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Peru declara toque de recolher após confrontos

O objetivo é conter os protestos principalmente na região de aimará de Puno, na fronteira com a Bolívia

Dina Boluarte, Pedro Castillo e confrontoe m aimará de Puno, região peruana na fronteira com a Bolívia (Foto: Reuters)

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247 - O Peru impôs toque de recolher nesta terça-feira (10) na região andina de Puno, no sul, do País. O objetivo é conter os protestos contra a presidente Dina Boluarte principalmente em aimará de Puno, uma região na fronteira com a Bolívia e ocupada por apoiadores do ex-presidente Pedro Castillo, alvo de impeachment em dezembro.

De acordo com a Ouvidoria, 14 pessoas morreram em aimará de Puno, incluindo jovens de até 23 anos e um adolescente de 17. Outros três morreram durante um saque a um shopping center na mesma região. Um policial foi encontrado queimado dentro de sua viatura.

Dina integra o partido de esquerda Peru Libertario, antigo nome de registro do atual Peru Libre, que era sigla de Castillo. No mês passado, ele sofreu impeachment depois que setores da oposição acusaram ele de falta de governabilidade e capacidade moral para ocupar o cargo.

Em discurso ao Congresso peruano nesta terça, Alberto Otárola, chefe de Gabinete, confirmou te sido "aprovado um decreto supremo do Conselho de Ministros que declara o toque de recolher em Puno por um período de três dias, das 20h às 4h".

Ao comentar as ações policiais na região de aimará, o governo peruano afirmou que houve resposta a "um motim" preparado por milhares de manifestantes. "Mais de 9.000 pessoas se aproximaram do aeroporto de Juliaca e cerca de 2.000 delas iniciaram um ataque impiedoso contra a polícia e as instalações, utilizando armas improvisadas e pólvora, criando uma situação extrema", afirmou.

A Defensoria do Povo referiu-se ao caso como um crime grave e exigiu que o Ministério Público faça as investigações necessárias para identificar os responsáveis pelas mortes e feridos, "em cumprimento do dever de garantir e proteger os direitos fundamentais de todas as pessoas”.

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