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    Na Corte Internacional de Justiça, Chile considera "absurda" reclamação da Bolívia que exige pagamento por uso do rio Silala

    Segundo a explicação das autoridades bolivianas, o Silala nasce a cerca de três quilômetros da fronteira com o Chile

    (Foto: REUTERS/Martin Alipaz/Pool)

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    247, com Página/12 - Chile e Bolívia se enfrentam novamente na Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia, desta vez sobre as águas do Silala, um rio internacional para chilenos e afluente para bolivianos que nasce em seu território.

    O processo na CIJ acontece apenas três semanas depois que Gabriel Boric assumiu a presidência do Chile. "Ele já está ciente das alegações do Chile" e observará a intervenção chilena na chancelaria, disse a ministra das Relações Exteriores, Antonia Urrejola, à mídia Emol. As alegações começam nesta sexta-feira, 1, e terminarão em 14 de abril

    O Chile pede à CIJ que declare o Silala um rio internacional com curso sucessivo e uso de águas compartilhadas, enquanto a Bolívia sustenta que é um afluente que nasce em seu território em mananciais e águas subterrâneas e exige que o Chile pague por seu uso dessas águas.

    Nesta sexta, o Chile considerou como "absurda" a reclamação da Bolívia.

    "Analisada, a exigência da Bolívia é, com todo o respeito, absurda", disse Ximena Fuentes, vice-chanceler chilena e representante de seu país perante a CIJ, conforme a AFP.

    “A noção de curso artificial e soberania exclusiva não tem lugar no direito internacional das águas”, continuou Fuentes.

    Segundo a explicação das autoridades bolivianas, o Silala nasce em dois pontos do altiplano, a mais de 4 mil metros de altura e a cerca de três quilômetros da fronteira com o Chile.

    Diante desse cenário, o Chile iniciou uma reconvenção que "protege seus direitos de uso das águas do rio Silala" diante da posição da Bolívia de que "detinha 100% de suas águas", segundo documento do Ministério das Relações Exteriores chileno.

    A disputa internacional começou em 1904, quando Chile e Bolívia delimitaram seus territórios definitivos por meio do mapa do Tratado de Paz e Amizade que ambas as partes assinaram.

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