promover a igualdade e a diversidade. Ela é especialmente relevante em contextos que envolvem gênero, raça, idade, capacidade, orientação sexual, entre outros aspectos da identidade e experiência humana.

No âmbito do gênero, por exemplo, a linguagem inclusiva procura utilizar termos que não reforcem estereótipos ou que não excluam gêneros não binários ou pessoas que não se identificam exclusivamente como masculino ou feminino. Isso pode envolver o uso de termos neutros em termos de gênero, o emprego de pronomes que a pessoa prefira (como eles/delas em português ou they/them em inglês), ou ainda a alternância entre feminino e masculino em comunicações para abranger todos os gêneros.

Além disso, a linguagem inclusiva pode abordar formas de se referir a grupos étnicos, pessoas com deficiência, e outras minorias de forma respeitosa e precisa, evitando termos pejorativos ou generalizações. O objetivo é promover um ambiente mais acolhedor e justo, reconhecendo e respeitando as diferenças entre as pessoas.

É importante notar que a linguagem inclusiva pode variar significativamente entre diferentes culturas e idiomas, e o que é considerado inclusivo em um contexto pode não ser em outro. Além disso, ela está em constante evolução, refletindo mudanças nas normas sociais e nos entendimentos sobre identidade e inclusão.

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